sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Vislumbres do nosso Deus - Lição 1

O Deus Triúno
(Deuteronômio 6:4; Mateus 26:63-64; Colossenses 2:13-15)

Introdução: Quando eu comecei a utilizar computadores eu fiquei frustrado. Eu queria saber como eles funcionavam internamente. Qualquer pessoa pode digitar e imprimir um documento, assim como qualquer um pode dirigir um carro. Entretanto, o que ocorre “sob o capô”? Para responder essa pergunta eu li um pouco e, com a direção de meu jovem filho, construí um computador. Agora, estou satisfeito porque sei o fundamental mesmo que meu conhecimento esteja longe de ser completo. Nossa lição essa semana é assim. Nós aprenderemos alguns princípios sobre Jesus e a Trindade, mas o conhecimento completo está simplesmente fora do nosso alcance. Já que eu penso que não há como ser cristão sem crer na Trindade, vamos mergulhar em nossas Bíblias e ver o que podemos aprender!

I. A Questão

A. Leia Deuteronômio 6:4-5 e Marcos 12:28-30. O que isso nos diz sobre Deus? (Que “o Senhor é o único Senhor”)

1. Por que você acha que Deus apresenta o mandamento “ame-Me de todo seu coração” com a afirmação “o Senhor é o único Senhor”? (É um mandamento positivo no sentido de amar Deus completamente, e negativo no sentido de amar outros deuses).

2. O Novo Comentário Bíblico nos diz que Deuteronômio 6:4 é a “oração central no Judaísmo”. Esse verso é chamado “Shema” porque começa com a palavra “ouça” que é shema em hebraico. Se essa era a oração central para os judeus, o que deveria significar para nós que cremos na inspiração do Velho Testamento?

B. Você notou que foi Jesus quem repetiu em Marcos 12:29 que Deus é “único”? Judeus e muçulmanos dizem que os cristãos não são monoteístas (aqueles que acreditam em um único Deus) porque cremos que Deus Pai, o Espírito Santo e Jesus são todos eles Deus. Se judeus e muçulmanos estão certos, por que Jesus chamaria atenção para a Shema e diria que o mandamento do amor é “o mais importante”?

C. Recentemente, um livro no topo das listas de vendas (que foi transformado em filme) contou uma história baseada na ideia de que a Igreja Católica manipulou os evangelhos para fazer com que parecesse que Jesus afirmava ser Deus, quando na verdade Jesus nunca fez isso. Os evangelhos são as únicas fontes para a afirmação de que Jesus é Deus?

II. O Fundamento para a Trindade

A. Leia Gênesis 1:1-2. Quando Deus Se apresentou na Bíblia, o que Ele revelou sobre Sua natureza? (Ele revelou que o “Deus único” tinha um “Espírito”! Dessa forma, de Sua própria primeira apresentação Deus nos faz saber que Ele existe e que tem um Espírito Santo que também existe).

B. Leia Gênesis 1:26-27. O que é esse negócio de “façamos o homem à nossa imagem”? O que isso sugere sobre Deus? (Que Ele de alguma forma é “plural”). 

1. Olhe novamente para o verso 27. O que isso sugere sobre a natureza de Deus? (Que a Sua natureza inclui “homem e mulher”).

2. Vamos ler Gênesis 2:22-24. O que Deus está chamando “uma só carne”? (Adão e Eva, e todos aqueles que se casassem daquele momento em diante).

C. O que esses versos em Gênesis nos revelam sobre a visão de Deus para o termo “um”? (Que Ele tem uma visão expansiva de “um”! Adão e Eva tinham suas próprias personalidades, entretanto Deus os chamou de “uma só carne”. Desde o começo, Deus revela que tem um Espírito que se “move”. Você poderia dizer que Deus é apenas um Espírito, mas isso não funcionaria muito bem considerando a afirmação “façamos o homem à nossa imagem”. Podemos ver que o fundamento da Trindade não começa nos evangelhos, mas sim em Gênesis).

D. Leia Juízes 3:9-10 e Juízes 6:34. Isso o faz relembrar o que você regularmente vê no Novo Testamento? (Sim. O Novo Testamento desenvolve a ideia do Espírito de Deus estar separado de Jesus e Deus Pai. Vemos exatamente isso em Juízes).

III. Alegações de Jesus sobre a Sua Divindade

A. Na introdução, eu disse que uma pessoa não é cristã se não acredita na Trindade. Essa afirmação é injusta? Vamos ler João 8:58. Qual é a alegação de Jesus aqui?

B. Leia João 6:35-40 e João 6:51. O que Jesus alega aqui?

C. Leia João 8:12. O que Jesus alega aqui?

D. Leia João 11:25-27. O que Jesus alega aqui?

E. Leia João 10:30. O que Jesus alega aqui?

F. Leia João 10:32-33 e Lucas 5:21-24. O que os ouvintes de Jesus entenderam que Ele afirmou?

G. Leia Marcos 14:61-62. Que alegação Jesus está fazendo aqui?

H. Leia Mateus 3:16-17. O que isso ensina sobre a Trindade?

I. Leia João 1:1-4 e João 1:14. O que isso nos ensina sobre Jesus?

IV. Por que isso importa?

A. Nesses textos você leu que Jesus claramente alega ser divino. Ele Se refere a Si mesmo como “Eu Sou”! É assim que Jeová Se descreve (Êxodo 3:13-14). Se Jesus não é Deus, o que isso diz sobre Ele? (Que Ele é mentiroso ou iludido. Ele não merece confiança, muito menos adoração).

1. Leia Salmos 73:7-9 e Jeremias 23:34. O que esses textos do Velho Testamento dizem sobre falsas alegações? (Elas procedem dos ímpios).

B. Leia Mateus 26:63-64. O Velho Testamento inteiro é sobre o sacrifício do cordeiro devido aos pecados dos humanos. O povo de Deus esperava um Messias que viesse para salvá-los. O sumo sacerdote está perguntando a Jesus se Ele é o Messias? (Sim. Jesus afirma ser o Messias – o Prometido que procede de Deus, retornará para Deus e virá novamente para salvar Seu povo).

C. Leia João 8:23-30. O que Jesus ensina que está em questão quando se trata de Sua divindade? (Morreremos em nossos pecados! Jesus nos diz especificamente que se não O aceitarmos como o Messias, o Cristo, o Filho de Deus, então não temos Messias, nenhum Cordeiro de Deus, e morreremos em nossos pecados! Essa questão não poderia ser mais crítica ou mais central para a nossa esperança como cristãos!).

V. Por que Paulo acha isso importante?

A. Lembra-se do livro popular e do filme que argumentaram para os biblicamente analfabetos que Jesus não achava que fosse divino – que isso foi apenas algo planejado posteriormente pela Igreja Católica para apoiar sua importância? Vimos que a Trindade tem um fundamento em Gênesis, e que Jesus afirmou ser Deus e o Messias. Vamos olhar a seguir o que Paulo escreveu sobre Jesus e Sua divindade. Leia Colossenses 2:9-10. O que Paulo diz sobre a divindade de Jesus?

B. Leia Colossenses 2:13-15. O que Paulo diz sobre Jesus como o Messias que tira nossos pecados? (É como Paulo identifica Jesus).

VI. Por que Pedro acha isso importante?

A. Leia Atos 1:1-5. Quais são as instruções de Jesus para Seus seguidores no futuro?

B. Leia Atos 2:1-4. Foi isso que Jesus prometeu?

C. Leia Atos 2:29-36. O que Pedro diz sobre Jesus?

1. Quem Pedro afirma ser a fonte de sua afirmação? (O Espírito Santo).

D. Amigo, Gênesis lança o fundamento para a Trindade. Jesus afirma ser o Messias e o “Eu Sou”. Pedro e Paulo afirmam que Jesus é o Messias – e Pedro diz que sua afirmação vem da inspiração do Espírito Santo. O Novo Testamento como um todo, argumenta que Jesus é Deus. O Velho Testamento aponta Jesus como o Messias. Não é algo fabricado pelos líderes primitivos da igreja para aumentar sua importância. Essa é a mensagem central da Bíblia. Se não aceitamos que Jesus é Deus e morreu em nosso lugar pelos nossos pecados, então estamos perdidos. Você vai aceitar hoje que Jesus é nosso Senhor e nosso Deus?

VII. Próxima Semana: No Princípio

Nota da tradutora: Meus sinceros e afetuosos agradecimentos a Levi de Paula Tavares que deixou a tarefa de traduzir os comentários a meu cargo começando por esta lição e se mostrou sempre disposto a me auxiliar nesse meu novo desafio. Desejo a todos um feliz e abençoado 2012!

Tradução: Tamiris Borges da Silva

===============================
Direito de Cópia de 2012, por Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da Bíblia de Estudo na Nova Versão Internacional (NVI), editada em 2003 pela Editora Vida – São Paulo, a menos que indicado de outra forma. As citações da NVI são usadas com permissão. As respostas sugestivas encontram-se entre parênteses.

Para receber semanalmente estes comentários diretamente no teu endereço de e-mail, acesse: http://br.groups.yahoo.com/subscribe/BruceCameron ou http://feeds.feedburner.com/ComentariosBiblicosBruceCameron
===============================

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O Evangelho em Gálatas - Lição 14

Anunciando a Glória da Cruz
(Gálatas 6:11-18)

Introdução: Se temos somente um Jesus, por que temos todas essas igrejas? Em I Coríntios 3, Paulo reclama a respeito das divisões entre os crentes. Hoje temos a impressão que cada igreja tem suas diferenças importantes. Por exemplo, os Batistas têm o batismo por imersão. Embora eu não seja um batista, penso que esta é uma doutrina muito importante. Como aqueles dentre nós que possuem doutrinas distintivas deveriam abordar os que são do mundo? Os Batistas deveriam começar com o batismo por imersão? Cada denominação deveria começar com sua crença distintiva (e verdadeira)? Na mensagem final de Paulo aos gálatas, ele dá conselhos acerca deste ponto. Vamos entrar em nosso estudo final de Gálatas e ver o que podemos descobrir!

I. Autenticação

A. Leia Gálatas 6:11 e I Coríntios 16:21. O que estes versos sugerem para nós? (Que Paulo normalmente utilizava-se de um escriba para escrever suas cartas. Porém, escrevia pessoalmente uma porção da carta para provar que ele era, de fato, o autor.)

B. Leia Gálatas 4:15. O que este verso sugere que possa ser a razão para a escrita de Paulo usando letras grandes? (Os comentaristas frequentemente sugerem que isto prova que Paulo tinha pouca visão).

1. O que mais estas letras grandes sugerem? (Era apenas a maneira como ele escrevia. Quando eu assino meu nome, minha assinatura é grande. Quando escrevo, geralmente escrevo com letras grandes, embora a minha visão seja normal. De fato, para escrever, minha acuidade visual é superior à de outras pessoas da minha idade.)

2. Papel de boa qualidade era abundante? (Não sabemos o que Paulo estava usando como base para a escrita. Mas, sem dúvida, era um material caro e limitado. Um escriba profissional provavelmente escrevia com letras pequenas para economizar na utilização do caro material usado como base da escrita.)

