O Santuário Purificado (Daniel 8)
Introdução: Na semana passada terminamos o nosso estudo com uma porção de questões sem resolver. Concordamos que os 2.300 dias de Daniel 8:14 devem que ser dias simbólicos (significando que cada dia equivale a um ano), e não dias literais. Então, o que acontece no final dos 2.300 anos? O que significa o santuário ser reconsagrado? De que santuário estamos falando? Este é o fim do mundo? Este é o começo do primeiro julgamento no céu, que discutimos em conexão com Daniel 7? Nós concordamos que estudaríamos este mistério nesta semana. Então vamos pular para dentro do nosso estudo!
I. O Santuário
A. Leia Daniel 8:13-14. Coloque-se no lugar de Daniel. Se você tivesse uma pequena “lista de desejos” sobre o futuro, o que estaria nela? (Lembre-se que Daniel havia sido levado de sua casa quanto era um moço jovem. Ele gostaria de voltar para sua terra natal, Judá.)
1. O que viria à mente de Daniel quando o santuário foi mencionado nesta visão? (Daniel certamente pensaria no santuário (templo) que foi construído por Salomão. Veja I Crônicas 22:17-19.)
2. O templo de Salomão existia na época da visão de Daniel? (Não. Os babilônios haviam destruído Jerusalém e o templo de Salomão. Esta era uma parta da tragédia de sua juventude. Ele havia sido tomado como cativo, e as instituições importantes de seu país haviam sido destruídas. Isto inclui a cidade de Jerusalém e o templo de Salomão, o centro da adoração judaica.)
3. Quando Daniel ouviu falar que o santuário seria “reconsagrado” (NVI) (“purificado” na Almeida), o que ele logicamente pensou que aconteceria? (É lógico crermos que seus primeiros pensamentos foram que o templo de Salomão seria reconstruído. Esta visão do futuro poderia ser sobre uma das mais caras esperanças para Daniel – de que o centro da adoração judaica estaria operando novamente.)
4. Quais outras possibilidades podem ter vindo à mente de Daniel quando ele pensou sobre a reconsagração do santuário? (Leia Salmos 102:19, Êxodo 25:8-9 e Hebreus 8:1-5. Havia sido dado originalmente a Moisés um “modelo” para que o santuário do deserto fosse construído conforme o santuário do céu. Depois Salomão construiu uma versão permanente do santuário, para abrigar a arca de Deus e para dar continuidade aos serviços de adoração e sacrificais. Apenas a cópia terrestre havia sido destruída. O original celestial ainda existia. Uma vez que o santuário na terra havia sido destruído, Daniel pode ter pensado que isto tinha algo a ver com o santuário no céu.)
B. Vivendo em 2004, sabemos que depois o templo de Jerusalém foi reconstruído e que por centenas de anos os judeus mantiveram seus sacrifícios diários e adoraram a Deus no santuário. Também sabemos que no ano 70 A.D., os romanos destruíram o santuário. Dado o que conhecemos, a que santuário você acha que Daniel 8:14 se refere? (Leia Daniel 8:17. Uma vez que esta é uma visão para os “tempos do fim”, e como sabemos que o santuário na terra foi destruído a quase 2.000 anos atrás, isso nos deixa apenas com o santuário celestial como sendo o assunto desta visão.)
1. Que argumento você pode ter para defender que a visão pode se referir a um santuário que será construído novamente em Jerusalém antes que o mundo acabe? (Tal argumento negaria que Jesus é o Messias. Ele ignoraria o ministério de Jesus como Sumo Sacerdote no céu, ao qual Hebreus se refere. Se os judeus reconstruírem um templo em Jerusalém isto seria a continuação do mesmo sistema sacrifical que Jesus completou com Sua vida e morte.)
a. Leia Hebreus 9:8-12. O que isto sugere sobre a possibilidade de um novo templo ser construído em Jerusalém? Hebreus nos fala que o templo na terra era tanto uma ilustração quanto um impedimento ao trabalho de Jesus por nós no céu. A idéia de que ele seria reconstruído em algum momento antes da Segunda Vinda de Jesus é completamente contrária a Hebreus e a todo o conceito de Jesus ter cumprido o simbolismo do serviço do santuário.)
C. A conclusão razoável, baseada no que conhecemos da história, e da nossa compreensão dos evangelhos, é que o santuário a ser reconsagrado (purificado) é o santuário celestial.
II. A Natureza da Purificação
A. Se Daniel 8:14 é sobre a reconsagração (purificação) do santuário celestial, a questão lógica é “Por que ele precisaria ser purificado?”
