Expiação em Símbolos – I (Levítico 4-6 e 17; Romanos 3,5 e 6)
Introdução: No final da tarde do último domingo, eu estava sentado em um banco, olhando o lago próximo à minha casa. O entardecer quieto e lindo levou meus pensamentos para Deus e para o meu lugar em Seu mundo. Pensei sobre porque eu acreditava que Deus existia, o cristianismo era a verdade e Jesus era o Messias. Nossa lição desta semana aborda esses assuntos. Minha razão para acreditar que Deus existe é a ordem que vejo na Criação. Possuir carros e casas me ensinou que as coisas se movem da ordem para a desordem, não ao contrário. Que Deus tenha predito o Messias através dos símbolos da expiação demonstra a Sua ordem. As três principais religiões do mundo acreditam no relato do serviço do santuário, embora apenas o cristianismo possa equiparar este serviço com Jesus, o Messias. Apenas o cristianismo confia nestes símbolos que já encontraram cumprimento para o perdão dos pecados. O cristianismo é uma religião lógica, consistente e racional. Vamos pular direto para dentro de nosso estudo da Bíblia para compreender melhor isto!
I. O Caminho de Escape do Pecado
A. Leia Levítico 6:1-4. Por que quem comete qualquer um desses pecados está “cometendo um erro contra o Senhor”? Não é o fulano ao nosso lado quem ficou sem sua propriedade? (Deus é Aquele quem disse nos Dez Mandamentos que essas coisas são erradas. É o padrão de Deus que está sendo quebrado.)
B. Leia Levítico 6:5. Qual é o primeiro passo para recuperar-se de um pecado sob o sistema do Antigo Testamento? (Embora a lei de Deus tenha sido quebrada, Deus quer que restituamos aquilo que foi tirado. O primeiro passo é admitir o nosso erro e tentar acertar as coisas.)
C. Leia Levítico 6:6. Por que este texto diz “por sua culpa”? Pensei que o quinto acrescentado já era uma penalidade suficiente! (O quinto acrescentado à restituição era pago à pessoa que foi enganada. Esta oferta está sendo apresentada a Deus.)
1. Se o animal é “devidamente avaliado”, o que importa que ele seja “sem defeito”? Por que não matar os animais defeituosos, se eles tiverem valor suficiente para pagar a penalidade?
2. Por que matar o animal, afinal de contas? Você paga penalidades com coisas que funcionam, não com algo que está morto! “Me desculpe por ter roubado tuas calotas (ou rodas), aqui está uma bateria descarregada para acertar as coisas.” Estas duas exigências não fazem sentido sem uma compreensão cristã acerca do Messias.)
D. Leia Levítico 6:7. Até este último ponto no texto temos o que eu chamo de um sistema típico de justiça. O estado tenta tomar o lucro da atividade criminosa, reparar a vítima do crime e exige que uma penalidade seja paga ao estado, para a manutenção da ordem. O que este texto acrescenta, que é incomum? (Tem a ver com o último ponto, acerca do animal morto. Passamos para algo maior do que a atividade criminosa. Estamos nos referindo especificamente à questão do pecado.)
1. Quem este texto fala que faz a expiação? (“o sacerdote fará propiciação por ele”, pelo seu pecado.)
E. Vamos explorar esta idéia da expiação um pouco mais. Leia Levítico 4:27-31. Quem mata o animal? (A pessoa que pecou coloca a sua mão sobre o animal e então o mata.)
1. Note que isto envolve os pecados não intencionais. Este processo te faria ser mais cuidadoso com respeito ao pecado no futuro? (Eu detestaria ter que matar o animal. Para mim, isso evitaria que eu pecasse.)
2. Se você tivesse que ir até uma pessoa sábia e dizer “Eu prejudiquei alguém, o que você acha que eu deveria fazer?”. A resposta provavelmente seria “Tente acertar as coisas e não cometa este erro novamente.” Vimos a idéia da restituição. Matar o animal evitaria que eu cometesse o mesmo erro novamente. Isso é tudo o que há aqui? É isso o que a expiação significa – desencorajar futuras más ações? Que elemento importante está faltando?
F. Leia Levítico 17:11-12. Neste texto e no último, temos toda esta discussão sobre o que fazer com o sangue. Como o sangue se encaixa neste quadro?
1. Por que o sangue é algo que pode fazer expiação? (Leia Gênesis 2:15-17. O resultado do pecado é a morte. Deus diz em Levítico que a vida está no sangue. A morte do animal substituiu de alguma forma a morte causada pelo pecado do homem. O sangue do animal expiou o pecado da pessoa. Isto é algo bem diferente do que restituição ou evitar cometer o erro. Começamos dizendo que pecar é ser infiel para com Deus. É uma violação do Seu padrão. Seu padrão diz que o pecado resulta em morte.
II. A Expiação Como Profecia
A. Consideramos anteriormente o que uma pessoa sábia diria a alguém que houvesse feito algo errado. Penso que seja seguro dizer que um sacrifício de sangue nunca passaria pela mente de uma pessoa sábia. Existe alguma dentre as maiores religiões do mundo que creia em um sacrifício de sangue por causa de erros pessoais (exceto por assassinato)? Há alguma delas que creia ou ensine a expiação?