3. Por que nos preocupamos com isso? Qual é o significado para nós dos comentários de Paulo em sua escrita? (O primeiro ponto que discutimos é o ponto importante – a carta aos Gálatas foi escrita por Paulo. Podemos confiar nisto.)

II. Motivos dos Defensores da Lei/Obras

A. Leia Gálatas 6:12. Se eu fosse vendedor de roupas, suponho que sempre julgaria o valor das roupas da pessoa com quem estou falando. Como eu sou um advogado, outras questões subjacentes me vêm à mente: “Qual é o motivo para esta pessoa falar isso?” “Esta pessoa está dizendo a verdade?” Se uma pessoa não tem motivos para mentir, é muito provável que esteja dizendo a verdade. Paulo está colocando aqui o argumento de um advogado a respeito de seus oponentes. Por que ele argumenta que os defensores das obras estão mentindo? (Eles são pessoas que querem agradar aos outros. Isto é apenas parte de seus esforços para evitar ter problemas porque são cristãos.)

1. Penso que é emocionalmente inteligente causar uma boa impressão junto àqueles que estão à nossa volta. Esta não parece ser uma forma de argumento para mim. Que argumento mais profundo podemos encontrar nas palavras de Paulo? (O comentário sobre a “cruz” sugere que eles negariam o evangelho para agradar aos que estavam ao seu redor. A circuncisão é apenas parte de um quadro mais amplo de negação do evangelho.)

a. Você acha que estas pessoas que queriam agradar os outros se considerariam “culpados” desta acusação? Ou, é mais provável que eles não tenham pensado nisto?

2. Esta semana eu estava ouvindo um sermão feito por alguém que é um estudioso sério da Bíblia. Ele estava falando sobre profecias e como os membros de outra grande religião viriam para a fé em Jesus, embora possam não ter uma compreensão correta da Trindade. Ele não estava preocupado com este problema, porque dizia “Nenhum de nós é perfeito em nossa doutrina”. Nenhum de nós é perfeito na doutrina, mas quão importante é esta doutrina? (Se você não acredita que Jesus é Deus, não compreende uma parte crítica do evangelho!)

B. Leia Gálatas 6:13. Em todas as épocas temos ouvido falar de guerreiros que coletam troféus de suas vítimas: escalpos, orelhas, etc. O que Paulo está sugerindo que o grupo da circuncisão está colecionando? (Prepúcios!)

1. Por que Paulo está sendo tão gráfico em sua descrição? (Ele deve ter desejado criar uma forte impressão sobre os gálatas, que seus oponentes não se preocupavam realmente com eles.)

III. Motivos Apropriados

A. Leia Gálatas 6:14. Como Paulo se diferencia daquelas pessoas que só querem agradar? (Elas evitam serem perseguidas por causa da cruz; ele se orgulha da cruz.)

1. Vamos olhar mais profundamente este argumento. Por que as pessoas que só querem agradar se orgulham da circuncisão e não da cruz? (Elas se orgulham de coisas que causam uma boa impressão aos olhos dos outros.)

2. A tua igreja faz propagandas? Os Mórmons possuem alguns anúncios maravilhosos na televisão, acerca da família. Já vi anúncios semelhantes feitos por Luteranos ou Metodistas. Minha própria igreja se vangloria acerca da saúde e da longevidade de seus membros. Estes anúncios são apresentados para fazer com que a igreja se integre na sociedade ou para evitar perseguição?

a. Quando uma igreja apresenta este tipo de anúncio (e estou certo que quase todas as igrejas apresentam anúncios como estes), estamos nos vangloriando de alguma outra coisa, além da cruz?

b. Paulo está fazendo uma crítica justa? Por exemplo, a Bíblia é só a respeito da cruz?

c. Se eu te perguntasse a respeito de uma organização chamada “Bolsa do Samaritano”, como você a descreveria? (Presentes de Natal para as crianças. Auxílio em tragédias. Na semana passada, Franklin Graham, o presidente da Bolsa do Samaritano, visitou a universidade onde eu leciono. Ele disse que cada coisa que eles fazem é para o avançamento do evangelho. Orgulhar-se acerca da família, saúde, etc. é bom, se o objetivo final é o avançamento do evangelho. O problema começa quando a nossa vanglória nega o evangelho.)

d. Antes de nos sentirmos menos culpados, o que Paulo quer dizer quando fala que foi crucificado para o mundo? (Ele não se importa com o que o mundo diz.)

(1) Deveríamos nos preocupar com o que o mundo pensa sobre a nossa igreja?

B. Leia Gálatas 6:15. Seria apropriado dizer que “saúde e longevidade” nada valem, o que realmente conta é a nova vida em Jesus? (Saúde e longevidade têm mais importância prática do que a circuncisão, mas nosso breve momento de vida aqui não significa coisa alguma comparado à eternidade.)

1. Quando as pessoas que querem agradar os outros estão argumentando em favor da circuncisão, estão fazendo isso com o propósito de melhorar o viver diário das pessoas? (Não. Elas estão argumentando por razões teológicas. Em Gênesis 17 Deus disse a Abraão que a circuncisão era um sinal de que havia um relacionamento entre Deus e os descendentes de Abraão. Isto parece ter uma poderosa importância para mim!)

2. Existe algo que a tua igreja argumenta como sendo um sinal especial de relacionamento entre você e Deus e que é mais importante do que a cruz?

C. Vamos voltar à nossa introdução. O batismo por imersão é mais importante do que a cruz?

1. A circuncisão e o batismo por imersão estão na mesma classificação? Paulo não estava argumentando que a circuncisão é errada, embora saibamos que o batismo é certo? (A circuncisão só é errada porque estava sendo defendida como parte de uma abordagem de obras do tipo “obedeça e viva”, em vez da abordagem da graça, “creia e viva”.)

D. Vamos examinar a última parte de Gálatas 6:15. O que Paulo quer dizer quando fala “O que importa é ser uma nova criação”? (Leia II Coríntios 5:17. O que importa é que temos nos tornado, pela fé em Jesus, salvos – uma nova pessoa.)

E. Vamos ler I Coríntios 7:19. Será que este texto desfaz tudo o que acabamos de discutir? (Não! A circuncisão era o sinal de um relacionamento especial com Deus. A realidade de um relacionamento especial com Deus é a obediência aos Seus mandamentos. A circuncisão era um sinal. Obediência é a realidade.)

F. Alguém consegue resumir o que acabamos de aprender? Ou será que eu confundi a todos? Os Batistas deveriam começar com o batismo por imersão? Cada igreja deveria começar com sua doutrina distintiva? (Não. Deveríamos começar com a cruz – o evangelho da justificação somente pela graça. Ao mesmo tempo, os batistas (e o resto de nós) deveriam continuar a obedecer aos mandamentos de Deus – embora tenhamos consciência de que não somos salvos por guardá-los.)

G. Leia Gálatas 6:16. Se compreendermos corretamente o relacionamento entre a graça e as obras, o que se segue? (Paz e misericórdia!)

1. As duas coisas estão relacionadas? (A misericórdia de Deus me dá paz. Ela me dá confiança na minha salvação.)

H. Leia Gálatas 6:17. Por que podemos ter confiança no ensinamento de Paulo? (Ele sofreu por causa deste ensinamento. Obviamente ele acreditava nisto.)

I. Leia Gálatas 6:18. Terminamos com o maravilhoso ponto central de Gálatas – graça! Somos salvos somente pela graça.

J. Amigo, se você não aceitou a salvação pela graça somente antes deste estudo, vai aceitá-la agora mesmo? Vai permitir que a misericórdia e a paz entrem na tua vida?

IV. Próxima Semana: Na próxima semana estudaremos a Trindade, ao começarmos uma nova séria intitulada “Vislumbres do Nosso Deus”


Nota do tradutor: Depois de 11 anos traduzindo estas lições, estou me despedindo de vocês. Deixo esta nobre e edificante tarefa a cargo de Tamiris Borges da Silva, que se prontificou a continuar este trabalho. Que ela seja bem sucedida em seu trabalho e que todos possamos buscar continuamente a edificação em Deus, através do estudo diligente de Sua palavra.


===============================
Direito de Cópia de 2011, por Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da Bíblia de Estudo na Nova Versão Internacional (NVI), editada em 2003 pela Editora Vida – São Paulo, a menos que indicado de outra forma. As citações da NVI são usadas com permissão. As respostas sugestivas encontram-se entre parênteses.

Para receber semanalmente estes comentários diretamente no teu endereço de e-mail, acesse: http://br.groups.yahoo.com/subscribe/BruceCameron ou http://feeds.feedburner.com/ComentariosBiblicosBruceCameron
===============================

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O Evangelho em Gálatas - Lição 13

O Evangelho e a Igreja
(Gálatas 6:1-10)

Introdução: Como a igreja deveria lidar com o pecado? Quão bem sucedidos têm sido os esforços da tua igreja no passado, com relação a isto? Na maior parte das vezes, vejo duas coisas acontecendo. Primeiro, pessoas críticas criticam os pecados (ou supostos pecados) de outros. Segundo, os pecadores sentem que seus pecados “são da sua própria conta” e querem que os líderes da igreja vão “cuidar de suas vidas” – querendo dizer, “por favor, não liguem para mim”. As vítimas das pessoas críticas ficam indignadas e pecadores sérios se retraem em suas conchas pecaminosas. Vamos mergulhar em nosso estudo da Bíblia e ver o que ela tem a nos ensinar a respeito deste assunto!

I. A Armadilha do Pecado

A. Leia Gálatas 6:1. O que quer dizer ser “surpreendido” em pecado? (O teu pecado é exposto quando você não planejava torná-lo público. Ou, você caminhou para o pecado, quando preferiria ter caminhado com Deus.)

1. Este texto se aplicaria a pecadores desafiadores? (Se você está se vangloriando do teu pecado, pode ser “surpreendido” nele?)

B. Deve haver alguma coisa errada na impressão da minha Bíblia. Paulo deve ter desejado dizer “vocês, que são críticos, deverão restaurá-lo”, e não “vocês, que são espirituais, deverão restaurá-lo”. Você não vê mais do primeiro do que do segundo caso?

1. Se apenas os que são espirituais deveriam “restaurar com mansidão”, o que isto nos ensina a respeito da organização da igreja? Deveríamos tentar fazer com que nossos membros críticos parem de repreender o pecado nos outros?

2. Lembre-se das vezes que você foi repreendido por pecados reais ou imaginários. Foram os líderes da igreja que te repreenderam? (A maior parte das vezes são visitantes e novos membros que me repreendem, porque não concordam com meus pontos de vista! A minha esposa, que é muito espiritual, desempenha muito bem o trabalho de me manter na linha!)

3. Quando você vê pecado em outras pessoas, já notou que é o teu próprio pecado que você vê?

a. Você deveria ser desqualificado da “restauração” de outras pessoas envolvidas nos mesmos pecados que te levam a lutar?

C. O que significa restaurar alguém com “mansidão”? Isto inclui expulsar alguém da lista de membros da igreja?

1. Leia Mateus 18:15-17. Como Jesus define “mansidão”?

a. Note no exemplo de Jesus que não são os líderes “espirituais” da igreja, mas a vítima do pecado que confronta o pecador. Como você reconciliaria o conselho de Paulo com o de Jesus?

