sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O Evangelho em Gálatas - Lição 06

A Superioridade da Promessa
(Gálatas 3:15-20)

Introdução: Você já esteve em uma situação na qual tuas crenças são desafiadas por alguém que você acha que pode estar certo? No começo, você se sente incomodado. Depois começa a se sentir mal por ter acreditado em um erro. Então, você olha a situação como um todo mais uma vez, e tem a certeza de que a tua visão está correta. Nosso estudo da Bíblia desta semana me lembra disto. Paulo nos diz ousadamente que Abraão foi salvo pela graça, não pelas obras. Mas então, os oponentes de Paulo levantam um forte argumento: se o plano da salvação era somente através da fé, por que Deus, mais tarde, nos deu os Dez Mandamentos? Como isto pode fazer algum sentido se os Dez Mandamentos não fazem parte do plano atual de Deus? Vamos pular direto para dentro do nosso estudo da Bíblia e ver se podemos descobrir quem está certo!

I. O Argumento do Contrato

A. Na semana passada paramos o nosso estudo de Gálatas com Paulo apontando que o relacionamento da justificação pela fé que Abraão tinha com Deus agora está disponível a todos nós. Que boas notícias!Vamos continuar o estudo, lendo Gálatas 3:15. Que tipo de argumento Paulo está colocando? (Ele está colocando um argumento legal. Este é um argumento baseado na lei de contratos.)

1. OK, advogados, o que Paulo está argumentando? (Que os contratos devem ser cumpridos da maneira como estão escritos. O contrato de Abraão com Deus (salvação apenas através da fé) é um acordo válido e que deve ser cumprido.)

2. A teoria legal de Paulo está correta? É possível alterar ou deixar de cumprir contratos legais? (Geralmente, não. Não de maneira legal. Se você tem um contrato válido com alguém, pode ir aos tribunais para fazer valer este contrato.)

B. Leia Gálatas 3:16-18. Note que Paulo agora chama o que Abraão recebeu de “promessa”. É possível obrigar legalmente alguém a cumprir uma promessa? (Não, a menos que você entregue algo considerável. Isto quer dizer “não, a menos que prometa fazer uma troca de algo de valor.” Se você promete me dar o teu carro e eu prometo te dar 20.000 dólares, temos um contrato com valor legal, não uma promessa com valor legal.)

1. Que coisa considerável Abraão deu a Deus, se é que deu algo?

2. Aparentemente, existe muito debate sobre a maneira como Paulo interpreta a promessa de Deus a Abraão (veja, especialmente, Gênesis 12:3) e particularmente a palavra “descendente”. Vou deixar de lado este debate, porque Paulo reinicia seu argumento de uma forma menos controvertida nos versos 17-18. É verdade que a oferta de um contrato posterior não invalida um argumento anterior? (Sim. Se você e eu concordamos com os termos de um contrato, você pode oferecer uma mudança nos termos, mas eu não sou obrigado a concordar.)

3. Qual é o argumento teológico de Paulo? (Que, se o contrato “negociado” por Abraão era que se ele cresse, receberia a salvação, então Deus não pode mudar este contrato posteriormente, dizendo que precisamos obedecer aos mandamentos para ter a salvação.)

II. O Contra-Argumento do Contrato

A. Leia Gálatas 3:19. Vamos ler “nas entrelinhas” e tentar descobrir, com base na refutação de Paulo, o que os oponentes de Paulo estão argumentando. Qual você acha que era o contra-argumento dos oponentes de Paulo? (Se a fé era o acordo entre Deus e os seres humanos, então por que Deus daria, mais tarde, a Sua lei?)

1. Os oponentes de Paulo estão colocando um argumento muito bom? (podemos entender isto de duas maneiras. Acabamos de debater um entendimento – se temos realmente um contrato, em vez de uma mera promessa, podemos fazer valer o contrato original contra Deus. Uma segunda maneira de olhar isto é como uma nova lei. Nos Estados Unidos, se você tem uma lei mais antiga e uma lei mais nova, e existe um conflito entre as duas, a lei mais nova tem precedência.)

2. Vamos olhar este segundo argumento – que Deus deu uma lei mais nova (no Sinai), a qual mudou a lei anterior (dada a Abraão). Quão precisas são as suposições dos fatos, conforme apresentadas neste contra-argumento?

a. Leia Gênesis 2:2-3 e Êxodo 20:8-11. O mandamento do Sábado começou no Sinai? (Não.)

b. Leia Gênesis 4:8 e Êxodo 10:13. A proibição ao assassinato começou no Sinai? (Não.)

3. Os oponentes de Paulo têm um problema óbvio com os fatos de seu argumento? (Sim. Se o que foi dado no Sinai existia antes que Abraão nascesse, então este argumento tem um grande problema.)

4. Lembre-se de que deve haver um conflito entre a lei mais antiga e a lei mais nova para que a nova tenha precedência. Existe um conflito entre a justificação pela fé e a lei dada no Sinai?

a. Se você respondeu que “sim”, como os pecados eram perdoados no sistema do santuário?

(1) As pessoas tinham que fazer flexões quando pecavam?

(2) Elas tinham que pagar uma multa?

(3) Elas tinham que prometer não cair em pecado por um ano? (Não. Elas ofereciam um cordeiro inocente. Este ritual não era “obras”. Ele apontava para trás, para o acordo feito com Abraão e para frente, para aquilo que Jesus faria para conquistar a graça para nós.)

5. Se conseguimos ver estas falhas nos argumentos dos oponentes de Paulo, eles tem algum argumento razoável? (Eles podem estar argumentando, “Por que fez tanto caso da lei, centenas de anos depois de haver feito Seu acordo, baseado na graça, com Abraão?”)

a. Que resposta Paulo dá a este argumento? (Gálatas 3:19 – Por causa da quantidade de pecado (“transgressões”).)

B. Vamos voltar por um momento. Quanto você acha que Israel sabia acerca de seu Deus, depois de centenas de anos de escravidão no Egito? (provavelmente não muito. Isto faz com que o comentário acerca das “transgressões” em Gálatas 3:19 faça sentido. O povo de Deus não apenas estava pecando, eles não tinham idéia acerca do padrão de Deus para a sua conduta. Deus precisava fazer com que Seu povo soubesse o que Ele considerava pecado.)

