terça-feira, 30 de junho de 2009

As Epístolas do Amado - Lição 01

Jesus e as Epístolas de João (I João 1; João 1)

Introdução: Você alguma vez já recebeu uma mensagem que parece importante, mas a pessoa se esqueceu de deixar o nome ou número do telefone? E pessoas que ligam para você e não dizem quem está falando? E mensagens de fax para a máquina de faz do “escritório principal” que não estão endereçadas para você? Essas coisas me incomodam porque tornam mais difícil receber e compreender completamente a mensagem. Nosso estudo do livro de I João apresenta um problema semelhante: ele não diz claramente quem o escreveu. Vamos mergulhar em nosso estudo da Bíblia e ver o que podemos aprender sobre este mensageiro(?) misterioso e sua mensagem!

I. Detetives da Bíblia

A. Leia I João 1:1. Que pistas encontramos sobre o autor deste livro? (A “Palavra da Vida” deve significar Jesus, então esta pessoa era uma testemunha ocular de Jesus. Alguém próximo o bastante para afirmar ter ouvido Jesus e até mesmo ter tocado nEle. Isto estreita consideravelmente a lista de autores em potencial.)

1. Existe mais do que um autor? Que negócio é esse de “nós”? Assim como em “ouvimos”, “vimos”, “contemplamos”? (O autor deve pensar que as pessoas o identificariam como parte de um grupo.)

2. Existe uma pista no próprio fato de o autor não dizer quem ele é? (As pessoas que ligam para mim e não dizem o seu nome são pessoas que pensam que eu já conheço as suas vozes. O que eles não sabem é que eu não consigo distinguir algumas vozes no telefone. O autor, este “nós”, acredita que aqueles para quem este livro foi escrito o conhecem. Esta é uma pista que este é um dos discípulos de Jesus, um apóstolo. Ser um apóstolo é ser um membro de um grupo claramente conhecido.)

B. Leia João 1:1-2. Agora leia novamente I João 1:1. Que pista você tem aqui sobre o autor? (Os dois livros tem um “início” semelhante e usam “Palavras” semelhantes. Esta é uma pista que o apóstolo João foi o autor de ambos os livros.)

C. Leia II João 1:1 e III João 1:1. Que pista encontramos no termo “presbítero”? (O autor é o “presbítero”. Este termo é bastante enigmático, mas estamos fazendo progressos em nosso trabalho de detetive.)

1. O que o termo “presbítero” sugere a você? (Esta é mais uma evidência que o autor é um líder respeitado da comunidade cristã, o qual acredita que precisa de muito pouca apresentação.)

D. O comentário Barnes Notes, e, sua introdução às epístolas de João, nos fala que líderes cristãos proeminentes, ainda no segundo século, se referem ao apóstolo João como o autor destas três cartas. Não precisamos entrar em maiores detalhes com relação a isso, porque existe pouca dúvida de que o apóstolo João é o autor dessas epístolas.

II. Jesus e João

A. Leia novamente I João 1:1. Se estamos certos sobre Jesus ser a “Palavra da Vida”, o que João fala acerca de Jesus? (Que Jesus era desde o princípio.)

1. O princípio do que? Do ministério de Jesus na terra? (Leia João 1:1-4. João quer dizer que Jesus estava presente desde o princípio do universo e que Jesus possuía a “vida”.)

B. Tanto em I João 1:1 quanto em João 1:1 Jesus é chamado de “Palavra” {(ou “Verbo”, nas versões Almeida)}. Alguma idéia do por que? (Leia Gênesis 1:1-3. Gênesis nos diz que Deus falou e o universo passou a existir. Chamar Jesus de “Palavra” ou “Palavra da Vida” credita a Ele o poder de criar o universo simplesmente falando.)

1. Pense sobre isso por um momento. João também diz em I João 1:1 que ele ouviu, viu e tocou em Jesus. Parece ser razoável que João afirmaria que Jesus falou e o universo veio à existência se Jesus fosse alguém que pudesse ser tocado pelos seres humanos? (Desde o início João faz a afirmação mais extraordinário acerca de Jesus: Ele é o nosso Criador.)

2. Será que João pensa que o relato do Gênesis é algum tipo de “mito da criação”, dado aos seres humanos primitivos para dizer a eles que Deus estava supervisionando, de uma forma geral, o processo evolucionário? (João faz a afirmação que o universo foi criado por um comando verbal – e que o Comandante era Jesus.)

a. João deve pensar que este assunto é importante, se ele inicia tanto seu evangelho quanto a sua primeira epístola com este assunto. Por que esta questão (Criação x Evolução) é importante? (Este assunto tem tudo a ver com o poder de Deus e a afirmação de Deus quanto a ter autoridade sobre a humanidade. Ou servimos a um Deus que tem o poder de trazer o universo à existência atreves da fala, e que nos trouxe à existência pela Sua fala, ou servimos a um Deus que é mais como nós – limitados em nossas capacidades.)

b. Se a evolução é uma teoria correta das origens, que razão há para acreditar que existe um Deus? (Esta é uma daquelas respostas a “grandes teorias”, que ou você entende ou não. Se o universo veio à existência por acaso, então não existe razão para acreditar em um Deus. Contudo, se o universo foi criado, então você sabe que um Deus (de algum tipo) existe. {O comentarista} Naves lista 104 textos bíblicos (com o termo “Criador”), desde o Gênesis até o Apocalipse, nos quais Deus direta ou indiretamente apóia a sua declaração de autoridade sobre os seres humanos no fato de Sua criação. João compreende isso claramente, mas muitos dos professos cristãos de hoje em dia não compreendem.)

