(Êxodo 23, Amós 8, Levítico 25)
Introdução: Você já levou em consideração que o “estado de direito” pode ser um programa para beneficiar os pobres? Para refrescar a sua memória, o termo “estado de direito” significa que as pessoas vivem debaixo de leis estabelecidas e, não, debaixo de constantes mudanças de humor ou de ordens autoritárias de um governante. Recentemente, assisti um documentário em que foi explicado que a melhor maneira de ajudar pessoas pobres, nos países menos desenvolvidos, não é enviar-lhes ajuda constantemente, mas, ao invés disso, enviar-lhes ferramentas que as ajude a ganhar seu sustento. Essas ferramentas incluem viver sob o estado de direito, que trata com igualdade pobres e ricos. Vamos pular para nosso estudo e ver o que a Bíblia nos ensina sobre este assunto!
I. Justiça
A. Leia Êxodo 23:2. Por que a Bíblia adverte a respeito de grupos que se reúnem, de forma desordenada ou indisciplinada, ligando-se para distorcer a justiça? (Assisti um documentário nessa semana que mostrou que a fraude se intensifica muito mais quando se torna visível que outros já a praticavam.)
B. Leia Êxodo 23:3. Por que não? (Como mencionei no início, no documentário que assisti o argumento foi que grande parte da ajuda que os estrangeiros recebem não é dada inteligentemente, porque se supõe que as pessoas que recebem o auxílio são as menos favorecidas. Favorecer o homem pobre não é justiça, pois isso admite a idéia de que ele precisa que a balança fique pendendo ao seu favor, porque ele é inferior.)
1. Você já levou em consideração a idéia de que seja preconceito favorecer o pobre? Isto parece contraditório!
2. Note o contexto: “num processo”. Isso faz diferença na proibição de favorecer o pobre? (Acho que sim. “Processo” trata de uma disputa formal, que precisa ser resolvida e, ser pobre ou não, é irrelevante para o mérito da questão.)
C. Leia Êxodo 23:4-5. Que outro motivo pode afetar, de modo errôneo, nosso julgamento? (Vingança. Não gostamos de alguém e assim não oferecemos a ajuda, que numa situação diferente, poderíamos oferecer.)
D. Leia Êxodo 23:6. Agora nos foi dito para não negarmos justiça ao pobre! Por que faríamos isso? (Por que eles não podem nos ajudar. A abordagem, com referência ao pobre, deve ser justa e imparcial, tanto no tratamento quanto no julgamento. Não favorecê-los nem desfavorecê-los nas ações judiciais.)
E. Leia Êxodo 23:7. Quão grave é esse problema? (Deus disse que Ele não nos absolverá! Isso soa como se perdêssemos a vida eterna.)
F. Leia Êxodo 23:8. Se você me perguntar se uma pessoa justa nunca se corrompe, eu diria “não”. O que sugere o texto? (Que a corrupção afeta o julgamento de alguém.)
G. Leia Êxodo 23:9. O mundo ocidental está repleto de estrangeiros. Qual é dever dos cristãos para com eles? (Parece bastante limitado - não oprimi-los.)
1. Considere a referência histórica neste texto. Como os egípcios trataram o povo de Deus? (Eles os escravizaram.)
II. O Sábado e a Justiça
A. Leia Êxodo 23:10-11. Será que isso favorece o pobre? (Realmente, não. Deixar de cultivar a terra, a cada sete anos, permite que ela se recupere e produza melhores colheitas, nos anos seguintes. Este era o objetivo - tornar a terra mais produtiva para os agricultores. Um subproduto auxiliava os pobres. Mesmo que um agricultor não fizesse qualquer trabalho na terra, algumas culturas cresciam, naturalmente.)
1. Isso era dado gratuitamente para os pobres? (Os pobres tinham que colher sua comida. Entretanto, eles se beneficiavam das terras dos agricultores.)
2. Você acha que os agricultores policiavam suas terras para terem certeza de que só os pobres colheriam comida? (Parece que as pessoas decidiam se elas cumpriam as condições necessárias para terem direito ao benefício.)
B. Leia Êxodo 23:12. De acordo com o texto, qual é o objetivo do sábado? (Que nossos animais e nossos ajudantes se tornem revigorados.)
1. Você vê o sábado como um dia para ficar revigorado?
C. Leia Amós 8:4-5. Supostamente, o que aquelas pessoas estavam fazendo certo? (Pelo menos superficialmente, elas estavam guardando o sábado. Mas, estavam esperando que ele terminasse logo, para que pudessem voltar a trabalhar.)
1. Aquelas pessoas estavam ganhando novas energias nos sábado?
2. O que aquelas pessoas estavam praticando, injustamente, com os pobres? (Elas estavam trapaceando. Estavam pagando para os pobres, menos do que eles tinham a receber.)
3. Por que encontramos juntas, referências ao sábado e às trapaças com os pobres? (Deus quer que vejamos nossa hipocrisia. Achamos que estamos guardando o sábado mas, na verdade, nossas vidas são corruptas.)
D. Leia Amós 8:6. De que outra maneira podemos tratar os pobres com injustiça? (Amós 8:5 faz referência a “aumentar o preço” e esse versículo parece indicar que os pobres recebiam muito pouco por seus serviços. Devemos pagar aos pobres um valor digno.)
