Andando na Luz – Abandonando o Pecado (I João 1)
Introdução: “O que há de errado com isso?” Você já se fez essa pergunta quando desejou fazer alguma coisa discutível? Teus filhos já te fizeram essa pergunta quando queriam fazer alguma coisa que você havia proibido? A Bíblia ensina que há uma ampla gama de decisões que não envolvem pecado. Os cristãos podem discordar de forma razoável se algumas ações são pecado e cada um dos lados pode estar certo (veja Romanos 14). Ao mesmo tempo, João nos ensina acerca da importância de todas as nossas decisões. Ele compara a vida a caminhar. Cada decisão que tomamos na vida nos leva mais perto da justiça ou mais perto do pecado? Vamos pular para dentro da nossa lição e descobrir! Podemos decidir se “O que há de errado com isso?” é a pergunta certa ou não.
I. Luz = Deus
A. Leia I João 1:5. Na semana passada discutimos por que Jesus é descrito como a “Palavra da Vida”. Agora, em I João 1:5 temos um novo termo para Jesus, “Luz”. Por que você acha que Deus é descrito como “Luz”? Por que esta palavra é relevante e uma descrição apropriada de Deus?
1. O que te vem à mente quando você pensa em luz? (Poder. Capacidade para ver. Atividade. Exposição.)
2. Jesus diz, “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida” (João 8:12). O que este texto sugere como a natureza da “luz” de Deus? (Que ela nos ajuda a compreender o que é certo e o que é errado.)
B. Na semana passada discutimos que uma razão pela qual “Palavra” era uma descrição apropriada para Jesus é que Ele criou o universo apenas através da fala, por uma “palavra”. Pensando novamente na criação, o que foi criado primeiro? (Deus falou e a “luz” veio a existir. Gênesis 1:3.)
1. Você vê uma conexão entre o primeiro ato de criação de Jesus e a maneira como Ele é chamado? (A luz define Deus. Ele nos criou à Sua imagem. Portanto, é natural que quando comece a trazer a criação à existência através da “fala”, Ele comece com a luz.)
C. Veja novamente I João 1:5. João diz que em Deus não há treva alguma. Por que isto é importante? Por que acrescentar esta nota? (Três razões: Primeira, os deuses que existiram naquele período tinham um “lado negro”. Era preciso ter muito cuidado ao lidar com eles, porque você poderia disparar uma reação violenta e injusta. Segunda, precisamos saber a natureza da nossa comunhão com Jesus. Estamos agora nos associando com “alguém” que é completamente luz – completamente bom. Terceira, o mal não procede de Deus.)
II. A Escolha
A. Leia I João 1:6-7. Imagine que você está caminhando através da floresta e chega a uma bifurcação na trilha. Você tem que escolher qual caminho seguir. Nestes dois versos João descreve a bifurcação na trilha da vida. Quais são as duas opções, de acordo com João? (Podemos escolher a luz ou podemos escolher asa trevas.)
1. Que outras descrições João dá dessas duas opções? (O final do verso 6 se refere à “verdade”. Portanto, temos uma opção “verdadeiro/falso”.)
2. Que outros termos você usaria para descrever essas duas opções? (Que tal “bom/mal”, “certo/errado”, “justo/injusto”, “santo/ímpio”?)
B. Olhe novamente I João 1:5. De acordo com João, quem é o autor desta idéia de ter duas opções na estrada da vida? (João acrescenta uma pequena nota no verso 5 a respeito da fonte desta mensagem. Ele diz, “Esta é a mensagem que dEle ouvimos e transmitimos a vocês”. Quem é este “Ele”? A Palavra da Vida – Jesus!)
C. Se Deus diz que há duas opções na vida, e Deus está exclusivamente no “caminho da luz”, isso não quer dizer, logicamente, que cada decisão é uma questão muito clara de escolha entre o certo e o errado?
III. Testando a Tua “Trilha”
A. Vamos fazer uma revisão. João começou o seu livro (I João 1:4) dizendo que queria que tivéssemos comunhão com Deus. Em seguida, nos disse que a vida é como uma trilha na floresta: você tem a opção de ir para a direita ou para a esquerda. Somente uma das trilhas nos leva à comunhão com Deus. Leia novamente I João 1:6. Como podemos saber se estamos na trilha certa? (João sugere um “auto-teste”.)
1. Que “teste” é este? (Andar nas trevas. Se você anda nas trevas, não está na trilha certa e não tem comunhão com Deus.)
a. Espere um momento. Perguntar para mim se eu ando em “trevas” não ajuda muito. O que João diz para nos ajudar a compreender o que significa andar nas trevas? (João explica que alguns afirmam falsamente que andam na luz. Você pode testar isso determinando se eles vivem pela verdade.)
B. Leia I João 1:8 e 10. O que é este teste para ver se estamos na trilha certa? (Se afirmamos que não temos pecado, estamos na trilha errada.)
1. Este é um teste das nossas ações, como em I João 1:6? (Não. Este é um teste para a nossa atitude, nosso pensamento. Em vez de usarmos a palavra “afirmar” vamos usar a palavra “pensar”, para tornar este teste mais pessoal.)
a. Você pensa que está sem pecado?
b. Se não passarmos neste teste, qual é o resultado? (Não estamos dizendo a verdade. Isto nos coloca na trilha errada – na trilha das trevas.)
c. Você acha que as pessoas sabem que estão na trilha das trevas? Se alguém afirma estar sem pecado, você pensaria que é uma “boa” pessoa. (Veja novamente as palavras usadas em I João 1:8. Nós “enganamos a nós mesmos”. Essas pessoas aparentemente estão enganando a si mesmas acerca de sua justiça.)
