Cidades de Refúgio (Números 35)
Introdução: Nos últimos capítulos de Números vemos que Deus está verdadeiramente trazendo Seu povo a Canaã. O capítulo 33 de Números contém o relato histórico da jornada do Egito a Canaã. A viagem entra agora nos livros de história e não faz mais parte da vida cotidiana. No capítulo 34 de Números lemos o que Deus estabeleceu como as novas fronteiras para Israel. Em Números capítulo 35 Deus descreve um sistema de justiça, incluindo a localização das prisões! Você gostaria de uma prisão construída nos fundos da tua casa? Você sabia que Israel possuía prisões? Você sabia que os ministros foram morar com aqueles que eram acusados de assassinato? Vamos mergulhar em nosso estudo da Bíblia e descobrir mais!
I. Ministros e Assassinos
A. Leia Números 35:1-3. O que aprendemos anteriormente acerca dos Levitas? (Os levitas foram fiéis a Deus quando o resto dos israelitas estavam adorando o bezerro de ouro no Monte Sinai. Como resultado, Deus os pôs a cargo do Tabernáculo e {os estabeleceu como} ministros para a comunidade.
1. Se os levitas eram os “bons rapazes” por que eles ganharam cidades em vez de partes da terra? (A sua parte (herança), de acordo com Números 18:24, era receber os dízimos do povo e não uma parte da terra.)
B. Leia Números 35:4-5. Por que eles precisavam de um trecho limitado de terra para pastagens? (Porque os dízimos incluíam animais. Assim, eles os teriam com eles por um período limitado de tempo, antes de comê-los.)
1. Por que os ministros não eram vegetarianos? Se esta é a dieta mais saudável, e Deus estabeleceu o sistema, por que não fazer com que eles comessem apenas vegetais? (Uma vez que o sacrifício de animais deveria lembrá-los de Jesus, não era muito prático para eles serem vegetarianos. Considerações práticas sobrepujaram considerações de saúde.)
C. Leia Números 35:6-8. Os levitas deviam morar com pessoas que haviam matado alguém e deviam viver entre o restante das tribos. Por que você acha que Deus planejou as coisas desta forma? Existem lições aqui para os ministros modernos? (Alguém que cometeu assassinato ou foi acusado de assassinato estaria em maior necessidade de aconselhamento espiritual. Com respeito à arte não letal da população, os levitas não deveriam viver em uma colônia, separados deles. Ao contrário, suas cidades deveriam ser distribuídas por todo Israel. Ministros precisam estar entre o povo.)
D. Leia Números 35:9-11. As “cidades de refúgio” são onde todos os assassinos moram (juntamente com os levitas e suas famílias)? (Não. Elas eram para aqueles que houverem “matado alguém sem intenção.”)
E. O que você considera como matar sem intenção? Isto incluiria alguém que foi negligente? Alguém que dirigia a 90 Km por hora em uma zona escolar, enquanto lia uma mensagem de texto no telefone celular? (Leia Deuteronômio 19:4-6. A chave é a falta de “premeditação”. A morte foi não intencional.)
1. Havia negligência envolvida na morte com o machado? Uma pessoa razoável verificaria a firmeza da cabeça do machado antes de manuseá-lo próximo a outras pessoas? (Esta é a questão da negligência. Se a resposta é “sim”, uma pessoa razoável verificaria, o portador do machado é negligente. Se a resposta é “não”, a morte é puramente acidental. Em qualquer um dos eventos, a pessoa está qualificada para uma cidade de refúgio.)
F. Leia Números 35:12. As cidades de refugo eram prisões? Eram lugares onde aqueles que haviam sido acusados de assassinato moravam permanentemente? (Se você olhar novamente em Deuteronômio 19:6, este texto se refere ao vingador da vítima perseguindo o assassino “enfurecido”. Estas cidades permitiam que os ânimos se acalmassem sem que alguém fosse morte durante este período.)
1. Quem é o “vingador” e o que este vingador tem a ver com a cidade de refúgio? (Leia Gênesis 9:5-6. O vingador era, provavelmente, um membro da família do falecido, que estaria seguindo a declaração de Gênesis acerca de derramar o sangue de alguém que derramou o sangue de outro.)
G. Veja novamente Números 35:12. Como você acha que este sistema de justiça funcionava? (A cidade de refúgio não era apenas um local para que os ânimos se acalmassem, era um lugar para que aqueles que tinham autoridade separassem os assassinos intencionais daqueles que por acidente ou negligência haviam matado alguém. O vingador não deveria matar o acusado antes que as coisas fossem esclarecidas por um julgamento.)
H. Leia Números 35:13-15. Quem estava qualificado para tirar vantagem de uma cidade de refúgio? (Qualquer um. Você poderia pensar que um estrangeiro não era protegido pela lei hebraica. Estas eram as pessoas que mais provavelmente sofreriam nas mãos de uma multidão enraivecida. Deus indica que todos estão qualificados a um julgamento justo.)