II. Carregar os Fardos

A. Leia Gálatas 6:2. Paulo mudou de assunto?

1. O pecado é um fardo na tua vida? (Sim.)

2. Somos obrigados (se formos espiritualmente qualificados) a carregar os fardos dos pecados dos outros?

3. O que a “lei de Cristo” tem a ver com levar os fardos dos pecados dos outros? (Você se lembra que na semana passada discutimos a diferença entre a abordagem da vida diária pela “justificação pela fé” e a abordagem da vida diária pelas “obras e a lei”? A abordagem da fé pergunta “O que eu posso fazer para agradar a Deus, meu cônjuge e aqueles que estão ao meu redor?” A abordagem das obras pergunta, “Quais sinais vermelhos na estrada do pecado eu cruzei hoje?” Uma se concentra no amor para com os outros, e a segunda se concentra em si mesmo e no pecado. A abordagem da fé, a abordagem da lei de Cristo, pergunta “O que eu posso fazer para suportar os fardos dos outros?” Isto incluiria ajudá-los a vencer o fardo do pecado.)

B. Que significado você dá à palavra “levar”? (Levar parece exigir mais do que uma pequena ajuda.)

1. Como eu posso “levar” o pecado de outra pessoa? (Quantas vezes o pecado de outras pessoas te afetou de maneira adversa? “Levar” o pecado enquanto você está restaurando a pessoa, significa que você pode estar sofrendo por causa do pecado desta pessoa.)

III. Orgulho ao Carregar os Fardos

A. Vamos rever a última parte de Gálatas 6:1. Assuma que você está ajudando um companheiro membro da igreja, o qual é oprimido pela mentira. Paulo está nos dizendo que, se ajudarmos este membro, podemos começar e mentir?

B. Leia Gálatas 6:3-5. Paulo acabou de me dizer para levar os fardos dos outros. Agora ele me diz para levar os meus próprios fardos! Paulo está se contradizendo?

1. O conselho de Paulo para termos cuidado em não sermos tentados se encaixa aqui? (As peças do quebra cabeças se encaixam! Se estamos ajudando o mentiroso com o seu pecado, podemos ser tentados pelo orgulho a pensar que somos superiores. Podemos ser tentados a fofocar, contando para outras pessoas como ele é uma pessoa má. Precisamos “levar” os nossos próprios fardos do orgulho e da fofoca.)

2. Paulo nos diz para “examin[armos] os próprios atos”, “orgulhar-se” e evitarmos de nos “comparar” com os outros. O que ele está nos dizendo para fazer? (Não podemos nos comparar ao mentiroso. Não podemos nos orgulhar do fato de que não somos mentirosos. Não deveríamos superestimar a nossa “bondade”. Deveríamos nos comparar com Jesus, não com os outros. Fazermos de Jesus o ponto de comparação, termos consciência do nosso próprio pecado, é “levar” o nosso “próprio fardo”.)

C. Agora que discutimos este assunto, quais características a igreja deveria exigir daqueles que estão “restaurando” os que foram surpreendidos em pecado? (Estes devem ser santos humildes, que estão conscientes de seus próprios pecados, que não são dados a fofocas e que são mansos, porque compreendem que Deus foi misericordioso para com eles.)

IV. Abençoando os Instrutores

A. Leia Gálatas 6:6. É aqui que você me convida para jantar!

1. A quem este conselho é dirigido? (Paulo está se dirigindo àqueles que foram surpreendidos em pecado, e que estão se beneficiando daqueles que os estão restaurando com mansidão e levando o seu pecado.)

a. O que se requer que os pecadores restaurados façam? (Eles devem ser uma bênção para aqueles que os restauraram.)

b. Você já esteve envolvido em restaurar um pecador e foi castigado por isso? (Há alguns anos atrás, um casal me pediu para ajudá-los, porque estavam passando por momentos terríveis em seu casamento. Havia pecado envolvido. Eu me encontrei com eles, e ofereci para que um deles ficasse morando em minha casa, até que fosse razoável para eles morarem juntos novamente. Aconteceu que eu fui acusando de estar me “aliando” com o cônjuge que veio morar temporariamente em minha casa – embora o casal houvesse concordado mutuamente em quem deveria vir morar comigo e minha esposa!)

V. Retribuição

A. Leia Gálatas 6:7-8. Por que Paulo se refere a Deus como sendo zombado na lei da retribuição? (Se Deus está no controle do mundo, então deveríamos ser capazes de confiar em certas regras. Uma destas é a lei da “retribuição”. Buscar ajudar aos outros, traz ajuda para você. Prejudicar aos outros, traz prejuízo para você.)

1. Isto se relaciona com a ideia de restaurar alguém surpreendido em pecado? (Isto te dá um argumento nas tuas tentativas de restauração! Mas a ideia principal é que demonstrar amor e bondade para com os outros, será recompensado.)

B. Leia Gálatas 6:9. Por que somos advertidos a respeito de nos “cansarmos”? (Embora Deus esteja no controle, o pecado e o livre arbítrio abundam. Às vezes a retribuição é retardada. Às vezes não seremos recompensados até que tenhamos alcançado o céu.)

1. Em nosso estudo sobre Gálatas, martelamos na importância da “graça”. O que esta série de versos nos ensina a respeito da importância das obras? (Graça nos dá a salvação, mas as obras nos dão uma recompensa – tanto positiva quanto negativa. Paulo menciona especificamente a recompensa que nos espera no céu, por nossas boas obras!)

C. Veja novamente Gálatas 6:8. O que é significativo acerca da maneira como Paulo descreve a semeadura apropriada? (Note a abordagem da graça: semear para agradar “o Espírito”. A nossa missão é amar a Deus e amar aqueles que estão ao nosso redor.)

D. Leia Gálatas 6:10. Por que Paulo distingue entre os outros crentes e o resto do mundo? (Temos uma obrigação maior para com os que crêem.)

E. Amigo, você vai estabelecer teu objetivo em se tornar mais espiritual, para que possa ajudar a levar os fardos dos pecados de outros? Se você se conscientizar que é mais crítico do que espiritual, pedirá ao Espírito Santo para ajudá-lo a mudar, de crítico para espiritual?

VI. Próxima Semana: Anunciando a Glória da Cruz


Atenção: Este tradutor irá deixar de realizar estas traduções a partir de Dezembro/2011. Mas não se preocupe: já estamos providenciando uma pessoa que possa assumir esta tarefa.


===============================
Direito de Cópia de 2011, por Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da Bíblia de Estudo na Nova Versão Internacional (NVI), editada em 2003 pela Editora Vida – São Paulo, a menos que indicado de outra forma. As citações da NVI são usadas com permissão. As respostas sugestivas encontram-se entre parênteses.

Para receber semanalmente estes comentários diretamente no teu endereço de e-mail, acesse: http://br.groups.yahoo.com/subscribe/BruceCameron ou http://feeds.feedburner.com/ComentariosBiblicosBruceCameron
===============================

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O Evangelho em Gálatas - Lição 12

Vivendo Pelo Espírito
(Gálatas 5:16-25)

Introdução: Nenhum cristão maduro acredita que a fé é a resposta final à pergunta “como deveríamos viver?”. Pensamento e ação estão ligados. Nenhum cristão sério declara que a caminhada com Deus é fácil. A maior parte dos cristãos diz, essencialmente, “Eu sou salvo somente pela graça. Por causa do meu amor por Deus, tomei a decisão de andar com Ele e fazer a Sua vontade.” Se eu insistisse um pouco mais, eles acrescentariam “E, se uma pessoa não anda com Deus, isso mostra que ela não tem fé.” Certamente aqueles “cristãos” que usam a fé como desculpa para viver de maneira ímpia não compreendem o evangelho. Mas, ultimamente, tenho estado pensando sobre esta questão, de como um cristão salvo pela graça deveria abordar a vida diária. Vamos mergulhar na nossa Bíblia e ver o que Paulo nos ensina a respeito do viver diário!

I. O Conflito

A. Precisamos do contexto; então vamos ler rapidamente Gálatas 5:16-21. O que este texto nos diz acerca da graça e do viver correto? (Se você vive uma vida egoísta, má, impura, não irá para o céu.)

1. É Paulo quem está escrevendo isso! O que este texto faz com o nosso pensamento a respeito da graça? (Este texto significa que o final da graça não pode ser mau comportamento.)

2. Há duas semanas atrás, aprendemos que o “esquema” de Sara para conseguir o objetivo de Deus (que Abraão tivesse descendentes) terminou em desastre. Não há coisa alguma que podemos (ou devemos) fazer para ter uma vida correta? Isto seria um “esquema de Sara”, um erro de “justificação pelas obras”?

B. Vamos olhar estes versos em maior detalhe. Leia Gálatas 5:16. O que quer dizer “Viver pelo Espírito”? (Viver de acordo com a direção do Espírito Santo.)

C. Leia Gálatas 5:17. Este negócio de viver pelo Espírito funciona?

1. Se você diz que “sim”, como explicaria a declaração de Paulo de que “você não faz aquilo que deseja”? (Isto poderia significar que você quer fazer o bem, mas em vez disto, pratica o mal. Também poderia significar que você tem um desejo natural para fazer o mal, mas, ao contrário, por causa do Espírito Santo, pratica o bem. Este segundo significado está de acordo com o que acabamos de ler no verso 16.)

a. Leia Romanos 7:21-25. Paulo está falando apenas a respeito de pessoas más? Ou está falando acerca de mim e de você? (Paulo está falando a respeito de si mesmo. Ele está falando a respeito dos “bons” cristãos. Todos nós temos uma natureza pecaminosa. Todos nós sentimos a atração para viver de acordo com esta natureza. Descobrimos que estamos fazendo o mal que não queremos fazer.)

D. Leia Gálatas 5:18. O que isto quer dizer – não preciso me preocupar com o que a lei diz? (O texto não pode significar isto, porque acabamos de ler que os que praticam o mal não irão para o céu. A única conclusão razoável a que podemos chegar é que temos duas escolhas. Podemos ser guiados pelo Espírito Santo ou podemos ser guiados pela nossa natureza pecaminosa.)

1. Isto sugere que a lei está, de alguma forma, associada à minha natureza pecaminosa? (Leia Romanos 7:8-10. Paulo diz que a lei produz comportamento pecaminoso. Isto é muito estranho, então, precisamos explorar mais este assunto.)

II. Vivendo Pela Lei

A. Eu não sei como ter um debate concreto acerca deste assunto sem falar a respeito de um pecado específico. Então, vamos conversar acerca de uma história específica, a respeito de um pecado específico. Leia II Samuel 11:1-4. Já ensinei esta história muitas vezes, já preguei a respeito dela. Se você fosse Davi, e quisesse evitar este pecado, quais passos práticos deveria tomar? (O que eu sempre disse no passado é que Davi estava tomando uma série de passos em direção ao pecado. Alguns dos passos poderiam não ser pecados em si mesmos, mas ainda o levavam na direção do pecado.)

1. Quais seriam estes passos errados? (a. Não ir para a guerra com suas tropas; b. Olhar por um tempo longo demais para Bate-Seba; c. Ficar fascinado por ela; d. Enviar alguém para trazê-la, mesmo sabendo que ela era casada; e finalmente, chegando ao destino do pecado, e. Cometer adultério.)