B. Leia Romanos 3:23-26. Como a Bíblia sugere que o componente da expiação no sistema do santuário predizia Jesus? (O sistema do santuário introduziu uma idéia nova, de que o sangue do animal poderia, de alguma forma, libertar o ser humano de ter que pagar pelo seu pecado com sua vida. A pessoa poderia evitar o resultado final do pecado usando um substituto.)
1. Note que Romanos 3:25 diz que esta idéia de expiação demonstra “justiça”. É assim que você vê isso? Se você fosse um defensor da causa dos animais, estaria chamando este sistema de “injustiça”.
C. O judaísmo não pratica mais sacrifícios de animais porque o templo foi destruído e não foi reconstruído. Esta é uma desculpa razoável para não seguir o procedimento delineado claramente para eliminar o pecado? (Leia Êxodo 20:24-25. O sacrifício não exigia um templo. Ele poderia ser realizado sobre um altar de terra ou de pedras.)
D. O Islamismo, que aceita o Antigo Testamento como sendo revelação de Deus, tem algum ritual que se aproxima da expiação através de alguma outra pessoa que não o pecador?
E. Leia I Pedro 1:18-21. O que Pedro diz que é maneira normal de acertar o que está errado? (Pagar uma penalidade: prata, ouro ou valores de algum tipo.)
1. Como nossos erros são acertados? (Pelo sangue de Jesus.)
2. Note que Pedro se refere ao Cordeiro como sendo sem “sem mancha e sem defeito”. Eu levantei esta questão antes dizendo que, de forma abstrata, isso não fazia sentido. Faz sentido agora? (A razão pela qual Deus exigia um animal perfeito – sem mancha – era para predizer que Jesus, que viveu uma vida perfeita, morreria para expiar os nossos pecados.)
3. Deus estava montando o sistema do santuário conforme ele acontecia? (Não. Este texto diz que Deus tinha este plano em mente antes que o mundo fosse criado. Ele estabeleceu o serviço do santuário como um mecanismo simbólico para nos ensinar a respeito de Seu plano para a salvação dos seres humanos.)
4. Por que não ficar simplesmente com a morte dos animais? Por que Jesus teve que morrer? Como isto pode ser justiça? Se eu fosse Deus, certamente teria usado animais da fazenda, em vez de meu filho! (Este ainda é para mim um conceito difícil de compreender de maneira lógica. O amigo de meu pai, Patrick Stevenson, me ajudou a compreender melhor este assunto. Se eu cometi um crime digno de morte, não poderia oferecer ao tribunal o meu cachorro ou algum outro animal. Não poderia oferecer à corte algum membro da minha família. O tribunal exigiria a minha vida. Nós, de maneira corporativa, caímos em pecado quando Adão e Eva pecaram. Quando nos tornamos cristãos, nos tornamos “em Cristo”. Jesus é o “segundo Adão” e nós, de forma corporativa, nos tornamos parte de Jesus que viveu, morreu e ressuscitou em nosso favor. Assim, nós morremos quando Ele morreu. Contemple Romanos 5:12-19 para compreender melhor este assunto.)
III. Vida Prática
A. O fato de que Jesus expiou nossos pecados nos confere liberdade para pecarmos? (Leia Romanos 6:1-2. Quando morremos com Jesus, morremos para o pecado. Se permanecemos em Jesus, desejaremos ficar longe do pecado.)
1. Se a morte de um animal evitaria que você pecasse no futuro, o que dizer da morte de Jesus?
B. Leia Salmos 51:3-4. Que elemento este texto destaca? (Deus diz que qualquer ato errado é pecado contra Ele. A confissão dos pecados é para Deus, porque é contra Ele, afinal, que agimos errado.)
C. Leia Tiago 5:13-16. Tiago está nos dizendo que precisamos confessar nossos pecados aos outros crentes para sermos perdoados? Como isto é consistente com a idéia de que pecamos contra Deus quando quebramos Suas regras? (Tiago parece estar escrevendo sobre como companheiros cristãos podem ajudar uns aos outros a ficar longe do pecado. Ao permitir que um crente de confiança saiba que você está tendo um problema em uma determinada área, esta pessoa pode ser capaz de te encorajar e aconselhar. Isto pode te ajudar a evitar o pecado. Alguns chamam isto de “parceiros de responsabilidade”.)
D. Amigo, o cristianismo é a religião das pessoas pensantes. Se você aceita o Antigo Testamento como a revelação de Deus aos seres humanos, todo o sistema para se livrar do pecado apontava para um Messias vindouro que morreria para expiar os nossos pecados. Somente o cristianismo aceita este vínculo lógico. Você vai tomar posse, confiantemente, daquilo que Jesus fez por você? Vai viver como tendo crido que Jesus morreu pelos teus pecados?
IV. Próxima Semana: Expiação em Símbolos – II
=============================== Direito de Cópia de 2008, por Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da Bíblia de Estudo na Nova Versão Internacional (NVI), editada em 2003 pela Editora Vida – São Paulo, a menos que indicado de outra forma. As citações da NVI são usadas com permissão. As respostas sugestivas encontram-se entre parênteses. Para receber semanalmente estes comentários diretamente no teu endereço de e-mail, acesse: http://br.groups.yahoo.com/subscribe/BruceCameron ===============================
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