1. Se Deus fez um contrato com Abraão dizendo que ele seria salvo pela graça, quando a lei de Deus foi conhecida por Abraão, o que isto nos diz acerca do relacionamento entre a fé e a lei? (Isto reforça a de que o nosso acordo com Deus é a salvação pela fé, e não pela guarda da lei. Mas, isto também diz algo importante acerca da lei.)

2. A lei de Deus é importante para Ele e para nós? (Sim, é. Se a graça sem qualquer referência à lei, era o contrato entre Abraão e Deus, então Deus não teria necessidade de introduzir os Dez Mandamentos (e o resto da lei) no Sinai, para pessoas que não sabiam coisa alguma acerca da lei.)

C. Leia Romanos 3:19-20. Como este texto se encaixa na situação do povo de Deus no Sinai? (É exatamente isto que estávamos debatendo! Deus utiliza a Sua lei para nos tornar conscientes de nossos pecados. Como poderíamos reconhecer o pecado sem a lei? Estaríamos nos orgulhando da nossa justiça se não tivéssemos a lei para nos silenciar.)

D. Leia Romanos 3:21-24. Como nos tornamos justos? (Pela fé em Jesus. Por crer em Jesus.)

E. Leia Romanos 3:25-26. Que parte o serviço do santuário do Antigo Testamento desempenha nisto? (Paulo está usando o quadro do sistema sacrifical para explicar a obra de Jesus. Esta é a unidade que encontramos no Sinai, não o conflito que seria necessário para dizermos “Deus instituiu uma nova lei no Sinai, a qual tem precedência ao antigo acordo da graça, feito com Abraão.”)

III. O Mediador

A. Vamos voltar para Gálatas 3. Leia novamente a última parte de Gálatas 3:19 e acrescente Gálatas 3:20. Encontramos outro termo legal: “mediador”. O que é um mediador? (Não é um advogado, que representa um dos lados. Em vez disto, um mediador deve trabalhar para ambos os lados. Deve levar ambos os lados a um acordo sobre uma solução. {N.T. – Este papel seria o mesmo desempenhado pelo “conciliador”.}

1. Este texto diz que um mediador e os anjos promulgaram a lei. A lei atua como um mediador entre Deus e os seres humanos?

a. O que a Lei fez por Deus?

b. O que o nosso conhecimento da lei tem feito por nós? (Os comentários estão em conflito sobre o significado do verso 20. Uma sugestão comum é que Moisés é citado como o “mediador”. Mas, vejo que a lei funciona como um mediador em dois pontos importantes no tempo para nos aproximar de Deus. Primeiro, a lei nos mostra o amor de Deus. Deus morreu por nós para cumprir as exigências da lei. Segundo, a lei é um padrão – um padrão que não podemos alcançar. A lei nos leva a aceitarmos a oferta da graça de Jesus – por gratidão a Deus e por nossa impossibilidade diante da lei. O que poderia nos trazer mais perto de Deus do que isto?)

c. Como a lei afeta a nossa atitude com relação à obediência? (Jesus disse: “Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos.” (João 14:15) Como isto é verdade! Se respeitamos o sacrifício de Jesus, vemos que a lei deve ser importante para Deus. De outra forma, Deus teria ignorado a lei e salvado Jesus de uma morte terrível. O amor de Deus em morrer para satisfazer as exigências da lei nos ajuda a responder em amor, ao decidirmos viver, pelo poder do Espírito Santo, uma vida que agrada a Deus. Agora podemos ver (Gálatas 3:20) por que “Deus é um”; pois seu sistema de salvação é “um”.)

B. Amigo, se você não aceitou completamente a justificação apenas pela fé, vai aceitá-la agora mesmo? Por que não pedir a Jesus para que perdoe os teus pecados e te salve pela Sua graça?

IV. Próxima Semana: Caminho Para a Fé


Atenção: Este tradutor irá deixar de realizar estas traduções a partir de Dezembro/2011. Se você tem condições e gostaria de assumir esta tarefa, entre em contato deixando um comentário.


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Direito de Cópia de 2011, por Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da Bíblia de Estudo na Nova Versão Internacional (NVI), editada em 2003 pela Editora Vida – São Paulo, a menos que indicado de outra forma. As citações da NVI são usadas com permissão. As respostas sugestivas encontram-se entre parênteses.

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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O Evangelho em Gálatas - Lição 05

Fé e Antigo Testamento
(Gálatas 3:1-14)

Introdução: Você já lutou com a questão de por que Deus diz “Eu, o Senhor, não mudo” (Malaquias 3:6), e ainda assim, parece que o Deus do Antigo Testamento é bem diferente do Deus do Novo Testamento? O assunto de uma “Antiga Aliança” e uma “Nova Aliança” certamente soa como uma mudança. Deus alterou os termos do nosso relacionamento! Paulo argumenta que Deus não mudou sua abordagem básica para com os seres humanos – e esta abordagem é a justificação pela fé. Vamos mergulhar em nosso estudo sobre Gálatas 3 e descobrir mais!

I. Os Enfeitiçados!

A. Leia Gálatas 3:1. Assuma que você está sentado ao lado, ouvindo Paulo falar aos Gálatas. Eles deveriam ficar insultados?

1. Em caso afirmativo, por que? (Paulo diz que eles estão agindo como tolos (“insensatos”) e como aqueles que estão sob influência do mal. “Seus demônios estúpidos”.)

2. É assim que Paulo se dirigiria àqueles que acreditam hoje que podem ser salvos por seus próprios atos?

B. Fico relutante em chamar irmãos da minha igreja de “demônios estúpidos”, então Paulo deve ter uma razão muito boa para chamá-los de tolos. Que razão ele dá em Gálatas 3:1? (Eles o haviam visto explicar sobre Jesus sendo crucificado.)

1. Pense sobre isto. Por que a crucifixão de Jesus torna as pessoas da Galácia estúpidas? Ou demoníacas? (Por que Deus morreria uma morte dolorosa nas mãos de Sua criação? O pensamento é absurdo quando o olhamos de frente. Somente quando você vê que nós fomos crucificados com Jesus (Gálatas 2:20) para satisfazer as exigências da lei, parece estúpido e demoníaco pensar que nossos esforços significam alguma coisa.)