B. Leia Levítico 16:32-34. Estes três versos descrevem de forma resumida um evento anual para o povo judeu. Você pode me dizer mais alguma coisa sobre este evento? (Durante o ano, o povo viria ao santuário para sacrificar um animal pelo perdão de seus pecados. Simbolicamente, o sangue derramado do animal, transferia o pecado da pessoa para o santuário. Então, uma vez por ano, no Dia da Expiação, o próprio santuário era purificado de todos estes pecados que foram acumulados nele durante o ano. Naquele dia, o Sumo Sacerdote entrava no sugar Santíssimo do santuário.)
C. E os pecados do povo? Eles eram completamente perdoados durante o ano? (Leia Levítico 16:29-30. Parece que a purificação do santuário no Dia da Expiação era o ato final na remoção dos pecados do povo.)
D. Você se lembra de que o santuário terrestre era um modelo do santuário celestial? Você acha que existe uma atividade paralela a esta no céu? Se sim, qual é? (De acordo com o texto de Hebreus que lemos anteriormente (Hebreus 9:11-12), Jesus é o sacrifício para o santuário celestial. Ele também é o Sumo Sacerdote que entra no Lugar Santíssimo.)
1. Quando Daniel 8:14 nos diz que o santuário será reconsagrado (purificado), isto poderia significar que depois do período de 2.300 dias aconteceria o Dia da Expiação no santuário celestial? (Parece ser exatamente isto que ele quer dizer. Uma vez que o santuário não poderia ser o santuário terrestre, deve ser o santuário celestial. Hebreus nos diz que Jesus entrará no lugar Santíssimo no santuário Celestial – então, [como o Sumo Sacerdote só entrava neste lugar no Dia da Expiação], faz todo o sentido dizermos que este é o significado de Daniel 8:14.)
E. Leia Daniel 2:34-35. Qual é o final da história desta visão?
F. Leia Daniel 7:21-22, 25-27. Qual é o final da história desta visão?
G. Leia Daniel 8:14, 24-26. Qual é o final da história desta visão?
1. Estas visões são, de maneira geral, paralelas?
2. Os finais delas são, de forma geral, paralelos?
a. Se são, Qual é o final comum a elas? (Em cada um destes finais Deus vence. Mas há mais coisas do que isto no final. A vitória no capítulo 8 cem depois que o santuário é purificado. A vitória no capítulo 7 vem depois que o tribunal é aberto e o julgamento é iniciado. A vitória no capítulo 2 vem de forma sobrenatural. Portanto, Deus vence e assim também os Seus santos, depois de haver ocorrido um procedimento (o julgamento ou a purificação do santuário).)
III. O Significado do Dia da Expiação
A. Leia Daniel 8:26-27. Daniel compreendeu o que significava reconsagrar o santuário no céu?
1. Note que o verso 27 diz que Daniel não compreendeu a visão. Ele não entendeu nada dela? (Esta é a visão do Carneiro/Bode/Chifre que discutimos em detalhes na semana passada. Gabriel disse a Daniel o significado do Carneiro e do Bode. Foi apenas o chifre e os 2.300 dias que não foram explicados de forma específica. Uma vez que Daniel chama esta visão (verso 26) de “a visão das tardes e das manhãs”, devem ter sido mais precisamente os 2.300 dias que criaram todo o mistério.)
2. O que você acha que o Dia da Expiação no céu representa? Ele é o início do juízo? É o final do juízo? A Segunda Vinda de Jesus? (Sabemos, pelo paralelismo das visões que temos estudado, que o fim do mundo começa com o julgamento dos justos e termina com a Segunda Vinda de Jesus. Tudo isto, o juízo e o “término” do pecado, ocorrem dentro do Dia da Expiação.)
a. Se pudermos determinar a data para o final da profecia de 2.300 dias, isto seria o início ou o final do juízo? Agora você sabe por que Daniel pensava que isto estava “além da compreensão”. Fique ligado nos nosso dois próximos estudos, para ver se podemos descobrir a resposta. Na próxima semana teremos mais pistas.)
B. Amigo, você está pronto para o juízo?
IV. Próxima Semana: O Calendário de Deus
=============================== Copr. 2004, Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da New International Version (NIV), copr. 1973, 1978, 1984 da Sociedade Bíblica Internacional, a menos que indicado de outra forma. Citações da NIV são usadas com permissão da Zondervan Bible Publishers. As respostas sugestivas são encontradas entre parênteses . O comentário assume que o professor está usando um quadro-negro ou algum outro auxílio visual. ===============================
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