1. O que a localização das cidades de refúgio sugere? (Que elas eram igualmente disponíveis para todos.)
II. A Jurisprudência de Deus
A. Leia Números 35:16-18. Acabamos de aprender que a “premeditação” é a chave para separar aqueles que são culpados de assassinato daqueles que são culpados de um acidente. Nós agora mudamos as regras? O que ferro, pedra ou madeira tem a ver com inimizade? (Atingir alguém com uma arma letal nas suas mãos revela o que está em tua mente.)
B. Leia Números 35:20-21. Agora estamos de volta à questão da premeditação. Jogar alguma coisa em alguém é a mesma coisa que premeditação? E um soco com hostilidade? (Normalmente, premeditação quer dizer que você planejou fazer o mal para alguém. Penso que o soco com hostilidade ou empurrar intencionalmente ampliam um pouco o conceito de assassinato. Ele parece incluir ataques de raiva.)
C. Leia Números 35:22-23. Estes são exemplos de negligência ou de premeditação? Qual você acha que é a diferença chave? (A “intenção de ferir.”)
1. Vamos assumir que você está em um júri e estes últimos versos fossem as instruções do júri. Elas estão claras para você?
2. Você se sente confiante para julgar um caso de assassinato? (Penso que as instruções de Deus são muito claras.)
3. Quão semelhantes são as leia em teu país? (Não tenho estado envolvido com o direito criminal por mais de trinta anos, mas estas regras parecem refletir as regras da lei comum por assassinato nos Estados Unidos. Contudo, nossas regras de “homicídio culposo” e de “cumplicidade” criam uma rede mais ampla do que a lei de Deus.)
D. O que acontece àqueles que matam alguém por negligência ou por acidente? Estão livres para ir embora? (Estas pessoas estão descritas em Números 35:22-24, que acabamos de ler. Vamos continuar lendo: Números 35:25-28. Que tipo de sentença é esta?
1. Você acha que isto é justo? (A punição está de acordo com o crime. Por acidente ou negligência, uma pessoa perdeu a sua vida. A punição é um limite à vida do assassino, determinada pelo acaso – por quanto tempo o sumo sacerdote viverá? Parece que o acaso está envolvido nos dois lados: na morte e na punição.)
a. Como isto se compara com a lei do teu país? (Se a morte pe um acidente puro, nós não punimos o assassino de forma alguma.)
E. Nós discutimos as regras da lei, mas quais são as exigências de provas do assassinato? Vamos ler Números 35:30. Sob este padrão um assassino pode ser executado com base em uma confissão, enquanto estiver sob custódia da polícia? (Não. Uma testemunha não é suficiente. Deus tem uma regra contra a auto-incriminação.)
1. Quantas testemunhas são exigidas? (Leia Deuteronômio 17:6-7. Duas ou três.)
a. Isto é igual a dizer que “Vou vender o meu carro por {um preço entre} R$10.000,00 e R$12.000,00, e isso quer dizer que o preço é R$10.000,00?
b. Que efeito a regra de que as “testemunhas serão as primeiras a proceder à sua execução” tem sobre o testemunho das testemunhas? (Este texto sugere que é preciso ter pelo menos duas testemunhas fortes. Alguém que está incerto não irá desejar participar da execução. Se você tem duas testemunhas fracas, isto não é suficiente.)
c. Isto significa que sob as regras de Deus, alguns assassinos ficariam livres?
F. Leia Números 35:31-32. As pessoas ricas operavam sob diferentes regras de justiça no sistema de Deus? (Não. Não é possível pagar uma quantia em dinheiro para mudar a sentença.)
G. Leia Números 35:33-34. Qual é a razão para estas regras? (Eles vivem na presença de Deus.)
III. Deus Brilha
A. O que essas regras sobre o assassinato, e especificamente os últimos textos que lemos, nos ensinam acerca do nosso Deus? (Ele é um Deus de justiça, que protege a vida. Vemos isto em uma só regra legal para todos e no julgamento justo através do sistema de cidades de refúgio.)
B. Como o sistema divino do “cordeiro-substituto”, Seu plano de salvação com “Jesus-substituto” se encaixa com uma regra legal que proíbe o resgate (Números 35:31) e exige a expiação através da morte do pecador (Números 35:33)? (Duas coisas. Primeiro, estamos falando sobre regras da vida na terra, não sobre vida eterna. Segundo, Jesus é nosso Criador. Ele não é apenas uma outra pessoa se oferecendo para resgatar a nossa vida. O sacrifício de Jesus não apenas mostra a terrível natureza do pecado, ele mostra a que ponto Deus chega para salvar eternamente a nossa vida.)
C. Amigo, temos um Deus de justiça e misericórdia. Você vai aceitar Sua misericórdia para evitar a Sua justiça? Por que não dar a Ele o teu coração agora mesmo?
IV. Próxima Semana: Iniciaremos uma nova série sobre “Dons Espirituais”
=============================== Direito de Cópia de 2009, por Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da Bíblia de Estudo na Nova Versão Internacional (NVI), editada em 2003 pela Editora Vida – São Paulo, a menos que indicado de outra forma. As citações da NVI são usadas com permissão. As respostas sugestivas encontram-se entre parênteses. Para receber semanalmente estes comentários diretamente no teu endereço de e-mail, acesse: http://br.groups.yahoo.com/subscribe/BruceCameron ===============================
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