2. Vamos usar um exemplo extremo. Você esculpe um ídolo a partir de um bloco de madeira e então, traz a ele oferendas, a cada manhã, para que ele perdoe os teus pecados. Isto é estúpido? (Sim! Você fez este ídolo.)

a. Isto é demoníaco? (Satanás quer que ignoremos ou que não creiamos que Jesus morreu pelos nossos pecados. Então, sim, isto é demoníaco – especialmente porque afirmamos estar fazendo a obra de Deus.)

C. Leia Gálatas 3:2-5. OK, pessoas estúpidas, diz Paulo, tenho uma pergunta para vocês. Vemos agora que Paulo deve ser um advogado, porque sua frase “gostaria de saber apenas uma coisa”, se transforma em muitas perguntas! Perguntas para as quais ele gostaria de obter respostas inteligentes!

1. O Espírito Santo veio pela obediência à lei ou por crer no que Jesus disse?

a. Deixem-me fazer a minha própria pergunta aqui. O Espírito Santo veio à tua vida? Se não, poderia ser por que você está usando a abordagem errada?

2. Depois que o Espírito Santo veio à tua vida para te dirigir, você acha que pode fazer uma obra melhor em dirigir a si mesmo?

3. Se você tem sido perseguido por causa da tua fé, quer abandonar tudo?

4. Você vê milagres na tua vida por causa da obediência à lei, ou por causa do poder de Deus, operando através da fé?

a. Permitam que eu faça duas perguntas aqui. Você vê milagres na tua vida? Se não, poderia ser por que você está usando a abordagem errada?

b. Quando você conversa com os teus filhos, está mais concentrado na lei ou no Espírito Santo?

(1) Se você tem filhos adolescentes, tente sentar-se com eles e fazer a eles estas perguntas e ver como eles responderiam e como eles pensam que você deveria responder.

(2) Se você não está vendo milagres nas vidas de teus filhos, seria porque você tem estado martelando a lei, em vez de insistir no poder e na graça de Deus? (Eu seu que costumava dizer aos meus filhos o tempo todo, “obedeçam!” Meu pai costumava dizer “Vocês são filhos de Don Cameron, ajam como tais!”)

5. As últimas quatro perguntas que eu parafraseei de Paulo são perguntas retóricas – o que quer dizer que elas possuem uma resposta óbvia. A pessoa que faz as perguntas retóricas não está esperando por uma resposta, está querendo te levar a ver um ponto óbvio. Qual é o ponto óbvio de Paulo? (O poder de Deus, e não a observação da lei, é a fonte de uma vida cristã poderosa.)

D. Vamos parar e fazer uma revisão nos argumentos de Paulo para a justificação pela fé. Seu argumento no capítulo 1 é que Jesus lhe deu diretamente a sua mensagem de justificação somente pela fé. Sua afirmação no capítulo 2 é que os líderes da igreja concordaram com ele, mesmo que para colocar isto em prática levasse algum tempo e alguns, como Pedro, ocasionalmente saíssem dos trilhos. Seu argumento no início do capítulo 3 é para que consideremos como Deus opera em nossas próprias vidas.

II. O Exemplo de Abraão

A. Leia Gênesis 12:1-3. Qual é o papel de Abraão na história do nosso planeta? (Ele é o início de um grupo especial de pessoas, através das quais Deus iria abençoar todas as pessoas da terra.)

B. Leia Gálatas 3:6. Por que Paulo se voltaria a Abraão como exemplo? (Paulo está dizendo que desde o princípio do relacionamento especial de Deus com um grupo especial de pessoas (Para o propósito de promover a vontade de Deus), a justificação pela fé era a regra.)

C. Vamos olhar esta história por um momento. Leia Gênesis 15:1-6. Esta é uma história sobre santidade? Sobre justiça? (Deus disse a Abrão (Gênesis 12:3) que ele seria o instrumento através do qual toda a terra seria abençoada. Parte do mecanismo para isto era (Gênesis 12:2) que Abrão teria muitos descendentes. Se Deus te dissesse que você teria a maior igreja na tua área, e que esta grande igreja seria uma fonte de bênçãos para a área, o que você faria? (Iniciaria uma igreja!)

1. Por que isto não funcionou para Abrão? (Abrão provavelmente está tentando ter um filho. Mas, o ponto é que Abrão deveria primeiro confiar em Deus para fazer isto acontecer. Precisamos nos conscientizar que é a obra de Deus e a responsabilidade é de Deus. Abrão não tem poder em si mesmo para fazer isto. De fato, quando Abrão e Sarai, bolaram um plano para fazer isto por si mesmos (Gênesis 16), foi um desastre.)

2. Esta história de Abrão nos ajuda a compreender melhor a justificação pela fé? (Deus não está pedindo que fiquemos dormindo em nossa vida cristã. Está pedindo que coloquemos a nossa confiança nEle. Em Sua obra. Em Seu Espírito. Não podemos fazer isto por nós mesmos.)

D. Leia Gálatas 3:7-9. Abraão, o grande pai da nação judaica, é também o nosso pai? (Este é o argumento de união de Paulo. O Deus do Antigo Testamento tem uma abordagem imutável com relação aos seres humanos. O escopo de Seu povo especial se ampliou – louvado seja Deus por haver unido os gentios aos Seu povo especial – mas o plano básico não foi alterado!)

III. A Maldição

A. Leia Gálatas 3:10. Não sei sobre você mas eu fico preocupado quando as pessoas começam a lançar maldições. Por que os legalistas não estão apenas errados? Por que eles também são amaldiçoados? (Leia Deuteronômio 27:26. Se guardar do sábado, não roubar, matar, cobiçar ou adulterar são a chave para a salvação, então você está amaldiçoado. Por que? Porque você não consegue fazer essas coisas. Se você diz que fazer qualquer uma destas coisas é necessário para a salvação, então condenou a si mesmo!)

B. Leia Gálatas 3:11-12. O justo vive pela obediência à lei? (Não. Eles vivem de forma justa pela fé.)

C. Tudo isto me confunde. Eu não quero ser amaldiçoado, mas mantenho um olho na lei. Deuteronômio 6:8 diz “Amarre-as [os mandamentos] como um sinal nos braços...” Recentemente comecei a usar um bracelete no meu pulso que tem os Dez Mandamentos gravados nele. Leia Gálatas 3:13. Por que é que não devemos confiar na lei para sermos salvos? (Jesus já fez isto por nós. Jesus foi amaldiçoado para que não precisássemos ser amaldiçoados por nossa falha em cumprir a lei. Não apenas isso, Jesus pagou o castigo por Sua maldição – e, portanto, pela nossa maldição.)

