terça-feira, 21 de junho de 2011

Vestes da Graça - Lição 13

Revestidos de Cristo
(Romanos 8 e 13; I Coríntios 15)

Introdução: Nas últimas lições, ficamos abismados ao aprender que os “bons” cristãos podem muito bem ser como o irmão mais velho na história do filho pródigo (Lucas 15), ou dos judeus religiosos na história do “Bom Samaritano” (Lucas 10), ou os amigos do rei na história da festa de casamento em Mateus 22. Os leitores “menos justos” da lição, por outro lado, se regozijaram. A salvação pela graça é um bom motivo para se regozijar e continuar se regozijando. Mas Jesus dá a todos nós (tanto cristãos “bons” quanto “maus”) notícias bem sérias, quando descreve (em Mateus 7:13-14) o caminho da salvação como sendo “estreito”, afirmando que são “poucos os que [o] encontram”. Como pode ser “estreito”, quando está franqueado a todos os que crêem? Vestir as vestes nupciais da salvação é um evento único, que podemos esquecer mais tarde? Ou será que é mais do que isso? Vamos mergulhar em nosso estudo da Bíblia e descobrir!

I. Salvação Inteligente

A. Leia Romanos 10:1-4. O que há de errado com os israelitas? Eles são preguiçosos? (Não. Eles são “zelosos”, o que quer dizer que “trabalham duro”. O problema é que eles não compreendem o evangelho. Eles tem uma falha em seu conhecimento.)

B. Se você continuar a ler os capítulos 10 e 11 de Romanos, aprenderá que a salvação é uma crença, mas o problema é compreender isto. Leua Romanos 12:1-2. Contra o que Paulo está nos advertindo? (A não nos conformarmos com este mundo.)

1. Por que isto seria um problema, se somos salvos pela graça? (Note que Paulo ainda está falando a respeito do conhecimento. Se somos transformados pelo evangelho seremos “capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” “Experimentar” é aprender mais acerca de alguma coisa.)

a. Isto perece com um projeto de ciências – testamos alguma coisa para ver se é verdade. Por que você acha que se conformar com o mundo significa que não podemos conduzir o teste de maneira apropriada? (O problema com os israelitas do tempo de Paulo é que eles não compreenderam adequadamente a vontade de Deus. Temos o mesmo desafio – como compreender a vontade de Deus. Se somos transformados pelo evangelho, ao invés de nos conformarmos com o mundo, recebemos as ferramentas para testar quem está descrevendo de maneira precisa a vontade de Deus. Se você está no mundo, a tua capacidade de testar está muito entorpecida.)

II. Amor Sincero

A. Leia Romanos 12:9-13. Existe um amor insincero? (Sim!)

1. Se você ama o mal, o teu amor por Deus não é sincero? (Este texto sugere uma série de padrões para o amor sincero. Parece que o amor sincero envolve um comprometimento sério.)

2. Considerando os textos que acabamos de ler, seria justo concluir que a falta de compreensão dos israelitas que rejeitaram a Jesus surgiu a partir de seu amor insincero?

a. Uma falta de conhecimento e uma falta de amor sincero são a mesma coisa, nesta situação? Se não, como as duas coisas estão relacionadas? (Vamos continuar no estudo, precisamos de mais informações!)

B. Vamos continuar lendo a argumentação de Paulo. Leia Romanos 13:1-5. Se você ama a Deus, qual seria a tua atitude com relação ao governo? (Não deveríamos ser rebeldes!)

1. Por que existe uma ligação entre o amor sincero a Deus e uma atitude de submissão para com as autoridades? (Romanos 13:1 diz que as autoridades foram estabelecidas por Deus.)

C. Leia Romanos 13:6-8. O que impostos e dívidas têm em comum? (Amar a Deus significa que somos bons cidadãos. Pagamos os nossos impostos e nossas dívidas.)

D. Leia Romanos 13:9-10. Aqueles que são salvos pela graça obedecem aos Dez Mandamentos? (Sim!)

1. Por que? (Isto surge a partir de nossa obrigação em amar aos outros.)

a. Vamos rever a nossa conclusão sobre “louvor sincero”. Obedecer os Dez Mandamentos e demonstrar bondade para com o teu próximo é um teste da sinceridade do nosso amor? (Se somos transformados pelo evangelho, ao invés de nos conformarmos com o mundo, podemos ver isto como um verdadeiro teste.)

b. Vamos rever também a questão de se a falta de conhecimento e a falta de amor sincero estão relacionadas. (Sim, elas estão relacionadas. Se você não compreende que um amor sincero é refletido em uma mudança de vida, não compreende o evangelho.)

E. Você se lembra do irmão mais velho da história do filho pródigo? Leia Lucas 15:28-30. Você considera a atitude do amor mais velho como sendo de “amor sincero”? (Ele não sentiu amor para com seu pai ou seu irmão. Ele viu seu serviço e sua obediência ao pai como escravidão!)

1. A graça nos tira da obediência? (De forma alguma. Graça significa que a nossa obediência é motivada por amor, não por obrigação. O irmão mais velho sabia tudo sobre obrigação, mas não conhecia muito sobre amor. Para provas mais detalhadas da idéia de que a graça a obediência e o amor estão conectados, leia Romanos 6.)

