domingo, 6 de novembro de 2011

O Evangelho em Gálatas - Lição 07

Caminho Para a Fé
(Gálatas 3:21-25)

Introdução: Na semana passada enfrentamos o desafio dos legalistas: “Se a justificação pela  fé é a abordagem correta, por que Deus introduziu a lei no Sinai, 430 anos depois de Seu contrato de justificação pela fé com Abraão?” Conforme tentamos decifrar quais seriam os argumentos dos legalistas, decidimos que um argumento possível é bem conhecido dos advogados americanos. Quando existem duas leis conflitantes, a lei mais nova tem precedência sobre a lei mais antiga. O Sinai veio depois de Abraão! Contudo, para vencer esta argumentação, os legalistas precisam mais do que o período, eles precisam de um conflito entre o Sinai e a justificação pela fé. Vamos mergulhar em nossas Bíblias para examinarmos a continuação do argumento de Paulo sobre este conflito!

I. O Conflito

A. Leia Gálatas 3:21. Existe um conflito entre a lei e a justificação pela fé? (Paulo não diz simplesmente que “não”, ele diz “De maneira nenhuma!”)

1. Você já notou que às vezes as pessoas gritam para encobrir o fato de que estão erradas? Ser enfático com o seu “de maneira nenhuma!” seria uma tentativa de esconder a fraqueza de seu argumento?

2. Às vezes deixamos de ver a floresta, porque estamos olhando muito de perto uma única árvore. Como Paulo pode dizer que não existe conflito? Ele não está escrevendo a sua carta aos gálatas exatamente por causa do conflito? Ele não teve que repreender Pedro (veja Gálatas 2:11-14) por causa do conflito? Não estamos discutindo este assunto exatamente agora, por causa deste conflito?

3. Eu consigo pensar em maneiras nas quais a lei e a graça são opostas. A lei diz “obedeça ou morra”. A graça diz “creia e viva”. De que maneira Paulo diz que elas não estão opostas de maneira nenhuma? (A lei não pode nos dar a vida. Paulo diz que a lei é inútil para nos justificar. Conceder-nos a justificação não é o seu propósito. Se a lei pudesse nos salvar, então os legalistas estariam certos a respeito do conflito e da precedência da nova lei.)

4. Vamos desacelerar um pouco e considerar isto. Os legalistas não pensam que o propósito da lei é nos salvar? Se você pensa que a promessa e a lei têm o mesmo propósito, então deveria seguir a lei, certo? (Isto nos faz examinar a questão subjacente a este argumento – será que a lei e a promessa possuem o mesmo propósito?)

II. O Propósito

A. Leia Gálatas 3:22-23. Paulo diz que todos nós somos prisioneiros. O que os prisioneiros querem? (Liberdade. Honra.)

1. Por que não queremos dar liberdade aos prisioneiros? (Porque eles não a merecem.)

2. Por que nós merecemos ser incinerados? (por causa do pecado.)

3. Para mim, este parece ser um grupo bastante grande! Quem é prisioneiro do pecado? (Todos aqui. Todo o mundo.)

4. Não acabamos de descobrir que o argumento de Paulo de que não há conflito “de maneira nenhuma” está absolutamente errado? Se a lei nos faz prisioneiros, e a graça nos liberta, para mim isto parece ser um enorme conflito!

a. Se olharmos a questão do “propósito”, não seria o propósito tanto da lei quanto da graça que determinaria se deveríamos permanecer encarcerados?

B. Vamos tomar um exemplo prático. Digamos que a Lei A nos diz que se somos sonegarmos nossos impostos, podemos evitar qualquer penalidade se pagarmos os nossos impostos ou nos unirmos a uma igreja. A Lei B diz que para aqueles que aqueles que não pagam seus impostos a penalidade é que eles devem ir para a cadeia. Estas duas leis estão em conflito? Advogados, um tribunal acabaria com a lei mais antiga? (Não, não seria possível acabar com a lei mais antiga. Em vez disto, o tribunal diria que as duas leis podem ser harmonizadas, declarando que a lei mais recente criou exceções para a regra geral.)

C. Veja novamente Gálatas 3:23. Somos prisioneiros trancafiados. A fé vem nos visitar. O que quer dizer esta expressão “viesse essa fé”? Que você desenvolveu alguma fé? (Gálatas 3:22 se refere à “pela fé em Jesus Cristo”, mas aqui parece que a referência é a Jesus. Quando Jesus (“esta fé”) veio, então foi possível romper as grades da prisão.)

III. A Visão a Longo Prazo

A. Lembre-se de que na semana passada examinamos a precisão dos fatos do argumento dos legalistas acerca do tempo: que a lei veio depois da promessa a Abraão. Descobrimos que este argumento não se aplicava aos Dez Mandamentos. O mandamento do Sábado e o mandamento do assassinato eram claramente conhecidos desde o tempo de Adão e Eva. Será que foi apenas a lei a respeito dos sacrifícios (a lei “cerimonial”) que veio mais tarde?

1. Leia Gênesis 4:3-5. O que este texto sugere acerca do cerimonial? (Ele existia. Na semana passada nós vimos esta história, para aprendermos que a lei já estava estabelecida. Agora, vimos que esta história envolve tanto a lei moral quanto as leis cerimoniais!)