IV. A Antiga e a Nova Ordem

A. Leia Gálatas 3:14. Temos que nos preocupar em guardar a lei (incluindo os Dez Mandamentos)? (Não. Em vez disso, precisamos ter o Espírito Santo vivendo em nossas vidas.)

1. Se você também está ficando confuso, note que o paralelo é com Abraão. Abraão teve que se preocupar em ter muitos descendentes? Teve que se preocupar com o fato de Jesus nascer de um de seus descendentes? (Não! Tudo o que Deus pediu de Abraão foi que confiasse nEle. Que cresse nEle.)

2. Alguma coisa mudou no relacionamento entre os seres humanos e Deus? (Não, desde Abraão! Abraão viveu pela promessa – a qual incluía a vinda de Jesus para tomar o nosso lugar. Nós acreditamos que a promessa foi cumprida e aceitamos este dom pela fé.)

B. Amigo, você vai se afastar da maldição, e descansar somente na justificação que vem a você pela fé em Jesus?

V. Próxima Semana: A Superioridade da Promessa


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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O Evangelho em Gálatas - Lição 04

Justificação Pela Fé
(Gálatas 2:15-21)

Introdução: Vamos revisar o que aprendemos até aqui em nosso estudo sobre a carta de Paulo aos Gálatas. Paulo tem uma mensagem especial do evangelho, a qual ele recebeu diretamente de Jesus. Os líderes da igreja primitiva aceitaram isto, mas houve uma batalha ferrenha na igreja da Galácia e entre os primeiros crentes, sobre a mensagem e as exigências do evangelho. Esta semana Paulo explica a sua mensagem do evangelho. Conforme a estudamos, precisamos nos perguntar: esta mensagem ainda está em disputa entre os cristãos? Ela ainda é uma disputa em nossas próprias mentes? Vamos mergulhar em nosso estudo e examinar novamente o coração da mensagem do evangelho!

I. A Mensagem do Evangelho de Paulo

A. Leia Gálatas 2:15-16. Que papel a obediência à lei desempenha em nossa salvação? (Nenhum. “Ninguém é justificado pela prática da Lei”)

1. Esta é a mensagem com a qual os grandes líderes da igreja concordavam? (Sim. Pode ter sido difícil manter este curso (veja o desvio de Paulo quando os judeus da sede central chegaram na Galácia), mas esta é a teologia com a qual os líderes concordavam.)

2. Sobre qual “lei” Paulo está escrevendo? Os Dez Mandamentos? A lei cerimonial? Todos os escritos de Moisés? (Não importa como a lei seja definida, se guardá-la não nos salva. Se a salvação é uma questão somente de fé, então qualquer exigência que você tentar acrescentar é contrária à mensagem do evangelho.)

II. O Problema Óbvio Com a Mensagem do Evangelho de Paulo

A. Leia Gálatas 2:17. Esta é a grande questão, que é tão relevante na atualidade quanto era naqueles dias: “A justificação somente pela fé promove o pecado?” “Como você pode dizer para as pessoas que a lei não importa – elas vão enlouquecer!” Que resposta Paulo dá? (Não, as pessoas não vão enlouquecer. O evangelho da justificação somente pela fé não promove o pecado.)

1. E se a pergunta no verso 17 fosse feita a você, como você a responderia? É evidente para você enquanto busca ser justificado pela fé, que você é um pecador? (É evidente para mim.)

B. Você já se deparou com cristãos que dizem que estão completamente livres do pecado?

1. Em caso afirmativo, eles seriam fortes defensores da justificação pela fé? (Lembro-me de duas pessoas que me disseram que pensavam que estavam indo muito bem na obediência à lei. Um deles afirmava estar livre de pecado há dois anos. Minha conclusão é que eles acreditavam que a obediência era necessária para a salvação.)

2. Minha observação que aqueles que pensam que são muito bons também acreditam na guarda da lei para serem salvos não é científica. Mas, se você já viu a mesma coisa, por que acha que as pessoas que acreditam que são obedientes {também} acreditam que a sua obediência é necessária para a salvação?

a. E, se isto é verdade, então pareceria que a salvação pelas obras promove a obediência, certo?

C. Leia Gálatas 2:18-19. Por que Paulo argumenta que a justificação somente pela fé não promove a violação da lei (não promove o pecado)? (Quando Jesus morreu em nosso lugar pelos nossos pecados, nós também morremos para a lei. Portanto, a lei não nos condena mais. Mas, se reconstruímos a lei – com isto Paulo quer dizer que se acreditamos que a obediência à lei é necessária para a salvação – então os nossos pecados são apresentados contra nós e estamos violando a lei.)

1. Vamos olhar tudo isto mais uma vez. Paulo diz que a acusação contra minha teologia é que ela promove a violação da lei. Mas, Paulo afirma que o inverso é verdadeiro. Aqueles que dizem que guardar a lei é essencial para a salvação estão se tornando, todos eles, quebrantadores da lei – mesmo o mais devoto dos cristãos!

a. Isto não seria apenas um truque de argumentação bem elaborado? O argumento de Paulo é como um truque com as mãos (mágica)? Se nós anularmos o limite de velocidade, então nenhum de nós está correndo demais. Se impusermos o limite de velocidade, então nenhum de nós está correndo demais. Anularmos o limite de velocidade faz com que todos nós nos tornemos cidadãos cumpridores da lei!

D. Leia Gálatas 2:20-21. Se a minha última pergunta está criando problemas na tua mente, explique como eliminar a lei como a fonte da salvação produz pessoas mais perfeitas. (Paulo nos diz que assim como morremos com Jesus em Sua morte, assim também devemos viver com Jesus em Sua vida ressurreta. “Vivemos para Deus” e “Cristo vive em mim”.)

1. Isto parece ser muito abstrato. Vamos dizer que amanhã em “morri” para todos os sinais e as leis de trânsito. Alguém que está morto não sabe de coisa alguma. Então, eu não sei nada sobre leis de trânsito. Como isto vai fazer com que eu fique mais seguro, um motorista mais perfeito? (Obviamente, agir assim não vai fazer isto.)