E. Leia Isaías 1:13. Vemos, novamente, uma referência ao sábado e à adoração. Como Deus pode chamar as ofertas de “inúteis”? Como pode nossa adoração ser “repugnante” para Deus? (Leia Isaías 1:16-17. Adoração a Deus não é substituto para tratar pobres e fracos com justiça. Isaías 1:13 afirma que as ofertas e os incensos eram “repugnantes”. Deus não quer que demos a Ele o que roubamos dos pobres.)
F. Ultimamente, tenho frequentado reuniões e lido artigos que tratam de assuntos de justiça para com os pobres, nos tribunais dos Estados Unidos. O problema principal é que o pobre não pode pagar um advogado e, frequentemente, ele está no tribunal, contra o rico, que pode pagar um advogado. O que a Bíblia sugere para corrigir este problema? (Os textos que lemos afirmam que o juiz deve tratar pobres e ricos da mesma forma. O pobre não deve ser nem favorecido, nem desfavorecido.)
1. E quanto a oferecer um advogado para o pobre?
a. Se você pagar por um advogado para os pobres mas, não, para os ricos, isso não seria favorecer os pobres?
2. Se um juiz, supostamente, não favorecer o pobre, ao que se refere a expressão (Isaías 1:17) “lutem pelo direito dos órfãos, defendam a causa das viúvas”? (Isto impõe obrigação para advogados e para quem fornece recursos financeiros a eles.)
a. Discutimos sobre falsas suposições contra os pobres. A Bíblia sugere que as viúvas e os órfãos são desamparados? (Sim. Note que a sociedade envolvida era um enorme agente. As viúvas não possuíam direitos legais.)
G. Leia Levítico 25:8-12. Esse era um “Super Sábado!” A cada 49 anos seguia-se o 50º ano, do “Jubileu”. Todo mundo tinha que voltar para casa. Como todos eles iriam comer? (Leia Levítico 25:20-22. Eles não deviam se empenhar na semeadura formal e na colheita. Ao invés disso, Deus os abençoaria, no sexto ano, com uma colheita abundante.)
H. Leia Levítico 25:25-28. O que mais acontecia durante o ano do Jubileu? (Todo mundo comprava de volta a sua propriedade. Isto explica como eles conseguiam voltar para casa.)
1. Isso estava coerente com o estado de direito? (Sim, pois todos conheciam as regras.)
2. Leia Levítico 25:23-24. Qual era a base dessa regra? (Deus é Dono de tudo e, uma vez que somos meros inquilinos, nós seguimos Suas regras.)
3. Será que essa regra sobre a “devolução de propriedades” favorecia os pobres? (Não penso assim. Uma vez que as regras eram conhecidas, as pessoas iriam pagar o valor dos 49 anos de arrendamento, apenas, por um pedaço da propriedade.)
I. Leia Levítico 25:29-30. Por que essa regra era diferente? (O campo aberto seria cultivado e assim, a devolução, no Jubileu, permitiria que as pessoas continuassem a ter capacidade para trabalhar e alimentar-se. Casas em cidades muradas, logicamente, eram outras questões.)
J. Leia Levítico 25:39-43. O que mais acontecia no ano do jubileu? (O homem em débito era perdoado, e isso dava às pessoas uma segunda chance. )
K. Leia Levítico 25:35-37. Será que isso favorecia os pobres? (Sim, à medida em que eles fossem cobrados sem qualquer interesse e obtivessem o alimento, sem que fosse visado lucro.)
1. Releia Levítico 25:35. Qual era a condição para esse tipo de auxílio? (A pessoa não podia se sustentar. Aqueles que não podiam trabalhar seriam ajudados, mas isso não sugere esmola e, sim, ajuda.)
L. O que temos lido sobre o sábado é algo que podemos fazer agora, com facilidade. Mas, como podemos aplicar as regras do Jubileu? (Embora esse fosse um sistema de leis inteiramente diferente do que temos nos Estados Unidos, certamente temos alguns conceitos similares. Por exemplo, através da bancarrota {estado de ficar completamente sem condições de cumprir com os compromissos.} as pessoas ficam livres de dívida. No que tange às leis dadas ao povo de Deus, enquanto suas terras não fossem devolvidas, a lei da “herdade” {propriedade rural com uma considerável dimensão} protegia a agricultura familiar por algum tempo.)
M. Considere, amigo, como aplicar em sua vida, os princípios de justiça do Antigo Testamento. O que você pode fazer para refletir o senso de justiça e misericórdia de Deus?
III. Na próxima semana: Justiça e Misericórdia no Antigo Testamento: Parte 02
Tradução: Denise de Mesquita
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Direito de Cópia de 2016, por Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da Bíblia de Estudo na Nova Versão Internacional (NVI), editada em 2003 pela Editora Vida – São Paulo, a menos que indicado de outra forma. As citações da NVI são usadas com permissão. As respostas sugeridas encontram-se entre parênteses. As frases entre chaves { } foram acrescentadas pelo tradutor e não constam no original. Ore pela direção do Espírito Santo enquanto estuda.
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