2. Sob quais circunstâncias uma pessoa poderia pensar ou dizer que está sem pecado? (Alguém que afirma ter atingido a perfeição. Uma vez ouvi uma senhora que afirmava ser uma profetiza moderna e também afirmava ter vivido os últimos seis meses sem pecado. Aqueles que afirmam que podemos atingir a perfeição em nossos atos precisam considerar cuidadosamente este verso.)
3. Existe alguma outra circunstância na qual uma pessoa pode pensar que está sem pecado? (O extremo oposto do perfeccionismo é a afirmação de que o pecado não é mais pecado para o justo. Esta é a idéia de que podemos fazer o que quisermos, porque o pecado não é mais relevante para os cristãos. O pecado não importa, porque é transformado, de alguma forma, em atos de justiça. João diz que pecado é pecado e que precisamos reconhecê-lo.)
C. Veja novamente I João 1:10. Deus tem falado conosco? O que João quer dizer quando fala que declarações acerca da bondade inata dos seres humanos “fazem de Deus um mentiroso”? (Deus tem revelado claramente a nós o estado natural de nossos corações. Em Gênesis 8:21 Ele nos diz que “o seu coração é inteiramente inclinado para o mal desde a infância”. Em Jeremias 17:9 diz que “o coração é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua doença é incurável. Quem é capaz de compreendê-lo?”)
D. Leia novamente I João 1:8. Será que não temos outro problema? Como aqueles que estão na trilha certa, a trilha da “luz”, ter uma inclinação errada para o mal, desde a infância?
1. Se em Deus não existe treva alguma, e se espera que estejamos no caminho de Deus, como pode haver pecado em nós?
2. Você se lembra da pergunta que fiz anteriormente, sobre se todas as decisões na vida eram questões claras de ‘certo/errado”? Como podemos estar no caminho certo e ainda escolher o pecado? Não é este o “teste” se estamos no caminho certo, - praticarmos a verdade (I João 1:6)?
IV. A Natureza da Caminhada
A. Para resolvermos este último problema, vamos considerar com mais cuidado e palavra “andar”. O contraste de João é entre andar na luz e andar nas trevas. O que você acha que significa “andar” na luz ou nas trevas? (Dar uma caminhada significa mover-se. {O comentarista} Vines nos ensina que embora esta palavra signifique uma caminhada física em muitos lugares do Novo Testamento, ela nunca significa uma caminhada física nas epístolas de João. Ele acrescenta que João está falando sobre “o curso habitual da vida”. A partir disto, entendo que João está dizendo que o “nosso costume” é fazer o mal ou o bem.)
1. Isto resolve o problema lógico sobre como podemos estar no caminho da luz e ainda assim termos pecado em nossas vidas? (Sim. O pecado é um desvio do caminho, mas o nosso objetivo é ter a direção geral, nosso costume na vida, de praticarmos a verdade.)
2. O que isto sugere sobre o pecado e cada decisão que tomamos? (Uma decisão pode não envolver pecado, mas provavelmente nos leva em direção ao pecado ou nos afasta dele. Esta é a idéia de “andar”.)
B. Hoje um problema sério é chamarmos as trevas de luz. Quão sério é este problema na visão dos ensinos de João? (Não podemos saber se estamos na trilha certa, não podemos ir em direção à estrada para uma reforma, a menos que admitamos que o pecado é pecado. Se chamarmos o pecado de justiça, sempre continuaremos na trilha errada, até que isto nos mate.)
V. Qualificado Para a Trilha
A. Leia I João 1:9. Como pecadores podem continuar na trilha da luz? Se em Deus não há trevas, como podem meros pecadores humanos serem qualificados para andar na trilha da luz? (Deus pode perdoar os nossos pecados confessados. Jesus nos qualifica para a trilha da luz!)
B. Aqueles que andam na luz estão plenamente conscientes de seus pecados? (Sim. Isto explica a discussão de João acerca daqueles que afirmam (falsamente) que não têm pecado.Louvado seja Deus, existe uma solução! Estamos na trilha da comunhão, mesmo se tivermos pecado. O fato de que você tem pecado na tua vida não te desqualifica para estar na trilha “certa”. Mas lembre-se que se você está andando nas trevas, não está na trilha certa. A direção da tua vida é importante.)
C. Como isto se aplica a você, amigo? Você confessa prontamente os teus pecados? Ou você afirma estar sem pecado? Você está na trilha da comunhão com Deus ou na trilha das trevas eternas?
VI. Próxima Semana: Andando na Luz – Guardando Seus Mandamentos
=============================== Direito de Cópia de 2009, por Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da Bíblia de Estudo na Nova Versão Internacional (NVI), editada em 2003 pela Editora Vida – São Paulo, a menos que indicado de outra forma. As citações da NVI são usadas com permissão. As respostas sugestivas encontram-se entre parênteses. Para receber semanalmente estes comentários diretamente no teu endereço de e-mail, acesse: http://br.groups.yahoo.com/subscribe/BruceCameron ===============================
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