2. E se eu acrescentasse o fato que a pessoa que planejou todas as leis de trânsito “vive em mim”. Que tipo de motorista eu seria? (E se eu fosse infundido com o Espírito da Pessoa que foi o desenhista principal do projeto da rodovia, das leis de trânsito e dos sinais de trânsito, teria uma compreensão perfeita de como devo dirigir. Penso que isto é o que Paulo está nos ensinando.)

E. Vamos voltar para Gálatas 2:19 e examinar a frase “morrer para a lei” com mais detalhes. O que quer dizer “morrer para a lei”? Quer dizer que somos insensíveis a ela? Que vivemos como se ela não existisse?

1. Gálatas 2:20 diz: “Fui crucificado com Cristo.” Por que Jesus morreu? (Ele morreu para pagar a penalidade pela violação da lei. Isto quer dizer que nós também morremos com Jesus (“crucificado[s] com Cristo”) por termos violado a lei.)

a. De que maneira eu morri para a lei? (Eu morri para o juízo da lei. Morri para a penalidade por haver violado a lei.)

b. Isto quer dizer que não prestamos mais atenção à lei? (Não. Deus escreveu a lei. A lei é boa. Contudo, ela não traz mais consigo a ameaça de que se eu não a obedecer, morrerei. Para a lei, eu já morri através de Jesus.)

F. Vamos voltar para a minha questão original sobre o trânsito. Lembre-se que eu perguntei se todas as leis de trânsito fossem anuladas, isto significaria que nenhum de nós violaria os limites de velocidade? Penso que Paulo está dizendo algo um pouco diferente: Jesus pagou as multas por todas as nossas violações das leis de trânsito. Portanto, aquelas leis não me tornam cumpridor da lei. O que me torna cumpridor da lei é ter o projetista da estrada e o criador das leis de trânsito vivo em minha mente!

G. Leia Romanos 6:5-7. Novamente, Paulo se refere a morrermos com Jesus quando Ele morreu por nossos pecados. Porém, ele acrescenta algo mais do que a “multa sendo paga” pela violação da lei. O que mais ele acrescenta? (Ele diz que o “velho homem” morreu “para que o corpo do pecado seja destruído”.)

1. O que você acha que quer dizer ter o nosso corpo de pecado destruído? (Este texto sugere que o nosso antigo desejo pelo pecado morre.)

a. O que Paulo escreve aqui parece muito claro; o que torna isto obscuro é que eu sei que meus antigos desejos estão muito bem vivos. O que aconteceu? Ou será que eu sou apenas um cristão muito pobre {espiritualmente}? (Dê uma lida em Romanos 7:14-24. Paulo tem exatamente a mesma experiência que eu tenho.)

b. Como o teu “velho homem” pode estar  morto e você ainda tem a luta que Paulo descreve? (Vamos examinar isto em seguida.)

III. Vivendo Pelo Espírito de Deus

A. Leia Romanos 7:4. Se nós morremos para a lei, qual é o objetivo da nossa vida? (“Pertencer” a Jesus e “dar fruto para Deus”.)

B. Leia Romanos 7:5-6. A lei mais a velha natureza promovem as paixões pecaminosas. Como o Espírito Santo muda isto?

C. Leia Romanos 6:11-14. Como este texto sugere que o Espírito Santo pode nos ajudar a viver? (Oferecer-nos a Deus deve significar que dizemos a Deus, “Eis-me aqui, ajuda-me a viver uma vida que seja agradável a Ti!”)

D. Leia Romanos 8:5-9. Como este texto sugere que deveríamos viver? (Novamente, Paulo nos diz que devemos escolher fazer o que o Espírito Santo deseja.)

E. Nosso debate parece muito abstrato. Vamos olhar um comentário de Jesus que pode nos ajudar. Leia Mateus 5:27-28. O que alguém que acredita em justificação pelas obras deveria fazer para guardar este mandamento? (Não ter sexo fora do casamento.)

1. Em certo sentido, Jesus torna o mandamento muito pior para os guardadores da lei – Ele diz que você também tem que controlar seus pensamentos para deixar de violar este mandamento, certo?

2. O que Paulo nos diria que Jesus está ensinando? (Se você quer caminhar com Deus, não se concentre no mandamento contra o adultério; em vez disso, preste atenção na tua atitude mental. Peça ao Espírito Santo para te ajudar a colocar a tua mente naquilo que o Espírito de Deus deseja para você.)

3. Esta caminhada no Espírito Santo é essencial para a salvação? (Leia Romanos 5:19. Não. Somente a vida perfeita de Jesus nos justifica. Porém, viver no espírito é o desejo daqueles que estão salvos.)

F. Agora você sabe por que Pedro disse (semana passada) que Paulo é difícil de entender, em algumas passagens! Amigo, você vai se arrepender e decidir hoje a pedir ao Espírito Santo a cada manhã para que te ajude a viver de acordo com o Espírito de Deus, e não colocar a tua mente na tua natureza pecaminosa?

IV. Próxima Semana: Fé e Antigo Testamento

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Direito de Cópia de 2011, por Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da Bíblia de Estudo na Nova Versão Internacional (NVI), editada em 2003 pela Editora Vida – São Paulo, a menos que indicado de outra forma. As citações da NVI são usadas com permissão. As respostas sugestivas encontram-se entre parênteses.

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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O Evangelho em Gálatas - Lição 03

(Gálatas 2:1-14)

Introdução: Na semana passada aprendemos que Paulo fez algumas declarações impressionantes relativas à fonte de sua mensagem. Ele afirmou que Jesus o ensinou pessoalmente, e que nenhuma pessoa era responsável pela mensagem que ele estava proclamando. Quando investigamos estas declarações, aprendemos que tanto Lucas quanto Pedro acreditavam nas declarações de Paulo e ensinavam que Paulo estava pregando uma mensagem que ele havia aprendido diretamente de Deus. Esta semana continuaremos o debate a respeito de se Paulo tinha uma mensagem diferente da mensagem dos outros líderes da igreja apostólica. A unidade é importante? As discordâncias na igreja são saudáveis? Deveríamos ter “cristãos” e “paulinos”? Ou o evangelho da justificação pela fé é a mensagem unificada da igreja de Deus? Vamos mergulhar em nosso estudo de Gálatas e aprender mais!