III. Obtendo a Vida da Graça – A Abordagem em Duas Partes

A. Então, como isto acontece na tua vida? Como podemos obter um amor sincero, que resulta em uma atitude positiva com relação a Deus, ao governo e àqueles que estão à nossa volta? Ou nós simplesmente apertamos os dentes e resmungamos? (A menos que, assim como os israelitas, eu esteja confuso acerca disso, já vivi tempo suficiente para compreender que esta é uma coisa fácil de escrever acerca dela, mas não é fácil fazer. Amor não é alguma coisa que brota a partir de determinação, sinceridade ou obrigação.)

B. Acredito que existem duas partes para vivermos uma verdadeira vida na graça. Leia Romanos 8:1-4. Como podemos satisfazer as justas exigências da lei? (Jesus satisfez as “as justas exigências da Lei” por nós. Jesus fez isso em nosso lugar. Esta é a primeira parte. Isto foi um trabalho pesado para Jesus mas não para mim.)

1. Note que Romanos 8:4 parece dizer que Jesus cumpre as justas exigências da lei “em nós, que não vivemos segundo a carne”. Isso quer dizer que algo mais é exigido de nós, para que possamos nos qualificar para a primeira parte? (Certamente parece que sim. Isto parece muito com o “amor sincero” que debatemos anteriormente.)

C. Leia Romanos 8:5-8. Como podemos evitar viver de acordo com a nossa natureza carnal? (Tomamos uma decisão de fixar a nossa mente naquilo que o Espírito Santo deseja, em vez daquilo que a nossa natureza carnal deseja.)

D. Vamos pular adiante por um momento. Leia Romanos 8:12-15. Como usamos o Espírito para fazer morrer “os atos do corpo”? (Este texto sugere uma progressão – viver pelo Espírito nos leva a notar e então rejeitar (“fazer morrer”) aquelas coisas que são pecaminosas.)

E. Leia Romanos 8:9-11. Qual é a importância de ter o Espírito Santo ativo em nossa vida? (“Se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo.” Isto determina o resultado eterno da nossa vida – céu ou inferno.)

F. Como, então, você descreveria o ato de vestir o manto da justiça de Jesus? (Certamente não é uma coisa de uma única vez. Não é uma coisa de “apertar os dentes e obedecer”. É primeiro (a primeira parte) uma decisão de aceitar o sacrifício da vida perfeita de Jesus em nosso favor. Segundo (segunda parte), é uma escolha diária para ser guiado pelo Espírito Santo. Isso é o que Romanos chama de “amor sincero”.)

1. Qual parte deste conceito os israelitas do tempo de Paulo não compreenderam? (Eles não compreenderam a primeira parte (Jesus é o Cordeiro sacrifical de Deus). Jesus disse que eles eram como o irmão mais velho na história do filho pródigo – eles eram motivados pela obrigação, não pelo amor. Isto significa que eles também perderam a segunda parte.)

2. Este debate sobre as partes necessárias destrói a nossa confiança na nossa salvação? (Não. Somos salvos quando decidimos aceitar o manto da justiça de Jesus. Esta decisão pode ser desfeita, se continuamos a fazer escolhas erradas. Esta decisão é confirmada quando tomamos a decisão de viver uma vida dirigida pelo Espírito Santo. Esta é a parte “sincera” do nosso amor. O que Jesus fez por nós faz uma diferença em nossa atitude e, portanto, uma diferença em nossa vida. Ainda temos “os atos do corpo”, que devem ser mortos pelo poder de Deus. Mas, estamos no caminho correto. Louvado seja Deus!)

IV. Recompensa

A. Leia I Coríntios 15:50-52. O que continuará até a “última trombeta”? (Nossa cerne e sangue. A transformação final e eterna vem “num abrir e fechar de olhos”, no momento da Segunda Vinda de Jesus. É neste momento que a nossa transformação estará completa.)

B. Leia I Coríntios 15:53-57. Quais inimigos são derrotados? (A lei, o pecado, e a morte.)

1. Por que a lei perfeita de Deus, a transcrição de Seu caráter, é um inimigo a ser derrotado? (Porque o poder do pecado é a lei. A lei não salva ninguém. Ela simplesmente nos condena e nos mostra a nossa pecaminosidade. Quando Jesus obedeceu se maneira perfeita a lei, Ele destruiu um inimigo que, de outra forma, teria exigido a nossa morte. Por esta razão a lei, o pecado e a morte são todos derrotados.)

C. Amigo, você gostaria de embarcar na jornada da transformação? Gostaria de ouvir que o pecado e a morte foram derrotados na tua vida? Se deseja isso, então aceite o sacrifício de Jesus em teu lugar e comprometa-se a pedir a cada dia que o Espírito Santo o ajude a viver uma vida dirigida pelo Espírito.

V. Próxima Semana: Iniciaremos uma nova série de lições sobre a adoração.

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Direito de Cópia de 2011, por Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da Bíblia de Estudo na Nova Versão Internacional (NVI), editada em 2003 pela Editora Vida – São Paulo, a menos que indicado de outra forma. As citações da NVI são usadas com permissão. As respostas sugestivas encontram-se entre parênteses.
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