quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Daniel - Lição 08

O Julgamento Pré-Advento (Daniel 7)

Introdução: Na semana passada, nosso estudo sobre Daniel 7 nos ensinou que Daniel teve um grande sonho no qual toda a história mundial foi trazida em um relance à sua mente. O sonho era muito parecido com o sonho profético de Nabucodonosor, que estudamos em Daniel 2. O sonho de Daniel, contudo, tinha algumas diferenças curiosas que acrescentam detalhes ao período de tempo depois da queda de Roma Pagã (secular). Estes detalhes incluem a descrição de um poder mundial descrito como um “chifre pequeno”, que mantém o poder sobre os santos por 1.260 anos. Este reino é seguido por uma olhadela no interior da corte celestial, que se assenta para começar seus procedimentos. Vamos mergulhar na continuação desta olhada que estamos dando no futuro de Daniel e nosso!

I. Pressa para o Julgamento?

A. Vamos começar pelo final de uma história de você conhece muito bem. Adão e Eva tinham pecado pela desobediência a Deus, comendo o fruto da árvore proibida. Leia Gênesis 3:8-13. Deus faz três perguntas nestes versos. Quais são estas perguntas? (“Onde está você?” “Quem lhe disse que você estava nu?” “Que foi que você fez?”)

1. Que tipo de respostas Deus recebeu? Estas respostas foram confissões do pecado? (Nenhuma destas respostas são confissões diretas. Todas elas colocam a culpa do problema em algo ou alguém.)

2. Deus conhecia as respostas a estas questões antes que Ele tivesse feito as perguntas? (Certamente que Ele sabia as respostas corretas.)

a. Se Deus conhecia as respostas corretas, por que fez as perguntas? (Note que Adão e Eva queriam fugir do seu pecado. Eles não queriam assumir a responsabilidade pessoal pelo seu pecado. Deus queria que eles enfrentassem o seu pecado.)

3. Os versos seguintes de Gênesis 3 detalham o juízo de Deus para este pecado. Se Deus não tivesse declarado Seu juízo sobre este pecado, como Adão e Eva teriam descrito estes eventos no futuro? (Eles teriam contado o mesmo tipo de história evasiva, “Quem, eu?” no futuro.)

B. Leia Mateus 22:1-3, 8-11. Eis aqui uma outra história familiar. O que esta história pretende ilustrar? (O reino dos céus.)

1. Temos Deus, retratado como um rei, fazendo uma pergunta a um convidado do casamento. Você acha que Deus conhece a resposta à pergunta colocada em Mateus 22:12?

a. Se sim, por que Deus faz esta pergunta?

2. Por que o convidado do casamento fica sem fala? (Aparentemente ele não tinha uma explicação adequada.)

3. O verso seguinte em Mateus relata o juízo sobre o homem que não estava usando as vestes nupciais no casamento.

C. Estas duas histórias lidam com Deus entrando em juízo contra seres humanos. O que aprendemos sobre a forma como Deus aborda o julgamento? (Deus não Se apressa para julgar. Embora Ele seja Deus e saiba as respostas, ainda investiga as questões e permite que tentemos explicar o que fizemos.)

1. Para benefício de quem é a investigação anterior ao juízo? (Nestas duas histórias os culpados sabiam o que haviam feito (ou que não fizeram). Deus também sabia. Parece que as perguntas de Deus e as respostas inadequadas são para benefício do leitor. Estamos “olhando sobre o ombro” de Deus para considerar como Ele lida com o pecado, o juízo e o Reino dos Céus.)

a. O que isto nos diz sobre Deus? (Que Ele á mais do que “transparente” em Seu rato com os seres humanos. Ele quer que saibamos que Seus juízos são justos.)

II. Juízo Investigativo

A. Leia Mateus 19:28. Que autoridade Jesus promete aos Seus discípulos? (A autoridade para julgar o Seu povo.)

1. De qual evento os discípulos irão participar? (Parece ser o julgamento das “doze tribos de Israel”, no reino vindouro de Jesus.)

B. Leia Apocalipse 20:4-6. Quantas ressurreições encontramos nestes versos? (Duas.)

1. De qual ressurreição você quer fazer parte? (A primeira! Esta é a ressurreição dos justos.)

2. Quem você acha que está sentado nestes tronos mencionados no verso 4? (Jesus e Seus discípulos.)

C. Leia Apocalipse 20:11-15. Temos pelo menos dois livros mencionados em conexão a este julgamento: um livro da vida e o livro (ou livros) da morte. Em qual dos livros está registrado (verso 12) “o que tinham feito”? (Salmos 51:1 e 9 e Apocalipse 3:5. nos fornecem este quadro de que nossos pecados estão escritos em um livro. Além disso, os nomes dos salvos também estão escritos em um livro. Logicamente, estes são os livros da vida e da morte. A sugestão em Salmos 51 e Apocalipse 20 é que os salvos tiveram seus pecados apagados do livro da morte e os não salvos tiveram seus nomes apagados do livro da vida (ou nunca foram inscritos). Portanto, o quadro em Apocalipse 20:12 deve ser o julgamento dos não salvos.)

1. Se Apocalipse 20:11-15 fala do julgamento dos não salvos, quando acontece o julgamento daqueles cujos nomes estão escritos no livro da vida?

a. Ele teria ocorrido, pela lógica, antes do julgamento dos não salvos? (Veja novamente Apocalipse 3:4-5. A frase “o reconhecerei [os salvos cujos nomes estão no livro da vida] diante do meu Pai e dos seus anjos” soa como se Jesus estivesse intercedendo pelos salvos em um julgamento. Esta noção é reforçada pelo quadro de Hebreus 8, onde Jesus está trabalhando no céu (intercedendo) em favor dos salvos assim como o Sumo Sacerdote trabalhava em favor de Israel no Dia da Expiação. Veja I Timóteo 2:5-6.)