I. Viagem de Volta

A. Leia Gálatas 2:1-2. Lembre-se de que no capítulo um de Gálatas, Paulo diz que foi a Jerusalém para visitar Pedro e Tiago. Paulo agora retorna. Por que? (Deus lhe disse que retornasse. Ele diz que foi “por causa de uma revelação”.)

1. Qual você acha que era o propósito de Deus em fazer com que Paulo retornasse para a “sede”? (Note que Paulo diz que “expus diante deles o evangelho que prego entre os gentios”. Deus devia estar preocupado a respeito de um evangelho uniforme sendo pregado tanto para judeus quanto para gentios.)

2. Paulo diz que tinha alguns temores e, por esta razão, falou em particular com a liderança. A respeito de qual temor Paulo está falando?

a. Seria o temor de Paulo de que ele estivesse errado em sua teologia?

b. Seria um temor de que os líderes em Jerusalém não concordassem com ele? (Todo o tom de Gálatas até aqui foi que Paulo recebeu a sua mensagem de Jesus. Ele não deve nada, com relação à sua mensagem, a qualquer um dos líderes que estavam na sede. Portanto, dificilmente parece que ele tenha medo de estar errado. Ele também não parece estar muito preocupado com a liderança da sede. A sua preocupação principal deve ser acerca da unidade da igreja.)

3. Como Paulo poderia temer que estivesse correndo uma corrida por catorze anos em vão? (Lembre-se que Paulo está lutando contra um falso evangelho na igreja da Galácia. Se ele não tem o apoio da sede, como pode esperar convencer os gálatas de que está certo? A menos que haja unidade na mensagem, seus difamadores irão afirmar que ele está errado.)

4. Por que Paulo solicitaria uma reunião particular? (Obviamente, ele tinha oponentes em Jerusalém e na Galácia. Reuniões grandes normalmente são influenciadas por apelos às emoções em vez da razão. Ao se reunir com os líderes máximos, ele podia explicar exatamente o que estava fazendo e as razões para isto.)

a. O que isto nos ensina sobre a democracia na igreja?

B. Leia Gálatas 2:3. Paulo foi bem sucedido? (Lembre-se que uma das questões principais era a circuncisão. A liderança não sugeriu que um dos mais próximos auxiliares de Paulo deveria ser circuncidado.)

C. Leia Gálatas 2:4-5. Explique, como você acha que este negócio de “espiões” funcionava? (Paulo não estava trabalhando em uma época de telefones, emails e televisão. Como os líderes em Jerusalém podiam saber o que Paulo estava ensinando, a menos que ele (ou alguma outra pessoa) relatasse o que ele estava fazendo? A sugestão é que os inimigos teológicos de Paulo estavam trazendo relatórios falsos aos líderes de Jerusalém. Deus revelou a Paulo que ele deveria fazer uma viagem até a sede para apresentar a verdade diante deles.)

1. Com quem Paulo está falando quando diz “Não nos submetemos a eles nem por um instante”? (Paulo está falando aos membros da igreja da Galácia e está se referindo aos seus oponentes teológicos.)

a. Qual é o motivo de Paulo para falar isto? Coloque-se no lugar de um membro da igreja da Galácia quando responder esta pergunta. (Assim como os líderes na sede não sabiam o que Paulo estava ensinando aos gentios, também os membros da igreja na Galácia não sabiam o que Paulo estava dizendo em seu relatório para a sede. Ele poderia estar dizendo a cada grupo o que eles queriam ouvir. Paulo assegura aos gálatas que não esta fazendo isto. Ele tem uma mensagem consistente, seja para a sua audiência na sede em Jerusalém, seja para as igrejas gentílicas.)

D. Leia Gálatas 2:6-9. Quem são os líderes importantes? (Paulo os indica por seus nomes:: Tiago, Pedro e João.)

1. Paulo soa como um rebelde aqui? (Sim. Voe já notou que as pessoas normalmente tentam “compensar”, por causa do seu contexto pessoal em relação a certos problemas? Eu já vi isso. Uma igreja concentrada em algum problema passa dos limites naquela área. Paulo não precisa lançar dúvidas sobre a importância de Tiago, Pedro e João para aumentar a sua própria autoridade. Porém, é assim que eu leio esta declaração que parece reduzir a importância da liderança na sede.)

2. Parece estranho que Paulo tivesse alguns defeitos de personalidade? (Época, cultura, contexto e tradução tornam incerta a minha conclusão acerca da atitude de Paulo. Porém, se estou certo, isto simplesmente exalta a importância da graça!)

E. Perguntei anteriormente a respeito da democracia na igreja. Paulo diz que recebeu a sua mensagem diretamente de Jesus (Gálatas 1:1), e que a compartilhou primeiro com os líderes principais. Parece claro que Paulo não está procurando uma maioria de votos entre o povo para confirmar seus pontos de vista. Ele parece estar buscando a confirmação de seus pontos de vista por parte dos líderes. Que tipo de igreja organizada resultaria deste tipo de atitude? (A única maneira de reconciliar as declarações e a conduta de Paulo aqui com a organização da igreja é acreditar que Paulo estava certo de que sua mensagem vinha de Deus e que Deus tornaria a Sua vontade clara para a liderança.)

II. Os Pobres

A. Leia Gálatas 2:10 e Atos 2:44-47. A pobreza mencionada em Gálatas é o resultado de decisões econômicas da igreja apostólica? (Historicamente, quando removemos o incentivo para o trabalho por lucro, a pobreza se instala (veja Provérbios 16:26 e Provérbios 14:23). Contudo, Atos 11:27-29 sugere que uma fome pode ser parte do problema. Note que esta fome atingiu todo o império romano.)

1. De todas as exigências teológicas que os líderes da igreja poderiam ter imposto sobre Paulo, esta foi a única. O que isto sugere acerca da importância de ajudar os pobres? Ou isto nos ensina que ajudar os pobres é apenas uma sugestão?

2. Note que não pedido aos gentios que se amoldassem de acordo com Atos 2:44-47. Por que isto? (Espere. Atos 2:45 diz que os crentes recebiam o que necessitavam. A sugestão para os gentios em Gálatas 2:10 é ajudar aos pobres – aqueles que estavam passando necessidades.)