2. Se você (eu quero dizer você, pessoalmente) quisesse evitar o adultério, evitaria dar esses passos? (Sim. Isto faz sentido lógico. Mas, penso que tenho estado a ensinar a abordagem errada. O foco dos passos é a lei. O foco dos passos é o adultério e como não chegar perto dele. Ter o foco no pecado e na lei é a abordagem da “justificação pelas obras”. Estou olhando para a minha natureza pecaminosa e tentando descobrir como derrotá-la. Como Sara, sou o planejador do que devo fazer para cumprir o objetivo de Deus.)

3. Qual é a advertência prática de Paulo acerca da justificação pelas obras? (Isto não funciona. Em Romanos 7:5 Paulo diz que a lei incita nossas paixões pecaminosas. Gálatas 5:3 sugere que é impossível guardar a lei. Em Gálatas 5:4 Paulo explica que a abordagem das obras falha porque ela expulsa Deus da batalha.)

4. Existe algo que possamos fazer para promover o nosso bom comportamento? Vamos explorar isto em seguida.

III. Vivendo Pelo Espírito

A. Leia Gálatas 5:22-23. Como viver pelo Espírito é diferente de viver pela lei? (Estamos concentrados no aspecto positivo, não estamos concentrados no aspecto negativo. Você não está contando os teus passos na direção do pecado, está contando teus passos na direção da justiça.)

1. Vamos voltar para o nosso exemplo concreto com Davi. Se você decidisse ensinar aos futuros Davis a cuidar de seus passos, a parar de se concentrar nos “luzes vermelhas” morais, o que estaria ensinando a eles? (E se, em vez disso, disséssemos “Concentre-se na tua esposa. Traga amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio para a vida da tua esposa. Não se concentre nas ‘luzes vermelhas’.”)

B. Vamos rever alguma coisa que debatemos na semana passada. Leia Gálatas 5:13-14. Este é o objetivo da vida guiada pelo Espírito. O que Davi deveria estar se perguntando, em vez de se perguntar “Quais passos em direção ao pecado (Bate-Seba) eu deveria evitar?” (O que posso fazer para agradar à minha esposa? O que posso fazer para agradar ao meu Deus? O que posso fazer para servir minha esposa? Esta atividade está agradando meu Deus e minha esposa?)

1. Isto te ajuda a compreender o que Paulo quer dizer quando escreve “se vocês são guiados pelo Espírito, não estão debaixo da Lei”? (O Espírito pergunta “O que posso fazer para amar a Deus e ao meu cônjuge?” A lei diz “O que eu deveria fazer para evitar o adultério?” O objetivo é o mesmo – ser fiel ao teu cônjuge. Assim como Sara e Deus tinham o mesmo objetivo – descendentes para Abraão. É o processo, o meio de alcançar o objetivo, que separa aqueles que vivem em justiça pela fé daqueles que vivem em justiça pelas obras.)

2. Quando Gálatas 5:13 nos chama para “servir” a outros e Gálatas 5:22 nos diz que o primeiro fruto de viver uma vida dirigida pelo Espírito é o “amor”, o que isto nos diz a respeito do foco em si mesmo, do egoísmo, de “olhar o próprio umbigo”? (Essas coisas são erradas.)

a. Existe uma lição para nós sobre como deveríamos abordar a nossa caminhada com Deus? (Amigo, espero que você possa ver que concentrar-se na lei, concentrar-se nas “luzes vermelhas” é concentrar-se em si mesmo. Como estou me saindo? Concentrar-se em amar a Deus e aos nossos cônjuges e aos outros, pergunta, “Como eles estão se saindo? Estou agradando a eles?”)

C. Leia Gálatas 5:24. Qual deveria ser a nossa abordagem para com a nossa natureza pecaminosa? (Nós queremos que ela morra! Você consegue ver mais uma vez como é errado concentrar-se em nossa natureza pecaminosa e medir os passos em direção ao pecado?)

D. Leia Gálatas 5:25. Se você quer acompanhar o passo de outro ser humano, o que deve fazer? (Concentrar-se na maneira como aquela pessoa anda.)

1. O que quer dizer acompanhar “o passo” do Espírito? (Concentrar-se no nosso Deus e naquilo que O agrada.)

2. Vamos rever Gálatas 3:24-25. A lei ainda é importante? (Sim. Como cristãos “imaturos”, a lei nos ensina que precisamos de um Salvador. Mas, uma vez que compreendemos esta mensagem, não estamos mais sob a supervisão da lei. Não estamos mais olhando para nós mesmos, medindo a nós mesmos em relação à lei. Ao contrário, estamos olhando para Deus, sendo dirigidos pelo Espírito Santo de Deus para agradar a Deus. O que jorra da nossa vida, então, é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.)

a. E se você descobre que não é paciente, deveria trabalhar este aspecto? (Não! Você não se concentra no pecado. Não se concentra nas obras e age, de maneira geral, como Sara. Pelo poder do Espírito de Deus, você deveria se concentrar em amar a pessoa com quem está sendo impaciente. Esta é a abordagem da graça. Esta é a abordagem da justificação pela fé.)

E. Leia Gálatas 5:26. Por que nos tornaríamos presunçosos a respeito do viver correto? (Se o foco está em como estamos derrotando o pecado, e não estivermos bem alerta, isto pode acontecer. Se o nosso foco está em amar a Deus e os que estão ao nosso redor, isto nunca pode acontecer.)

F. Amigo, espero que você possa ver agora que a justificação pela fé não apenas nos salva pela graça de Deus, mas ela nos informa sobre como deveríamos viver a cada dia. Você vai decidir agora mesmo parar de se concentrar nas “luzes vermelhas” e começar a se concentrar em amar e agradar a Deus?

IV. Próxima Semana: O Evangelho e a Igreja


Atenção: Este tradutor irá deixar de realizar estas traduções a partir de Dezembro/2011. Mas não se preocupe: já estamos providenciando uma pessoa que possa assumir esta tarefa.


===============================
Direito de Cópia de 2011, por Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da Bíblia de Estudo na Nova Versão Internacional (NVI), editada em 2003 pela Editora Vida – São Paulo, a menos que indicado de outra forma. As citações da NVI são usadas com permissão. As respostas sugestivas encontram-se entre parênteses.

Para receber semanalmente estes comentários diretamente no teu endereço de e-mail, acesse: http://br.groups.yahoo.com/subscribe/BruceCameron ou http://feeds.feedburner.com/ComentariosBiblicosBruceCameron
===============================

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O Evangelho em Gálatas - Lição 11

Liberdade em Cristo
(Gálatas 5:1-15)

Introdução: Liberdade é uma coisa tão doce! Todos nós sabemos que queremos ser livres. Mas o que, exatamente significa liberdade? Eu posso ter a liberdade de dar um soco no nariz do meu vizinho. Mas ele não pensaria que tem liberdade, se estiver sendo socado regularmente por mim! O que Paulo quer dizer quando nos fala para “permanecer firmes” em nossa liberdade? Vamos mergulhar em nosso estudo de Gálatas e ver o que podemos aprender!

I. Permanecer Firmes

A. Leia Gálatas 5:1. Quem nos deu a liberdade? (Jesus.)

1. Quando consideramos o autor da nossa liberdade, isto nos diz alguma coisa sobre a natureza da nossa liberdade? Por exemplo, Jesus nos daria a liberdade para ferirmos outras pessoas?

2. De que somos livres? (Paulo nos diz que o “jugo de escravidão” foi retirado.)

B. Leia Gálatas 5:2-4. O que é este jugo de escravidão? (Paulo menciona especificamente a circuncisão, mas também menciona “toda a Lei”.)

1. Se a lei é a transcrição do caráter de Deus, como tenho ouvido repetidas vezes, então como ela pode ser um jugo de escravidão? (Eu não creio que a lei ou a circuncisão sejam o “jugo”; em vez disso, penso que é a exigência para guardarmos a lei ou morrermos que representa o jugo de escravidão. É trabalhar para alcançar o impossível. É Sísifo empurrando a pedra montanha acima. {N.T. – O autor cita uma lenda da mitologia grega, onde Sísifo, um rei ardiloso e mau, foi condenado pelos deuses a empurrar uma enorme pedra até o topo de uma montanha até o cume de uma montanha, sendo que toda vez que ele estava quase alcançando o topo, a pedra rolava novamente montanha abaixo até o ponto de partida por meio de uma força irresistível. Por esse motivo, a tarefa que envolve esforços inúteis passou a ser chamada "Trabalho de Sísifo". Veja http://pt.wikipedia.org/wiki/Sísifo})

2. Quando Paulo diz “Ouçam bem o que lhes digo”, o que você acha que ele está dizendo? (Isto é importante!)

3. A justificação peças obras é “anti-Cristo”? (Sim. É por isso que esta conversa é importante. Se você acredita que as tuas obras são essenciais para te salvar, então você jogou Jesus fora e colocou a tuas obras no lugar Dele. Você é anti-Cristo.)

4. Não existe algum tipo de meio termo – onde eu acredite na salvação pela fé mas também acredite que boas obras sejam necessárias para a minha salvação? (Se pensamos que as nossas obras nos justificam, então estamos “separados” de Jesus. Não podemos suplicar pela graça, porque “caímos da graça”.)

II. Considere a Liberdade

A. Leia Gálatas 5:5-6. Se a justificação pelas obras deve ser evitada, o que deveríamos buscar? (O Espírito Santo. O Espírito Santo é o agente para nos trazer para a justificação.)

1. A fé é uma mera declaração? (Paulo se refere a “a fé que atua pelo amor”. Isto é mais do que uma mera declaração.)

B. Esta idéia de expressar a nossa fé através do amor nos leva de volta à nossa discussão acerca do que a liberdade significa. Se você fosse verdadeiramente livre, poderia fazer qualquer coisa, certo? Vamos pular um pouco à frente por um momento. Leia Gálatas 5:19-21. Se você fosse completamente livre, seria capaz de fazer essas coisas, certo? (Paulo nos diz que não podemos fazer essas coisas e herdar o Reino de Deus. Paulo deve ter uma definição diferente de liberdade.)

C. Considere uma ilustração. Imagine que você tem um filho de dois anos de idade. Você diz ao teu filho, “Eu te dou a liberdade. Você pode fazer qualquer coisa que quiser. Mas, se você quiser continuar contando com minha direção e auxílio, tem que morar comigo e seguir as minhas instruções.” Se você fosse o filho de dois anos de idade, qual seria o caminho para a liberdade? (Você morreria se escolhesse fazer as coisas por si mesmo. Estar morto elimina a liberdade de escolher. A única maneira de viver é escolher o teu pai. Jesus nos deu a oportunidade da liberdade da morte eterna. Mas a verdadeira liberdade exige que andemos com Ele.)

D. Vamos olhar isso por outro ângulo. Que tipo de liberdade você quer desfrutar no céu? Você gostaria que os cidadãos do céu fossem capazes de desfrutar “ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja”? (Se a fonte do sofrimento na terra encontrasse um lugar no céu, você não estaria desfrutando de liberdade.)