C. Leia I João 1:1-2. João nos diz que a “Palavra da Vida” “se manifestou” e foi ouvida, vista e tocada por João e por outros. Por que outra razão João poderia se referir a Jesus como a “Palavra da Vida”? (palavras são ferramentas para comunicar-se. João está dizendo que Jesus está nos trazendo uma mensagem do céu.)

1. Que papel João desempenha na obra da Palavra? (Assim como Jesus comunica significado e compreensão acerca de Deus o Pai, assim também João repete estas importantes mensagens para nós.)

III. João, a Testemunha Confiável Sobre Jesus

A. Vamos assumir que você teve um encontro com um OVNI (Objeto Voador Não-Identificado) na noite passada. Vamos assumir também que você e eu não nos conhecemos. Você quer que eu acredite na tua história e eu estou muito cético. O que você diria para me fazer acreditar? (Uma vez que nós não nos conhecemos, você não pode apelar para a minha confiança em você. Então, você precisa apelar para aquilo que faz de você uma testemunha digna de confiança.)

1. Vamos ver a lei por um momento. Existem algumas poucas regras que ajudam aquele que investiga os fatos a se concentrar em evidências confiáveis e competentes. Essas regras impedem a pessoa que investiga os fatos de ouvir evidências que não sejam confiáveis e competentes. Uma regra bem conhecida é a “Regra Contra Ouvir-Dizer”.

2. O que a regra do ouvir-dizer exclui? (O testemunho de pessoas que não estão no tribunal. Se você é que viu ou ouviu a evidência, então tem que estar no tribunal para ser capaz de falar sobre ela. Eu não posso testemunhar, “Meu tio Bob disse que a luz estava vermelha.” Se o Bob viu isso, ele tem que estar presente, ele próprio, na corte para declarar isto. Esta regra exige conhecimento de primeira mão – de forma que Bob possa sofrer um exame cruzado, de forma eficaz.)

B. Quando você considera I João 1:1-2, o apóstolo João parece conhecer a regra do ouvir-dizer? (Sim! Ele diz que ele é uma testemunha ocular, não existe “ouvi dizer” aqui.)

1. Mas se João é tão bem conhecido e respeitado pelos seus leitores, por que ele precisa estar preocupado com a regra do ouvir-dizer nesta carta? (Ele espera que a carta seja passada adiante para outros.)

C. Além do conhecimento pessoal, de que outras coisas você acredita que um advogado depende em um exame cruzado, para demonstrar que alguém é ou não é uma testemunha confiável? (A capacidade de observar, de ver corretamente. Isto vai desde questões de distância, questões de iluminação, até a condição da tua visão, das condições do tempo, da parcialidade, etc.)

1. O que João diz para melhorar o seu testemunho (ou a nossa disposição para acreditar nele), além de ter conhecimento de primeira mão? (Que ele ouviu e que tocou.)

2. Note que João diz isso duas vezes. “O que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos”. O que isso quer dizer? (A expressão grega significa mais do que simplesmente olhar, significa estar contemplando. Algo como uma olhada longa, séria. Não apenas olhando, mas realmente vendo.)

a. Por que João diria isso? (Testemunhas oculares podem estar erradas. Então João diz que deu uma olhada foi longa, demorada nas credenciais de Jesus. João passou tempo com Jesus. Suas conclusões não são um assunto corriqueiro.)

D. Vamos voltar por um minuto. João está afirmando que Jesus é o Criador do universo. Como João pode afirmar ter conhecimento em primeira mão sobre isso? (Obviamente, João não pode. Penso que ele está fazendo uma argumentação lógica. João não acredita que seus leitores duvidariam se Jesus era um personagem histórico. Ao contrário, a questão era a natureza da vida de Jesus na terra e se Jesus está vivo agora. Se existe um Jesus ressuscitado. João diz “eu senti os milagres de Jesus de todas as maneiras possíveis, e eu sou uma testemunha em primeira mão da ressurreição de Jesus. Acredito que Jesus é Deus e acredito que Ele é o Criador do universo.)

E. Amigo, e você? Vai aceitar que Jesus é o Criador do universo? Este é o primeiro passo para a salvação e (como discutiremos na próxima semana) o caminho para a alegria!)