III. Paulo Versus Pedro

A. Leia Gálatas 2:11-14. Vamos discutir este texto com alguns detalhes. Paulo confronta publicamente a Pedro, um líder proeminente da igreja. Deveríamos confrontar publicamente os nossos líderes quando achamos que eles estão errados?

1. Se a resposta é “sim”, então quem deveria fazer isto? Qualquer um, ou apenas outros líderes, como Paulo?

2. Qual é a natureza do problema criado por Pedro? (O problema é público. Pedro não está apenas fazendo concessões em uma questão importante e atual, mas os gentios estão sendo envergonhados e induzidos a pensar que são cristãos de segunda classe. Não creio que os líderes deveriam ser confrontados publicamente acerca de problemas particulares, somente por problemas públicos.)

a. E sobre a questão de quem está capacitado a confrontar um líder? (Paulo recebeu sua mensagem de Jesus. Sua mensagem foi confirmada pelos líderes da igreja. Estes dois fatos são muito importantes na questão de confrontar os líderes da igreja.)

3. Veja atentamente o texto e note a diferença entre o que Paulo está pensando e o que ele realmente diz. Que tipo de diferença existe entre as duas coisas? (Seus pensamentos são ásperos, mas o que ele diz é principalmente uma declaração de fatos incontestáveis, seguida de uma pergunta.)

a. Qual é a razão pela qual Paulo usaria uma pergunta para confrontar a Pedro? (Ele queria que Pedro respondesse a pergunta de uma maneira que convencesse Pedro de seu erro. Compare II Samuel 12:1-10, onde Natã procura o conselho do rei Davi. A pergunta é representada como uma história e a resposta de Davi o convence de seu pecado.)

b. Esta é uma lição sobre como nós (ou os líderes da igreja) deveriam confrontar a liderança da igreja? (Este parece ser um ótimo exemplo. Somente faça confrontações públicas com relação a questões públicas. A confrontação não deve ser áspera, mas deveria buscar convencer o líder do problema do pecado. É melhor que líderes confrontem outros líderes. A confrontação não deveria ocorrer sem o apoio da liderança da igreja acerca do assunto e a direção do Espírito Santo.)

B. Amigo, Deus está preocupado acerca da unidade de Sua igreja. Você vai orar e trabalhar por uma igreja unificada?

IV. Próxima Semana: Justificação Pela Fé

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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O Evangelho em Gálatas - Lição 02

A Autoridade de Paulo e o Evangelho
(Gálatas 1; Atos 5)

Introdução: Na semana passada aprendemos que Paulo dependeu de sua educação de alta qualidade e de seu passado como autoridade legal para defender-se das acusações que foram levantadas contra ele. Nesta semana veremos que Paulo está mais uma vez se defendendo – e fazendo algumas declarações muito impressionantes. O que este tipo de defesa nos diz? Nos diz que Paulo acredita que foram levantados sérias dúvidas com relação à sua credibilidade. Como você se sente quando alguém ataca a tua credibilidade e a tua autoestima? É difícil, certo? Por que você acha que Paulo está sob tais ataques tão sérios? Vamos mergulhar em nosso estudo do livro de Gálatas e ver se estes ataques são justificados!

I. A Autoridade de Paulo

A. Leia Gálatas 1:1-2. Como o teu líder religioso chegou à direção da tua congregação? (Normalmente, seres humanos (espera-se que sejam guiados pelo Espírito Santo) fazem os arranjos necessários.)

1. O que Paulo fala acerca de seu chamado? (Que ele não veio da parte de homens.)

2. Por que Paulo diz “não da parte de homens nem por meio de pessoa alguma”? O que a expressão “pessoa alguma” acrescenta? (O comentário de Jack Sequeira revela que inimigos do evangelho haviam vindo à igreja da Galácia (uma igreja fundada por Paulo) e dito aos membros que Paulo era “autoeleito”. Ele não tinha autoridade real para os seus ensinamentos. Portanto, com a expressão “pessoa alguma” Paulo está dizendo “eu não elegi a mim mesmo”.)

3. Quem autorizou a mensagem de Paulo? (Ele diz que foram tanto “Jesus Cristo” quanto “Deus Pai”.)

B. Vamos pular à frente e ler Gálatas 1:11-12. Qual é a afirmação que Paulo faz aqui? (Que Jesus o havia ensinado pessoalmente.)

1. Por que deveríamos acreditar em Paulo? Jesus havia retornado ao céu!

a. Se eliminarmos da Bíblia os livros escritos por Paulo, provavelmente teremos uma visão diferente da salvação. Jesus com frequencia se refere a algo que alguma pessoa precisa fazer para ser salva (veja, por exemplo, Mateus 5:17-20; Mateus 25:34-36, Mateus 19:21). Sei que estas declarações que parecem contradizer a graça podem ser explicadas, mas tenho dúvidas se muitos tentariam a explicação sem os escritos de Paulo a respeito da graça. Isto quer dizer que a questão sobre de onde Paulo tirou as suas idéias é muito importante – mesmo na atualidade.

C. Leia Gálatas 1:15-20. Como isto afeta a credibilidade de Paulo? (Geralmente, não fico impressionado quando alguém tem que negar que está mentindo! “De verdade, foi isso que aconteceu!” O que dá credibilidade a Paulo é que ele dá os detalhes de sua instrução – ele esteve por três anos na Arábia, recebendo instruções de Jesus.)

1. Você acha que Jesus passou três anos com Paulo – mais ou menos o mesmo tempo que Jesus passou com Seus discípulos? (Nós simplesmente não sabemos. Paulo não afirma que Jesus o estava instruindo todo este tempo.)

D. Leia Atos 9:10-15. Quem escreveu o livro de Atos? (Acreditamos que Lucas o escreveu, não Paulo. Portanto, Lucas está convencido, baseado em um relato de Ananias, que Paulo foi selecionado especialmente por Deus para compartilhar o evangelho com os gentios.)

E. Leia Pedro 3:15-16. O que o discípulo Pedro diz acerca dos escritos de Paulo (além de que eles são difíceis de entender, em alguns trechos)? (Que os escritos de Paulo são oriundos da sabedoria que Deus deu a Paulo, que eles estão no mesmo nível das “outras Escrituras”, e que ignorá-los ou torcê-los significa a perda da salvação.)