E. Uma ilustração final. Pense acerca do pecado que você cometeu e do qual mais se arrepende. Você “desfrutou” liberdade neste pecado? (Claramente, você era livre para cometer o pecado, mas o que se seguiu foi sofrimento! Amigo, podemos olhar para as nossas próprias experiências para saber que a única maneira para desfrutarmos a liberdade de escolha é tomar as decisões certas.)

III. Liberdade e Amor

A. Leia Gálatas 5:13-14. Você já ouviu isso antes? (Você pode estar surpreso em saber que já ouviu isso mais de uma vez! Leia Levítico 19:18 e Mateus 22:37-40.)

1. A liberdade concedida por Jesus significa que não tenho obrigações? (Não! Ela significa que eu tenho uma obrigação de amar aos outros como amo a mim mesmo e uma obrigação de evitar a gratificação dos desejos da minha natureza pecaminosa.)

B. Será que a afirmação de Paulo se encaixa em nossa discussão acerca do que pensamos ser a verdadeira liberdade? (Ele não está nos dizendo algo que seja estranho às nossas próprias experiências. )

1. Você concorda que quando ferimos outra pessoa, estamos ferindo a nós mesmos? E que quando amamos outra pessoa, estamos amando a nós mesmos?

C. Leia Gálatas 5:15. O que este texto nos fala e que já sabemos acerca de ferir aos outros com a nossa “liberdade”? (Eles dão o troco! Eles vão tirar om naco do teu couro!)

IV. O Advogado do Outro Lado

A. Estivemos pulando por Gálatas 5, então vamos voltar e recolher os versos que estão faltando. Leia Gálatas 5:7. Esta é uma maneira estranha de descrever a justificação pela fé: “obedecendo à verdade”! Ou será que não? (Isto não é estranho. A decisão de acreditar em Deus e de confiar em Deus (como no caso de Abraão) é a mesma coisa que a decisão da criança de dois anos de obedecer e confiar em seus pais. É uma decisão a respeito de lealdade.)

B. Leia Gálatas 5:8. Quem podemos eliminar como sendo o autor da justificação pelas obras? (Jesus.)

C. Leia Gálatas 5:9. Quão difícil é combater o erro? (Ele é sutil e perigoso! Ele se infiltra e infecta toda a igreja.)

D. Leia Gálatas 5:10. Podemos tomar Paulo na sua palavra? Por que ele estaria tão confiante, tendo em vista o que ele escreveu até agora?

1. Se temos algum tipo de idéia “nova” para agitar a igreja, o que deveríamos considerar? (Se a nossa idéia não está baseada na Bíblia, se estamos agitando a confusão na igreja, então devemos receber um castigo.)

a. Você sabe quem está criando confusão? (No final das contas, é Satanás. Paulo nos diz que não pode ser Jesus. Então, deve ser o oponente de Jesus (Satanás) e seus seguidores que fazem essas coisas na igreja.)

E. Pule adiante e leia Gálatas 5:12. Para comparação, leia novamente Gálatas 5:6. Como você reconcilia as duas declarações? (Erros fundamentais requerem respostas fortes.)

F. Leia Gálatas 5:11. Por que o erro da justificação pelas obras é um “erro fundamental”? (Ele cancela a cruz. Nosso Deus foi crucificado. A idéia de um deus sendo crucificado é uma “ofensa”. Quem poderia seguir um deus que foi morto? Nós fazemos isso! Os cristãos compreendem que a vida, morte e ressurreição do nosso Deus é a chave para a nossa vida eterna. Se você ainda não entendeu isso direito, não é um cristão.)

G. Amigo, você entendeu o argumento de Paulo de que o caminho para a verdadeira liberdade é crer, confiar Nele e obedecê-Lo? Somos salvos pela graça, por escolher Jesus, mas isto não são apenas palavras, é uma escolha de vida. É escolher amar a Deus e amar aos outros, de forma que a culpa, a tristeza e os conflitos egoístas sejam deixados para trás. Você vai fazer esta escolha hoje?

V. Próxima Semana: Vivendo Pelo Espírito


Atenção: Este tradutor irá deixar de realizar estas traduções a partir de Dezembro/2011. Mas não se preocupe: já estamos providenciando uma pessoa que possa assumir esta tarefa.


===============================
Direito de Cópia de 2011, por Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da Bíblia de Estudo na Nova Versão Internacional (NVI), editada em 2003 pela Editora Vida – São Paulo, a menos que indicado de outra forma. As citações da NVI são usadas com permissão. As respostas sugestivas encontram-se entre parênteses.

Para receber semanalmente estes comentários diretamente no teu endereço de e-mail, acesse: http://br.groups.yahoo.com/subscribe/BruceCameron ou http://feeds.feedburner.com/ComentariosBiblicosBruceCameron
===============================

terça-feira, 29 de novembro de 2011

O Evangelho em Gálatas - Lição 10

As Duas Alianças
(Gálatas 4:21-31; Romanos 4)

Introdução: Nas últimas semanas aprendemos que a promessa de Deus a Abraão a respeito da justificação pela fé existiu de forma concomitante com o conhecimento de Abraão acerca dos mandamentos de Deus. Descobrimos que a razão pela qual as duas (lei e graça) existiram lado a lado é que elas tinham propósitos diferentes. Nesta semana Paulo coloca mulheres e filhos neste debate. Será que isto nos dará uma visão mais clara das nossas escolhas entre confiar na lei ou confiar na graça? Vamos pular para o nosso estudo do livro de Gálatas e descobrir!

I. A Lei Fala

A. Leia Gálatas 4:21. Esta questão é endereçada àqueles que acreditam que devemos obedecer à lei para sermos salvos. Alguém aqui acredita nisso? Mesmo se você não acredita, com a finalidade de fomentarmos o debate, vamos dizer que você acredita. Então, Paulo pergunta, o que a lei diz? (A lei dia muitas coisas. Com frequência ouço dizerem que a lei é “a transcrição do caráter de Deus”. Ela tem que ser boa!)

1. Paulo está realmente pedindo de seus leitores uma resposta sobre o que a lei diz? (Não. Ele sugere que seus leitores não estão conscientes do que a lei diz e ele vai nos dizer o que ela diz.)

B. Leia Gálatas 4:22-24. O que Paulo sugere que a lei diz? (Ela diz, “Eu sou Abraão e seus filhos [com Hagar e Sara]”.)

1. Espere um minuto! Eu não vejo nada disso escrito em lugar algum dos Dez Mandamentos. Onde Paulo encontrou isso escrito? (Paulo diz “Isto é usado aqui como uma ilustração”. A palavra grega traduzida por “ilustração” é “allegoreo” – uma alegoria, um paralelo, uma coisa figurativa. Paulo nos diz que a história de Abraão, Sara e Hagar é a história da lei.)

II. A História de Hagar

A. Vamos nos concentrar agora na história de Hagar. Leia Gênesis 15:2-6. Este é o texto ao qual sempre estamos voltando: Deus prometeu muitos descendentes a Abraão, Abraão acreditou em Deus e esta crença levou Deus a “creditar” justiça para Abraão.

B. Leia Gênesis 16:1-2. Será que Sarai (Sara) acreditou em Deus? (Ela acreditou em Deus – porque ela pensou que Deus a havia impedido de ter filhos.)

1. Sara estava desobedecendo a Deus? (Eu voltei e olhei as promessas feitas a Abraão sobre ter muitos descendentes. Estas promessas eram para Abraão, não para Sara. Sara estava apenas ajudando a Deus.)

C. Vamos discutir isso por um  momento. Paulo nos diz que Hagar é uma ilustração ou uma história a respeito da lei. Hagar entrou em cena por causa das decisões tomadas por Sara e Abraão. Vamos ver o que podemos aprender com esta ilustração:

1. Foi errado que Sara tivesse o objetivo de conseguir filhos para Abraão? (Não.)

2. Foi errado que Sara realmente ajudasse Abraão a conseguir filhos? Uma esposa não deveria ser uma auxiliadora?

3. Existe alguma coisa de errado com o que Sara fez? (Sara decidiu fazer o trabalho de Deus. E entendo que o costume da época preconizava que Hagar era propriedade de Sara, da mesma maneira como ela possuiria um automóvel hoje. Sara poderia muito bem ter considerado a promessa de Deus a Abraão como uma promessa para ela, porque aos olhos de Deus um casal casado é um (os dois tornam-se um – Gênesis 2:24). Uma vez que ela possuía Hagar, poderia raciocinar que não estava violando o mandamento do casamento sobre “os dois tornarem-se um”, uma vez que Hagar era sua propriedade. Portanto, ela estaria executando a vontade de Deus.)

a. Este é um paralelo, uma descrição daqueles que guardam a lei? (Sim! Esta é exatamente a situação. Em vez de acreditar em Deus (como Abraão fez) e deixar Deus cumprir a Sua promessa, Sara estava ocupada, fazendo o que Deus já havia prometido que faria. Se ela tivesse simplesmente acreditado em Deus, isto teria sido suficiente.)

b. Temos um problema lógico aqui – a Bíblia diz (Gálatas 4:24) que as “mulheres representam duas alianças”. Hagar representa a lei, porém foi Sara quem fez a coisa errada. Como deveríamos entender isto? (precisamos olhar isto do ponto de vista de Abraão. Deus prometeu filhos a ele e isto estaria de acordo com a Bíblia, se eles viessem através de Sara. Sara alterou isto, trazendo Hagar para o cenário. Portanto, Hagar representa a salvação pelas obras humanas.)

D. Leia Gálatas 4:25. Por que Hagar é comparada ao Monte Sinai e a Jerusalém? (Sinai é onde os Dez Mandamentos foram dados. Jerusalém é a fonte daqueles que estavam argumentando que a lei deve ser guardada para que sejamos salvos. Hagar e seu filho são escravos. Aqueles que estão debaixo da lei são escravos de uma sentença de morte.)

1. Existe alguma grande religião de salvação pelas obras, ligada à Arábia e a Hagar?

2. Apesar da animosidade entre o Islamismo e o Judaísmo, existe um ponto de vista paralelo entre estas duas religiões acerca da salvação? (Todas as religiões da atualidade, exceto o cristianismo, acreditam em “salvação pelas obras”.)

E. Leia Gálatas 4:26-27. Quem estava vivendo na Jerusalém celestial naquele tempo? (Jesus! Jesus, tendo cumprido as exigências da lei por nós, está agora no céu. Aquele é o nosso verdadeiro lar espiritual, não a Jerusalém na terra, que rejeitou Jesus como o Messias.)

1. Note que o verso 27 é uma citação de Isaías 54:1. Quem é a mulher “estéril”? (Sara!)

a. Quem é a mulher “que tem marido”? (Lembre-se de que Sara deu Hagar a Abraão. Agora, é Hagar que “tem marido”. Paulo ainda está falando das duas mulheres.)

b. Quão preciso é dizer “mais são os filhos da mulher abandonada”? (Sara seria, no final, aquela que daria à luz Isaque e, portanto, se tornaria a mãe da nação judaica e, finalmente, do Messias.)

III. A História de Isaque

A. Leia Gálatas 4:28. Como nós (que somos salvos somente pela fé) somos como Isaque?

B. Leia Romanos 4:18-21. Quais são os pontos importantes da fé de Abraão? (Que aquilo que havia sido prometido era humanamente impossível. Ainda assim, Abraão acreditou na promessa de Deus e deu glória a Deus.)