D. Agora, vamos voltar para Daniel 7 e ver se podemos colocar tudo nos seus devidos lugares. Reveja Daniel 7:9-14. Temos um julgamento no céu, temos Jesus entrando neste julgamento (verso 14) com “autoridade, glória e o reino”. Ao mesmo tempo (verso 12), Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma Secular – ou pelo menos parte deles, “recebem “permissão para viver”, mas com a sua autoridade retirada. Que julgamento parece ser este? (Claramente este julgamento parece ser o primeiro julgamento. A Itália, a Grécia, o Irã e o Iraque, todos eles existem hoje – embora dificilmente possam ser chamados de potências mundiais.)

E. Leria Daniel 7:21-22. Quem é o assunto desta primeira investigação? (Os salvos! Isto reforça a nossa conclusão de que existem dois julgamentos, e os salvos são o objeto do primeiro julgamento. Este é o julgamento do qual resultam os nomes dos salvos que são escritos no livro da vida. Este é o julgamento no qual Jesus faz mediação em favor dos salvos. Este é o julgamento citado em Apocalipse 20:4.)

III. O Primeiro Julgamento: Quando?

A. Leia Daniel 7:24-26. Na semana passada concluímos que o poder representado pelo “chifre pequeno” era Roma Papal. Deixando de lado o “tempo, tempos e metade de um tempo” do verso 25, que outras marcações de tempo você vê nestes versos? (Primeiro, vemos que o “chifre pequeno” derrota três dos dez reinos que surgem a partir do declínio de Roma secular. Este parece ser o marcador inicial de tempo. O marcador de tempo final parece ser o primeiro julgamento, que começa nos últimos dias da terra. Daniel 7:21-22.)

1. Será que 3,5 anos literais cobririam este período de tempo? (De jeito algum. A história nos dá um período geral para o momento do surgimento do “chifre pequeno”. O comentário “A Commentary, Critical and Explanatory, on the Old and New Testaments”, nos diz que o edito de Justiniano reconhecendo o Para João II como o cabeça da Igreja foi estabelecido por Elliott em 529 ou 533 A.D.. Lutero estabelece a data em 606 A.D., porque foi quando Phocas confirmou o edito de Justiniano. Este mesmo comentário estabelece a data em 752 A.D., porque diz que foi quando “iniciou o domínio temporal dos papas”. Nossa lição (quinta-feira) escolhe uma outra data no mesmo período de tempo, 538 A.D., como sendo a data correta para o início. Não há dúvida em minha mente que este período de tempo geral (500-700 A.D.) está correta. Como o mundo não terminou logo em seguida, é difícil imaginar que os 3,5 anos sejam literais. Ao contrário, usando o princípio profético que discutimos na semana passada, de 1 dia = 1 ano, temos 1.260 anos. (3,5 anos = 42 meses – 1.260 dias. Se um dia = um ano, isto se traduz em 1.260 anos.)

B. Se você acrescentar 1.260 anos a qualquer uma destas datas, que período de tempo você tem? (Isto significaria que o primeiro julgamento de Deus está acontecendo exatamente agora!)

C. Vamos nos divertir um pouco agora. Eu não gosto de “estabelecer datas” para a Segunda Vinda de Jesus – Mateus 24 nos diz que isto não é possível. Assuma comigo que uma destas datas que outros citaram como sento a data correta para o início dos 1.260 anos. A data mais antiga, 529 A.D. nos leva a 1789 A.D.. A data mais recente, 752 A.D., nos leva a 2012 A.D.. Eu visitei um web site sobre cronologia (www.abdicate.net) que calcula que 2024 A.D. é o 6.000o ano desde a criação (não posso atestar a precisão desta data). O comentário IVP Bible Background Commentary (sobre Apocalipse 20:1-3) nos diz que algumas antigas tradições judaicas dividem a história em sete períodos de mil anos. Isto era baseado na aplicação de Salmos 90:4 (mil anos para nós é como um dia para Deus) aos sete dias da Criação. Apocalipse 20:4-6 indica pelo menos mil anos se passam entre o primeiro e o segundo julgamentos. Portanto, esta antiga tradição judaica sugeriria que nosso mundo terminará depois de 6.000 anos e Apocalipse 20 sugere que os santos passarão o último milênio (o milênio do Sábado), no céu. Uma mistura de toda esta informação nos sugere que estamos vivendo na última parte da história da terra! Eu gosto deste pensamento!

D. Amigo, Você está pronto para o Julgamento de Jesus? Embora estas datas que discutimos estejam sujeitas a debates, o que parece claro a partir do sonho de Daniel é que estamos vivendo nos últimos dias da história da terra. Se você não está pronto para ser julgado, precisa se arrepender e aceitar a oferta do sacrifício justo de Jesus em teu lugar!

IV. Próxima Semana: O Santuário Atacado

=============================== Copr. 2004, Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da New International Version (NIV), copr. 1973, 1978, 1984 da Sociedade Bíblica Internacional, a menos que indicado de outra forma. Citações da NIV são usadas com permissão da Zondervan Bible Publishers. As respostas sugestivas são encontradas entre parênteses . O comentário assume que o professor está usando um quadro-negro ou algum outro auxílio visual. ===============================

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