1. O que isto nos diz acerca da autoridade de Paulo? (Que os líderes da igreja que estava nascendo, Lucas e Pedro, aceitavam as afirmações de Paulo a respeito de sua autoridade. Então, também deveríamos aceitar.)

2. Vamos voltar para a nossa questão original: por que você acha que a autoridade de Paulo estava sob tal ataque? (Se Satanás quisesse acabar com a mensagem da graça, Paulo seria o seu alvo.)

3. A graça (justificação pela fé somente) é importante? (Além de uma parte da cristandade, todas as religiões do mundo são baseadas em obras. Isto deveria nos dizer algo importante acerca da luta entre o bem e o mal.)

F. Antes de terminarmos esta seção, vamos ler Atos 1:6. Sempre achei que esta pergunta, apresentada a Jesus pouco antes de Seu retorno ao céu, deve ter sido muito desapontadora. Seus seguidores parecem ainda estar confusos a respeito da missão de Jesus. É possível que, à luz desta pergunta, Jesus houvesse repensado a questão de usar pescadores aposentados para promover o evangelho, e decidido que acrescentaria ao Seu grupo um teólogo incrivelmente inteligente, altamente educado?

II. O Evangelho

A. Agora que resolvemos a questão da autoridade de Paulo, vamos voltar para Gálatas 1:1. Como Paulo descreve Jesus? (“Ressuscitado dos mortos”.)

1. Por quê? (Esta questão é central ao assunto da salvação pela graça. Ou vivemos ou morremos pela lei, ou vivemos ou morremos por aceitar a vida, morte e ressurreição de Jesus em nosso favor. A parte mais importante disto (para Jesus e para nós) é a parte da ressurreição!)

B. Leia Gálatas 1:3-5. Não vamos escorregar rapidamente por sobre essas palavras que vemos o tempo todo. O que quer dizer ter “graça e paz”, e por que Paulo diria essas três palavras em vez de “riqueza e beleza”? (Graça, mais uma vez, é o nosso bilhete para a vida eterna. Isto nos dá paz com Deus. Jesus foi ressuscitado dentre os mortos, portanto temos a graça e a paz disponível para nós.)

C. Leia Gálatas 1:6-7. Quem está sendo abandonado? (Paulo parece estar se referindo a si mesmo. Ele é quem os chamou para a graça.)

1. Qual é o problema? (Eles estão abandonando o evangelho.)

2. Medite sobre isto por um momento. Quando penso acerca de me perder, minha preocupação é que Satanás me atrairá tão profundamente para o pecado que eu não me preocupo mais com o meu relacionamento com Deus. Paulo parece estar advertindo acerca de um problema diferente – um problema no qual os supostos seguidores de Deus nos atraem para um evangelho “pervertido”. O que poderia ser este falso evangelho?

D. Leia Atos 15:2-6. O que {o livro de} Atos registra como sendo o problema do falso evangelho? (Que os gentios devem ser circuncidados e obedecer à lei de Moisés.)

1. O que há de errado com a circuncisão ou com as instruções que Deus deu a Moisés? Deus deu instruções erradas no passado?

E. Leia Atos 15:7-11. Pedro se levanta e argumenta em favor do ponto de vista de Paulo. Um comentário que eu li apontou que a expressão “a lei de Moisés” (Atos 15:5) se referia à lei cerimonial, e não aos Dez Mandamentos. Resolver esta questão é importante?

1. Pedro e Paulo dizem que o que é necessário para a salvação é somente a fé. As pessoas do falso evangelho dizem que o que é necessário para a salvação é a fé mais alguma outra coisa. Reduzido a uma fórmula matemática: Salvação = Fé + X. A questão é o que este “X” representa? Ou a questão é se a salvação realmente exige um “X”?

2. Se a questão é o que o “X” representa, então precisamos decidir se o “X” são os Dez Mandamentos ou a lei cerimonial. Mas, se a questão é se o “X” é realmente necessário, não importando o que ele represente, então determinar a identidade do “X” é perda de tempo.

F. Leia Gálatas 1:8-9. Quão sério é o assunto de pregar um falso evangelho? (A vida eterna está em risco.)

G. Depois da discussão sobre o assunto, Tiago se levanta e dá a decisão da igreja primitiva. Leia Atos 15:19-20. Da maneira como entendo isto, a circuncisão e alei de Moisés estão de fora, evitar comer certas comidas e a pureza sexual estão dentro. Este é o novo “X”? A fórmula da salvação agora é Fé + X, com o X sendo definido no verso 20? (Dê uma olhada em I Coríntios 8. Ali, Paulo argumenta que somente aqueles que têm a “consciência (...) fraca” se abstém de comer carne oferecida aos ídolos. As declarações de Paulo em I Coríntios 8 e o bom senso, nos dizem que as nossos hábitos alimentares e a pureza sexual não podem ser o novo “X”. A circuncisão, a lei de Moisés, os Dez Mandamentos hábitos alimentares apropriados e pureza sexual são, todas eles, boas coisas. Estas instruções vieram de Deus para abençoar as nossas vidas e nos ajudar a andar em Seus caminhos. Mas nenhuma delas são parte da fórmula da salvação. Torná-las parte da formula da salvação é um falso evangelho.)

H. Amigo, e você? Você aceita que a mensagem de Paulo veio de Jesus? Você acredita na salvação unicamente pela fé? Ou está promovendo um falso evangelho no qual o arrependimento e a fé em Jesus precisam ser suplementados por um fator “X” – seja lá como quer que possamos defini-lo? Sou uma pessoa competidora. Gosto de conquistar a vitória e odeio a derrota. Mas, quando se trata de salvação, a minha natureza competitiva precisa ser jogada no lixo. Nada, absolutamente nada que eu faça (inclusive escrever estas lições) faz qualquer diferença para a minha salvação.

III. Próxima Semana: Unidade do Evangelho

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Direito de Cópia de 2011, por Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da Bíblia de Estudo na Nova Versão Internacional (NVI), editada em 2003 pela Editora Vida – São Paulo, a menos que indicado de outra forma. As citações da NVI são usadas com permissão. As respostas sugestivas encontram-se entre parênteses.

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