C. Leia Romanos 4:22-25. Agora responda à minha pergunta anterior, “como nós somos como Isaque”? (Isaque veio como resultado da fé se seu pai na promessa de Deus. Deus, o nosso Pai, nos prometeu Jesus. Nós temos vida através de Jesus. Assim como Abraão foi creditado com justiça porque ele acreditou no Isaque prometido, assim também a nós é creditada justiça, porque acreditamos na vida, morte e ressurreição de Jesus em nosso favor.)

IV. Conclusões

A. Vimos que os objetivos de Sara para Abraão eram essencialmente iguais aos objetivos de Deus para Abraão. O que isto nos ensina a respeito daqueles que acreditam que as obras são necessárias para ganharmos a salvação? (Boas obras são uma coisa boa! Fazer o bem é, essencialmente, o plano de Deus para a nossa vida. O problema não é o objetivo, mas o método. Se seguimos o método de Abraão e cremos e confiamos em Deus, nosso método é correto. Por outro lado, se estamos olhando para os nossos próprios atos, então nosso método não apenas está destinado ao fracasso, ele é pecaminoso.)

B. Leia Gálatas 4:29. Paulo nos diz que aqueles que acreditam na justificação pela fé são perseguidos por aqueles que acreditam na justificação pelas obras. Por que? (Você gosta quando, no trabalho, você é o único que está fazendo um dia de trabalho honesto? Não! Você fica com inveja daqueles que são indignos e preguiçosos. Se você acredita que as tuas obras vão te salvar, então fica com inveja daqueles que afirmam que são salvos pela graça. O nosso coração natural (pelo menos o meu) acredita em trabalho árduo porque, por natureza, eu sou um bom trabalhador. Aceitar o dom gratuito da salvação é contrário ao nosso coração natural.)

C. Leia Gálatas 4:30-31. Lembre-se que os “trabalhadores” naturalmente desprezam aqueles que são salvos pela graça. O que Paulo diz que deveríamos fazer com as pessoas da justificação pelas obras? (Nos livrar delas!)

1. Opa! Espere um minuto! Eu pensei que havíamos concordado com os objetivos dos “trabalhadores”? Que obedecer aos Dez Mandamentos seria uma coisa boa? Por que iríamos expulsar essas “boas” pessoas de nossa comunhão? (Leia Gálatas 5:1-4. Esta é uma questão muito grave. Estas pessoas negam a parte mais fundamental do evangelho. Elas estão alienadas de Jesus e destinadas à morte eterna, porque precisam cumprir toda a lei.)

D. Amigo, você vê quão séria é esta questão? Se você confia nas tuas obras para a salvação, está perdido. Você negou a Jesus. Por que não confessar hoje os teus pecados, aceitar pela fé a obra de Jesus em teu favor e então descansar no glorioso conhecimento da salvação somente pela graça!

V. Próxima Semana: Liberdade em Cristo


Atenção: Este tradutor irá deixar de realizar estas traduções a partir de Dezembro/2011. Mas não se preocupe: já estamos providenciando uma pessoa que possa assumir esta tarefa.


===============================
Direito de Cópia de 2011, por Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da Bíblia de Estudo na Nova Versão Internacional (NVI), editada em 2003 pela Editora Vida – São Paulo, a menos que indicado de outra forma. As citações da NVI são usadas com permissão. As respostas sugestivas encontram-se entre parênteses.

Para receber semanalmente estes comentários diretamente no teu endereço de e-mail, acesse: http://br.groups.yahoo.com/subscribe/BruceCameron ou http://feeds.feedburner.com/ComentariosBiblicosBruceCameron
===============================

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O Evangelho em Gálatas - Lição 09

Apelo Pastoral de Paulo
(Gálatas 4:12-2-; Filipenses 3:17-21)

Introdução: Já ouviu alguém dizer que você deveria ser mais parecido com alguém? Por exemplo, teus pais diziam, “Por que você não pode ser mais igual ao teu irmão [ou irmã]?” “Por que você não pode ser mais como o filho do vizinho?” “Por que você não pode ser mais parecido comigo?” Como você reagiu a essas sugestões? Eu aposto que você não disse “Certo, eu vou ser mais como [a outra pessoa] e menos como eu mesmo!” Esta semana nossa lição começa com Paulo convidando os gálatas a serem mais como ele. Vamos mergulhar em nossas Bíblias e tentar entender melhor o convite de Paulo!

I. Crescer Para Serem Como Eu?

A. Leia Gálatas 4:12. Paulo diz “Tornem-se como eu”. Acabamos de concordar que este não é um convite atrativo. Por que não? (Você pode pensar que a pessoa tem um conceito muito alto de si mesma! Você pode pensar que não precisa mudar.)

1. Por que Paulo diz que os Gálatas precisam se tornar como ele? (Por que ele se tornou como eles.)

2. Espere um pouco. Como isso pode fazer algum sentido? “Se tornem como eu, pois eu me tornei como vocês.” Se Paulo se tornou como os gálatas, eles não precisam se tornar como ele!

B. Leia I Coríntios 9:20-22. Em que Paulo se torna como outras pessoas de maneira que possa salvá-las? (Ele tenta minimizar as diferenças entre si mesmo e outros pontos de vista culturais e teológicos.)

1. Qual é o motivo de Paulo para se tornar “como” a sua audiência? (Para salvá-los.)

C. Então, vamos voltar e responder à pergunta: Por que Paulo diz que os gálatas precisam se tornar mais como ele? (Ele mostrou o quanto ele se preocupava com eles quando se tornou “como” eles. Ele mostrou o quanto desejava que eles compreendessem o evangelho.)

1. Se você fosse um gálata, o que faria, do ponto de vista prático, para se tornar “como” Paulo? (Eu decidiria levar muito a sério a importância do evangelho.)

II. Crescer Para Ser Como Eles?

A. Leia Gálatas 4:17. O que motiva os legalistas em seus esforços para tornar os gálatas mais como eles? (Paulo diz que eles não têm boas intenções, porque desejam separar os gálatas de Deus.)

1. O que você acha da lógica do argumento de Paulo? Os legalistas não podem usar o mesmo argumento a respeito de Paulo? Eles poderiam dizer: “Paulo quer que vocês o sigam porque deseja que vocês nos abandonem!” (É claro! A lógica de Paulo, por si mesma, não funciona. Paulo precisa de uma razão independente pela qual os gálatas deveriam seguir a ele e não aos legalistas.)

III. Apelo de Coração

A. Vamos rever um debate que tivemos na semana passada. Leia Gálatas 4:13-14. Na semana passada, sugeri que o ponto de Paulo é que ele não tinha orgulho de ser proprietário dos gálatas – ele havia parado na sua cidade porque estava doente. Assumindo que eu estava pelo menos parcialmente certo, o que mais podemos ler do argumento de Paulo aqui? (Paulo diz, “Vocês me adoravam – quando eu não era importante.” Paulo, o lógico, está fazendo um apelo emocional! “Vocês foram gentis. Nós éramos amigos. Nós nos alegrávamos juntos. O que aconteceu? Voltem para mim!)

B. Leia Gálatas 4:18-19. Quão importantes são os gálatas para Paulo? (Ele diz que está tão ansioso por eles que sente como se estivesse em trabalho de parto.)

1. Este é um argumento lógico? (Não. Mais uma vez, Paulo está colocando um argumento emocional. Nós somos amigos. Vocês estão quebrando o meu coração (na verdade, me quebrando em algum ponto mais abaixo) ao se separarem de mim.)

2. Nestas lições, gosto de debater a lógica e o raciocínio encontrado na Bíblia. Quando apontei a lógica de Paulo nesta semana não era melhor do que a lógica dos legalistas, pensei que isto era uma infelicidade. Que lição isto nos ensina sobre levarmos outros ao evangelho? (O evangelho não é sempre (ou mesmo principalmente) lógica. A parte emocional do argumento e dos relacionamentos deveria ser cuidadosamente considerada. O evangelho é muito mais do que lógica estéril, sem sangue!)

C. Leia Gálatas 4:20. Que tipo de tom de voz Paulo tem? Nós decidimos que ele está fazendo um apelo emocional; ele também está sendo áspero?

1. Por que a presença de Paulo faria alguma diferença? (Você já notou que é muito mais difícil ser áspero com alguém quando está falando face a face com a pessoa? Você pode escrever uma carta (ou pior), colocar um comentário na Internet que seria muito mais difícil de dizer na presença da pessoa que você está querendo atingir.)

2. É um pecado para Paulo usar o tom que ele está usando com os gálatas? (Leia Gálatas 4:16. Penso que Paulo não está sendo áspero, ele está sendo honesto. Ele compreende que seus amigos gálatas podem não estar recebendo bem as suas palavras, porque ele pergunta “Tornei-me inimigo de vocês”? Às vezes, dizer as coisas que precisam ser ditas é difícil.)

IV. Uma Vida Digna

A. Nós discutimos que o ponto principal de Paulo ao dizer para os gálatas que eles deveriam se “tornar como ele” era para encorajá-los a serem mais zelosos pelo evangelho. Vamos detalhar este assunto lendo Filipenses 3:17. Desta vez, tornar-se mais como Paulo envolve viver “de acordo com o padrão”. Paulo nos disse em Gálatas 3:25 que “já não estamos mais sob o controle do tutor (a lei).” Estamos agora sob o controle de um “padrão”? Paulo é um legalista enrustido?

B. Leia Filipenses 3:18-19. As pessoas descritas aqui estão salvas? (Não! O seu destino é a destruição.)

1. O que está errado com a fé delas? Elas jogaram fora a promessa de salvação feita a Abraão?

2. “O seu deus é o estômago” me ajuda a compreender melhor Buda e outros que eu vejo por aí! (É uma brincadeira.) O que esta declaração quer dizer? (Eles estão concentrados em si mesmos. Seus apetites determinam seu curso de ação.)

3. O que quer dizer “eles têm orgulho do que é vergonhoso”? (Eles se orgulham de seus pensamentos maus.)

a. Já disse isso antes: Quando eu era criança, parecia que as pessoas “más” tinham “prazer” em ser más. Elas não argumentavam que eram boas. É isto o que Paulo quer dizer com ter “orgulho” do que é vergonhoso?

b. Hoje existe uma “moralidade” entre as pessoas que são inimigas do evangelho. Tome, por exemplo, a cantora americana Madonna. Por que ela escolheria este nome artístico? Vi um vídeo dela “orando” com sua equipe de show antes de subir ao palco. Embora eu já tenha ouvido algumas orações muito estranhas em igrejas e outras reuniões religiosas, a oração de Madonna não era religiosa. Por que ela faria uma coisa dessas? É isto que Paulo quer dizer com ter “orgulho” do que é vergonhoso?

C. Leia Filipenses 3:20-21. Como o cristão é diferente do mundo? Como esta diferença é consistente com a justificação pela fé? (Fé é uma atitude. Nossa mente não está focada nas coisas terenas nem nos nossos estômagos. Nossas mentes estão focalizadas na volta de Jesus, na nossa cidadania celestial, e nos tornarmos mais semelhantes ao nosso Deus.)