2. Leia Gênesis 7:1-3 e Gênesis 7:7-9. Por que vemos uma clara referência a animais puros e impuros muito antes de Levítico 11 e sua referência a animais que são “impuros”, do ponto de vista cerimonial (Levítico 11:4)?

3. É possível que os legalistas estejam errados, e que a lei moral e a lei cerimonial existiam desde o princípio? Em caso afirmativo, por que Deus fria isto?

a. Paulo diz que Deus tem para a lei um propósito diferente do que Ele tem para a graça. Isto se encaixa com a idéia da lei moral e cerimonial coexistirem desde o princípio? (Perfeitamente! Isto mostra que Deus pensava que as duas tinham propósitos distintos.)

IV. O Esmagador

A. Leia Gálatas 3:24. Vamos olhar detalhadamente a frase “a Lei foi o nosso tutor”. Algumas traduções dizem que a lei foi um “aio”. Li alguns comentários que dizem que a palavra grega aqui se refere a alguém que é colocado como responsável pelos filhos do patrão. Como um tipo de “babá” nos dias de hoje. Note que Paulo nos chama de vários nomes aqui. Ele já nos chamou de prisioneiros. Agora ele acrescenta “crianças ignorantes”, “criancinhas que precisam de supervisão”. Isto retrata você?

1. De um ponto de vista prático, qual é o propósito de uma criança ir para escola, ter uma babá, ou ter um professor particular?

2. O que você aprendeu na escola? O que você aprendeu de sua babá (presumindo que você teve uma) ou de seus pais (presumindo que você não teve uma babá)? (Eu aprendi duas coisas na escola. Primeira, aprendi lições positivas, as quais seriam necessárias quando eu fosse mais velho. Segunda, aprendi lições negativas a respeito de mim mesmo. Quanto mais tempo eu passava na escola, mais eu aprendia que não falava bem.)

a. Se, como descobrimos, Deus tinha uma promessa de graça e as exigências da lei sentadas lado a lado durante a história dos seres humanos, qual era o objetivo da lei como nosso professor da escola, babá ou carcereiro? (Não apenas nos ensinar o padrão perfeito de Deus, mas esmagar o nosso orgulho. Nos ensinar que não somos as pessoas mais inteligentes e mais obedientes. Nos ensinar que a humanidade em geral e você em particular, não consegue guardar a lei de Deus.)

b. Leia Mateus 5:27-28. Jesus e Paulo estão no mesmo trilho? (Jesus nos dá uma visão da verdadeira obrigação da lei, que lança fora o nosso orgulho.)

B. Note que Gálatas 3:24 diz que a lei nos guiou “até Cristo”. (O próprio fato de que somos prisioneiros por causa do pecado nos leva a buscar um caminho de saída. O fato de que nosso orgulho se foi, que compreendemos que necessitamos da graça, nos leva a buscar a graça. Jesus é o caminho para escapar do pecado. Portanto, o papel da lei é nos levar a Jesus e Sua promessa de graça.)

V. A Liberdade

A. Leia Gálatas 3:25. “Tendo chegado a fé” – significando que Jesus veio à terra, viveu e  morreu em nosso lugar, e ressuscitou para a vida eterna para que pudéssemos ser salvos. A lei te guiou, um prisioneiro esmagado pelo pecado, a esta grande fonte de liberdade, a qual você aceitou pela fé. Você está acompanhando até aqui?

1. Vamos seguir a próxima linha da lógica de Paulo. Quando as crianças crescem, elas não precisam mais estar sob a supervisão de professores do ensino fundamental, suas babás ou tutores? (Não.)

a. Que tipo de comportamento você esperaria? (Um comportamento educado! É para isso que elas estiveram na escola.)

2. O que acontece se uma criança crescida viola as regras da escola, da babá ou do tutor? (Nada – em termos de disciplina pela escola, babá ou tutor. Mas a menos que estes professores sejam inúteis, violar as regras provavelmente deveria ter algumas consequências práticas.)

3. Você está sob supervisão agora? (Se você está certo na questão de que Deus sempre manteve a lei e a graça diante dos seres humanos, isto quer dizer duas coisas:

a. Sempre foi o propósito de Deus para nós que compreendamos Seu padrão, o qual esmaga nossos pensamentos orgulhosos de que podemos alcançar este padrão e;

b. Nos leva à Sua promessa de graça (agora cumprida). Conhecer o quadro completo é a nossa “supervisão” atual. Nos compreendemos o padrão de Deus para a nossa vida e queremos fazer alguma coisa por Ele por causa de Seu dom da graça.)

B. Amigo, você está cheio com o orgulho de que pode conquistar a tua salvação? Que alguma coisa que você possa fazer conquistará a recompensa eterna de Deus? Por que não confessar hoje o teu orgulho, e entrar em um relacionamento com Deus, para mudança de vida?

VI. Próxima Semana: De Escravos a Herdeiros


Atenção: Este tradutor irá deixar de realizar estas traduções a partir de Dezembro/2011. Se você tem condições e gostaria de assumir esta tarefa, entre em contato deixando um comentário.


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Direito de Cópia de 2011, por Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da Bíblia de Estudo na Nova Versão Internacional (NVI), editada em 2003 pela Editora Vida – São Paulo, a menos que indicado de outra forma. As citações da NVI são usadas com permissão. As respostas sugestivas encontram-se entre parênteses.

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