D. Amigo, você vai decidir ser mais semelhante a Paulo? Vai levar o evangelho e a salvação de outros a sério? Vai fazer do céu o teu objetivo? Vai voltar a atenção da tua vida para longe de si mesmo e em direção a um relacionamento com Deus?

V. Próxima Semana: As Duas Alianças


Atenção: Este tradutor irá deixar de realizar estas traduções a partir de Dezembro/2011. Se você tem condições e gostaria de assumir esta tarefa, entre em contato deixando um comentário.


===============================
Direito de Cópia de 2011, por Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da Bíblia de Estudo na Nova Versão Internacional (NVI), editada em 2003 pela Editora Vida – São Paulo, a menos que indicado de outra forma. As citações da NVI são usadas com permissão. As respostas sugestivas encontram-se entre parênteses.

Para receber semanalmente estes comentários diretamente no teu endereço de e-mail, acesse: http://br.groups.yahoo.com/subscribe/BruceCameron ou http://feeds.feedburner.com/ComentariosBiblicosBruceCameron
===============================

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O Evangelho em Gálatas - Lição 08

De Escravos a Herdeiros
(Gálatas 3:26-4:20)

Introdução: Na semana passada, Paulo explicou que a lei não é simplesmente igual a ir para a escola. Quando falamos dos nossos dias na escola, nos lembramos que a escola não nos ensinou somente lições importantes sobre como sermos bem sucedidos na vida, mas também nos ensinou que não somos o aluno mais inteligente da classe (E ao aluno mais inteligente, esta lição foi ensinada no nível seguinte na escola!).  Agora que já aprendemos essas lições, Paulo conclui que “já não estamos mais sob o controle do tutor {a lei}.” (Gálatas 3:25). O que significa estar sem supervisão? Como deveríamos viver? Vamos mergulhar novamente na continuação do nosso estudo do livro de Gálatas e descobrir o que Deus diz!

I. Filhos e Filhas Pequenos de Deus

A. Vamos sair da ordem um pouquinho. Leiamos Gálatas 4:1. Por que é verdade que um filho pequeno do dono da terra é como um escravo? (Legalmente, o filho não tem direito à propriedade. Mas o tempo mudará isto para o filho. O tempo não muda isto para o escravo.)

B. Leia Gálatas 4:2. Este texto nos lembra da semana passada, quando aprendemos que pais ricos tinham servos que tomavam conta de seus filhos e se asseguravam que eles fossem para a escola. Aprendemos que a lei foi este instrutor. Quem você acha que é o “pai” na analogia de Paulo? (Deus, o Pai.)

1. Quem decide quando um filho se torna adulto? (Paulo nos diz que o Pai toma esta decisão. Nos Estados Unidos, isto normalmente é regulado pela lei. Mas os pais têm o controle sobre quando seus filhos têm direito à riqueza dos pais.)

C. Leia Gálatas 4:3. Quando os seres humanos estão sob a lei, são como crianças na escola. Enquanto estamos na escola, estamos “escravizados aos princípios elementares do mundo.” Quais são esses princípios básicos?  (O princípio mais básico é que, se pecássemos, morreríamos.)

II. Filhos e Filhas Adultos de Deus

A. Leia Gálatas 4:4-5. Vamos examinar atentamente esses dois versos. Sobre que tempo estamos falando? E quem decidiu quando este tempo deveria chegar? (O tempo é quando Jesus veio a este mundo como um ser humano. Deus o Pai aparentemente determinou este tempo.)

1. O que estes versos nos dizem a respeito da natureza de Jesus? (Primeiro, que Ele é o Filho de Deus. Segundo, que Ele nasceu de uma mulher humana. Isto torna Jesus tanto Deus quanto humano.)

2. Qual foi o propósito da vinda de Jesus? (Nos redimir da lei. Dar-nos os direitos de filhos adultos, em vez dos direitos de filhos crianças.)

B. Agora, vamos voltar e olhar os versos que havíamos pulado. Leia Gálatas 3:26-29. Os versos que estávamos lendo referem-se a “filhos”. Paulo está se referindo tanto a homens quanto a mulheres? (Sim!)

1. Então, por que Paulo os chama de “filhos”? (Filhos possuem direitos superiores a filhas. Seu argumento é que quando se trata de ser um filho de Deus, não existe diferença baseada em gênero, raça, status econômico ou político. Todos recebem o direito legal máximo.)

2. Como nos tornamos filhos adultos de Deus? Como realizamos a mudança de estarmos sob a lei para assegurarmos nossos direitos legais máximos? (Fé e batismo.)

a. Note as frases precisas “mediante a fé em Cristo Jesus” e “em Cristo foram batizados”. Que tipo de fá está sendo descrito? Exatamente em que estamos acreditando? (Uma vez que Paulo descreve Jesus tanto como Deus quanto como humano, este parece ser um aspecto chave da fé.)

b. Por que Paulo utiliza a frase “em Cristo foram batizados”? Como podemos, de alguma maneira, entrar em Jesus quando Ele foi batizado? (Leia Romanos 6:3-5. Este texto nos ajuda a compreender a natureza do batismo. Assim como Jesus foi sepultado na morte, assim também quando fomos sepultados sob as águas no batismo, participamos na morte de Jesus. Quando nos levantamos das águas batismais, participamos na ressurreição de Jesus e, portanto, na SUS conquista sobre o pecado e a morte. Desta maneira, olhamos adiante, para a ressurreição para a vida eterna!)

C. Vamos voltar e ler novamente Gálatas 3:29. O que morrer e ressurgir (através do batismo) significam no contexto da lei e da graça? (Significam que agora somos parte do contrato firmado com Abraão – crer e viver. Também que pagamos, através de Jesus a penalidade pelo pecado. Pelo menos sob este aspecto, não estamos mais sob a supervisão da lei.)

III. O Espírito dos Filhos e Filhas de Deus

A. Vamos nos mover adiante, lendo Gálatas 4:6-7. Que coisa nova aprendemos acerca de nos tornarmos filhos de Deus? (Temos agora o Espírito de Deus em nossos corações.)

1. Qual é o papel do Espírito de Deus em nosso coração? (Clamar “Aba”, que quer dizer “Pai”.)

a. O que isto significa? (Isto significa que temos uma atitude diferente com relação a Deus. Temos um amor por Ele e um relacionamento com Ele assim como teríamos por um pai normal e amorável. Pense em um filho que tem um pai maravilhoso, e este é o relacionamento que temos com Deus.)

B. Leia Gálatas 4:8-9. Uma atitude para com Deus como nosso amorável e gracioso Pai deveria fazer uma diferença na maneira como vivemos? (Todos os filhos têm um período de rebelião, mas filhos normais, tratando com pais normais, querem agradar aos seus pais.)

1. Paulo escreve sobre deuses não naturais e “princípios elementares, fracos e sem poder”. O que são deuses não naturais? (Os maiores deuses não naturais são aqueles que criamos com nossas próprias mãos. Por alguma pessoa em perfeito juízo adoraria algum objeto que ela mesma fez? Os legalistas estavam fazendo a mesma coisa – estavam adorando o que eles haviam criado! Por seus próprios esforços haviam obedecido à lei (pelo menos eles pensavam que sim) e, portanto, sua salvação havia sido “criada por eles”.)

C. Leia Gálatas 4:10-11. Paulo nos dá um exemplo daquilo que está falando. Como adorar nossos próprios esforços tem alguma coisa a ver com “dias especiais, meses, ocasiões específicas e anos”? (A lei cerimonial tinha todos os tipos de regras acerca de festas especiais e o período para certas purificações. Se as pessoas fossem confiar na observância daqueles prazos e datas para a salvação, estariam voltando para a justificação pelas obras.)

1. E o Sábado? Ele é um “dia especial”! (Certamente, este texto quer dizer que ir à igreja aos Sábados não te salva – não mais do que qualquer outra coisa que você possa fazer buscando se salvar. Se você tem uma atitude de “Aba” para com o teu Pau Celestial, não gostaria de passar o Sábado com Ele? Eu gosto muito quando posso fazer uma vídeo conferência através do Skype com meu filho que não mora mais conosco. Isto não é um fardo. Não é uma tarefa. Não é alguma coisa que eu pense “Vou ter algum crédito por ter feito isto!”)

2. Nós já vimos como somos sepultados com Jesus e ressuscitados com Ele. Você se lembra onde Jesus passou o sábado, depois de Sua morte? (Na sepultura.)

a. Por que?

b. Se você fosse Deus o Pai, e teu Filho tivesse acabado de passar por um terrível espancamento e abuso, gostaria de correr para Ele imediatamente e confortá-Lo?

c. Se você fosse Deus o Pai, e teu Filho tivesse acabado de ganhar o Campeonato do Universo, gostaria de correr para Ele imediatamente para dar-Lhe os parabéns? (“Sim!” Qual pai amorável se demoraria? A única maneira pela qual consigo imaginar esta incrível demora e que, assim como Jesus descansou no Sábado depois de Sua criação (Gênesis 2:2), assim também Jesus descansou no Sábado depois de Sua vitória sobre o pecado. Eu quero celebrar estes dois fatos extraordinários (Criação e Redenção) no Sábado – e isto não coisa alguma a ver com a obra de minhas mãos!

IV. A Motivação de Paulo

A. Leia Gálatas 4:12-16. Sempre que você ouve alguém defender uma posição, deveria perguntar “Qual é a motivação desta pessoa”? Se você fosse um membro da igreja da Galácia, quais motivos negativos poderia atribuir à carta de Paulo? (Orgulho da opinião. Raiva de que eles pudessem ter mudado de opinião – e não mais concordarem com ele. Orgulho de “posse” – essas são as pessoas que Paulo havia convertido.)

1. Note que Paulo responde a essas duas acusações. Seu orgulho foi ferido? (Ele diz que “Em nada vocês me ofenderam”.)

2. E a respeito do orgulho de “posse”? (Paulo diz que “foi por causa de uma doença que lhes preguei o evangelho pela primeira vez”. Não era o objetivo de Paulo converter este grupo em particular (em vez das pessoas na cidade seguinte). Paulo parece estar dizendo “posso converter a cidade seguinte, não preciso reclamar “posse” sobre vocês.)

3. O que Paulo diz que é a sua razão principal para querer que eles voltassem para a graça? (Alegria. Ele quer que eles tenham de volta sua alegria.)

B. Leia Gálatas 4:17-20. O que motiva os legalistas a tentar levar os gálatas para os seus pontos de vista? (poder. Eles querem mais seguidores.)

C. Amigo, Paulo nos diz que crermos na justificação pela fé é como a alegria de um filho que se torna adulto em seu aniversário. Agora ele está sem supervisão! Ele tem liberdade, tem status, tem direitos legais. Esta liberdade como filhos e filhas de Deus nos leva para mais perto dEle. Faz com que desejemos agradá-Lo. Você vai entrar hoje na alegria da graça?

V. Próxima Semana: Apelo Pastoral de Paulo


Atenção: Este tradutor irá deixar de realizar estas traduções a partir de Dezembro/2011. Se você tem condições e gostaria de assumir esta tarefa, entre em contato deixando um comentário.


===============================
Direito de Cópia de 2011, por Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da Bíblia de Estudo na Nova Versão Internacional (NVI), editada em 2003 pela Editora Vida – São Paulo, a menos que indicado de outra forma. As citações da NVI são usadas com permissão. As respostas sugestivas encontram-se entre parênteses.

Para receber semanalmente estes comentários diretamente no teu endereço de e-mail, acesse: http://br.groups.yahoo.com/subscribe/BruceCameron ou http://feeds.feedburner.com/ComentariosBiblicosBruceCameron
===============================

domingo, 6 de novembro de 2011

O Evangelho em Gálatas - Lição 07

Caminho Para a Fé
(Gálatas 3:21-25)

Introdução: Na semana passada enfrentamos o desafio dos legalistas: “Se a justificação pela  fé é a abordagem correta, por que Deus introduziu a lei no Sinai, 430 anos depois de Seu contrato de justificação pela fé com Abraão?” Conforme tentamos decifrar quais seriam os argumentos dos legalistas, decidimos que um argumento possível é bem conhecido dos advogados americanos. Quando existem duas leis conflitantes, a lei mais nova tem precedência sobre a lei mais antiga. O Sinai veio depois de Abraão! Contudo, para vencer esta argumentação, os legalistas precisam mais do que o período, eles precisam de um conflito entre o Sinai e a justificação pela fé. Vamos mergulhar em nossas Bíblias para examinarmos a continuação do argumento de Paulo sobre este conflito!

I. O Conflito

A. Leia Gálatas 3:21. Existe um conflito entre a lei e a justificação pela fé? (Paulo não diz simplesmente que “não”, ele diz “De maneira nenhuma!”)

1. Você já notou que às vezes as pessoas gritam para encobrir o fato de que estão erradas? Ser enfático com o seu “de maneira nenhuma!” seria uma tentativa de esconder a fraqueza de seu argumento?

2. Às vezes deixamos de ver a floresta, porque estamos olhando muito de perto uma única árvore. Como Paulo pode dizer que não existe conflito? Ele não está escrevendo a sua carta aos gálatas exatamente por causa do conflito? Ele não teve que repreender Pedro (veja Gálatas 2:11-14) por causa do conflito? Não estamos discutindo este assunto exatamente agora, por causa deste conflito?

3. Eu consigo pensar em maneiras nas quais a lei e a graça são opostas. A lei diz “obedeça ou morra”. A graça diz “creia e viva”. De que maneira Paulo diz que elas não estão opostas de maneira nenhuma? (A lei não pode nos dar a vida. Paulo diz que a lei é inútil para nos justificar. Conceder-nos a justificação não é o seu propósito. Se a lei pudesse nos salvar, então os legalistas estariam certos a respeito do conflito e da precedência da nova lei.)

4. Vamos desacelerar um pouco e considerar isto. Os legalistas não pensam que o propósito da lei é nos salvar? Se você pensa que a promessa e a lei têm o mesmo propósito, então deveria seguir a lei, certo? (Isto nos faz examinar a questão subjacente a este argumento – será que a lei e a promessa possuem o mesmo propósito?)

II. O Propósito

A. Leia Gálatas 3:22-23. Paulo diz que todos nós somos prisioneiros. O que os prisioneiros querem? (Liberdade. Honra.)

1. Por que não queremos dar liberdade aos prisioneiros? (Porque eles não a merecem.)

2. Por que nós merecemos ser incinerados? (por causa do pecado.)

3. Para mim, este parece ser um grupo bastante grande! Quem é prisioneiro do pecado? (Todos aqui. Todo o mundo.)

4. Não acabamos de descobrir que o argumento de Paulo de que não há conflito “de maneira nenhuma” está absolutamente errado? Se a lei nos faz prisioneiros, e a graça nos liberta, para mim isto parece ser um enorme conflito!

a. Se olharmos a questão do “propósito”, não seria o propósito tanto da lei quanto da graça que determinaria se deveríamos permanecer encarcerados?

B. Vamos tomar um exemplo prático. Digamos que a Lei A nos diz que se somos sonegarmos nossos impostos, podemos evitar qualquer penalidade se pagarmos os nossos impostos ou nos unirmos a uma igreja. A Lei B diz que para aqueles que aqueles que não pagam seus impostos a penalidade é que eles devem ir para a cadeia. Estas duas leis estão em conflito? Advogados, um tribunal acabaria com a lei mais antiga? (Não, não seria possível acabar com a lei mais antiga. Em vez disto, o tribunal diria que as duas leis podem ser harmonizadas, declarando que a lei mais recente criou exceções para a regra geral.)

C. Veja novamente Gálatas 3:23. Somos prisioneiros trancafiados. A fé vem nos visitar. O que quer dizer esta expressão “viesse essa fé”? Que você desenvolveu alguma fé? (Gálatas 3:22 se refere à “pela fé em Jesus Cristo”, mas aqui parece que a referência é a Jesus. Quando Jesus (“esta fé”) veio, então foi possível romper as grades da prisão.)

III. A Visão a Longo Prazo

A. Lembre-se de que na semana passada examinamos a precisão dos fatos do argumento dos legalistas acerca do tempo: que a lei veio depois da promessa a Abraão. Descobrimos que este argumento não se aplicava aos Dez Mandamentos. O mandamento do Sábado e o mandamento do assassinato eram claramente conhecidos desde o tempo de Adão e Eva. Será que foi apenas a lei a respeito dos sacrifícios (a lei “cerimonial”) que veio mais tarde?

1. Leia Gênesis 4:3-5. O que este texto sugere acerca do cerimonial? (Ele existia. Na semana passada nós vimos esta história, para aprendermos que a lei já estava estabelecida. Agora, vimos que esta história envolve tanto a lei moral quanto as leis cerimoniais!)

2. Leia Gênesis 7:1-3 e Gênesis 7:7-9. Por que vemos uma clara referência a animais puros e impuros muito antes de Levítico 11 e sua referência a animais que são “impuros”, do ponto de vista cerimonial (Levítico 11:4)?

3. É possível que os legalistas estejam errados, e que a lei moral e a lei cerimonial existiam desde o princípio? Em caso afirmativo, por que Deus fria isto?

a. Paulo diz que Deus tem para a lei um propósito diferente do que Ele tem para a graça. Isto se encaixa com a idéia da lei moral e cerimonial coexistirem desde o princípio? (Perfeitamente! Isto mostra que Deus pensava que as duas tinham propósitos distintos.)

IV. O Esmagador

A. Leia Gálatas 3:24. Vamos olhar detalhadamente a frase “a Lei foi o nosso tutor”. Algumas traduções dizem que a lei foi um “aio”. Li alguns comentários que dizem que a palavra grega aqui se refere a alguém que é colocado como responsável pelos filhos do patrão. Como um tipo de “babá” nos dias de hoje. Note que Paulo nos chama de vários nomes aqui. Ele já nos chamou de prisioneiros. Agora ele acrescenta “crianças ignorantes”, “criancinhas que precisam de supervisão”. Isto retrata você?

1. De um ponto de vista prático, qual é o propósito de uma criança ir para escola, ter uma babá, ou ter um professor particular?

2. O que você aprendeu na escola? O que você aprendeu de sua babá (presumindo que você teve uma) ou de seus pais (presumindo que você não teve uma babá)? (Eu aprendi duas coisas na escola. Primeira, aprendi lições positivas, as quais seriam necessárias quando eu fosse mais velho. Segunda, aprendi lições negativas a respeito de mim mesmo. Quanto mais tempo eu passava na escola, mais eu aprendia que não falava bem.)

a. Se, como descobrimos, Deus tinha uma promessa de graça e as exigências da lei sentadas lado a lado durante a história dos seres humanos, qual era o objetivo da lei como nosso professor da escola, babá ou carcereiro? (Não apenas nos ensinar o padrão perfeito de Deus, mas esmagar o nosso orgulho. Nos ensinar que não somos as pessoas mais inteligentes e mais obedientes. Nos ensinar que a humanidade em geral e você em particular, não consegue guardar a lei de Deus.)

b. Leia Mateus 5:27-28. Jesus e Paulo estão no mesmo trilho? (Jesus nos dá uma visão da verdadeira obrigação da lei, que lança fora o nosso orgulho.)

B. Note que Gálatas 3:24 diz que a lei nos guiou “até Cristo”. (O próprio fato de que somos prisioneiros por causa do pecado nos leva a buscar um caminho de saída. O fato de que nosso orgulho se foi, que compreendemos que necessitamos da graça, nos leva a buscar a graça. Jesus é o caminho para escapar do pecado. Portanto, o papel da lei é nos levar a Jesus e Sua promessa de graça.)

V. A Liberdade

A. Leia Gálatas 3:25. “Tendo chegado a fé” – significando que Jesus veio à terra, viveu e  morreu em nosso lugar, e ressuscitou para a vida eterna para que pudéssemos ser salvos. A lei te guiou, um prisioneiro esmagado pelo pecado, a esta grande fonte de liberdade, a qual você aceitou pela fé. Você está acompanhando até aqui?

1. Vamos seguir a próxima linha da lógica de Paulo. Quando as crianças crescem, elas não precisam mais estar sob a supervisão de professores do ensino fundamental, suas babás ou tutores? (Não.)

a. Que tipo de comportamento você esperaria? (Um comportamento educado! É para isso que elas estiveram na escola.)

2. O que acontece se uma criança crescida viola as regras da escola, da babá ou do tutor? (Nada – em termos de disciplina pela escola, babá ou tutor. Mas a menos que estes professores sejam inúteis, violar as regras provavelmente deveria ter algumas consequências práticas.)

3. Você está sob supervisão agora? (Se você está certo na questão de que Deus sempre manteve a lei e a graça diante dos seres humanos, isto quer dizer duas coisas:

a. Sempre foi o propósito de Deus para nós que compreendamos Seu padrão, o qual esmaga nossos pensamentos orgulhosos de que podemos alcançar este padrão e;

b. Nos leva à Sua promessa de graça (agora cumprida). Conhecer o quadro completo é a nossa “supervisão” atual. Nos compreendemos o padrão de Deus para a nossa vida e queremos fazer alguma coisa por Ele por causa de Seu dom da graça.)

B. Amigo, você está cheio com o orgulho de que pode conquistar a tua salvação? Que alguma coisa que você possa fazer conquistará a recompensa eterna de Deus? Por que não confessar hoje o teu orgulho, e entrar em um relacionamento com Deus, para mudança de vida?

VI. Próxima Semana: De Escravos a Herdeiros


Atenção: Este tradutor irá deixar de realizar estas traduções a partir de Dezembro/2011. Se você tem condições e gostaria de assumir esta tarefa, entre em contato deixando um comentário.


===============================
Direito de Cópia de 2011, por Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da Bíblia de Estudo na Nova Versão Internacional (NVI), editada em 2003 pela Editora Vida – São Paulo, a menos que indicado de outra forma. As citações da NVI são usadas com permissão. As respostas sugestivas encontram-se entre parênteses.

Para receber semanalmente estes comentários diretamente no teu endereço de e-mail, acesse: http://br.groups.yahoo.com/subscribe/BruceCameron ou http://feeds.feedburner.com/ComentariosBiblicosBruceCameron
===============================