IV. Próxima Semana: Experimentando a Palavra da Vida

=============================== Direito de Cópia de 2009, por Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da Bíblia de Estudo na Nova Versão Internacional (NVI), editada em 2003 pela Editora Vida – São Paulo, a menos que indicado de outra forma. As citações da NVI são usadas com permissão. As respostas sugestivas encontram-se entre parênteses. Para receber semanalmente estes comentários diretamente no teu endereço de e-mail, acesse: http://br.groups.yahoo.com/subscribe/BruceCameron ===============================

quarta-feira, 24 de junho de 2009

A Caminhada Cristã - Lição 13

Missão (Atos 1 e 18; I Coríntios 1)

Introdução: Você conhece alguém que está “pegando fogo” por Jesus? Foi assim com você, em algum ponto da tua vida? Próxima pergunta: Você conhece alguém que está pegando fogo por Jesus por toda a sua vida? Tenho visto muitas pessoas que “pegam fogo” no princípio, mas não me lembro de alguém que mantenha seu nível inicial de fervor. Por que é assim? Esta é uma parte normal da nossa missão cristã? É consistente com a vontade de Deus? Quando somos chamados por Jesus para a missão, o que Ele espera de nós? Vamos nos jogar novamente para dentro da Bíblia e ver o que podemos aprender!

I. Parceiros na Missão

A. Leia Atos 1:1-3. O que Jesus fez depois de Sua ressurreição? (Ele passou 40 dias com Seus discípulos, convencendo-os que Ele estava, de fato, vivo e os ensinou acerca do Reino de Deus.)

B. Leia Atos 1:4-6. Quem trabalharia com os discípulos no futuro? (O Espírito Santo.)

1. O que você acha da pergunta dos discípulos em Atos 1:6?

a. Quando você acha que isso foi perguntado? (Note que acabamos de ler em Atos 1:3 que por um período de quarenta dias Jesus falou com eles acerca do Seu reino. Espero que esta pergunta tenha sido feita no início dos quarenta dias, e não no final.)

C. Leia Atos 1:7-8. Dado este contexto, sobre o que os discípulos deviam testemunhar? (Que Jesus havia ressuscitado e que Ele tinha um reino vindouro.)

1. Esta é a nossa missão hoje? Estas foram as palavras ditas aos discípulos naquele momento; se você acha que elas ainda são aplicáveis, explique por que.

2. Eles eram capazes para fazer esta obra por si mesmos? (Não. Foram dadas a eles instruções explícitas para esperarem até que fossem batizados com o Espírito Santo.)

a. Esta também é uma necessidade hoje? Devemos esperar até que o Espírito Santo venha, para trabalhar conosco em nossa missão?

(1) O que podemos dizer às pessoas que dizem que o Espírito Santo estar presente em poder é coisa do passado? Que tipo de missão eles tem?

D. Leia Atos 1:12-14. O que eles fizeram para se preparar para a missão? (Oraram juntos. Penso que a tarefa permanece a mesma. Creio que a maneira de realizar a tarefa permanece a mesma. Não podemos nos envolver de maneira apropriada na missão sem o Espírito Santo. Se não temos certeza de que o Espírito Santo é parte da nossa missão, precisamos orar fervorosamente para sermos equipados pelo Espírito Santo para a missão.)

II. Missão e o Ganha-Pão

A. O “fogo” esfria quando nos conscientizamos que temos que sair e ganhar a vida?

1. Ou ganhar a vida é parte da maneira pela qual desempenhamos a nossa missão?

B. Leia Atos 18:1-4. Paulo estava envolvido com pregação de tempo integral? (Não nestes versos. Eles pintam um quadro de fazer tendas durante a semana e pregar aos sábados.)

C. Leia Atos 18:5. Como Paulo está ocupado agora? (Agora ele está envolvido com pregação de tempo integral.)

D. Paulo estava com o seu fogo diminuído quando estava pregando nos finais de semana, em relação a quando estava pregando em tempo integral? (Duvido. Suprir à suas necessidades práticas era parte de sua obra total.)

E. Leia II Tessalonicenses 3:6-10. O trabalho secular é uma obrigação religiosa? (Paulo fala que, uma vez que estava envolvido no ministério, tinha direito a ser “ajudado” pelos outros cristãos. Ao mesmo tempo, ele fala que a comunidade cristã tem uma obrigação religiosa de trabalhar. Portanto, eles não poderiam estar todos engajados no ministério.)

1. Vamos olhar o aspecto prático disso. Você conhece pessoas no trabalho que nunca apareceriam em uma igreja?

2. Você tem vizinhos ou conhecidos que nunca apareceriam em uma igreja? (Se a resposta é “sim”, então o ministério para você é alcançar essas pessoas com um modelo de vida e uma palavra dirigida pelo Espírito. Veja João 14:26.)

F. Leia Tito 2:7-8. Que aspecto da nossa vida é o ministério? (Tudo o que fazemos tem uma influência para o bem ou para o mal. Nossa missão é considerar a natureza de nossa influência, e, através do poder do Espírito Santo, buscar tornar a nossa influência positiva em todos os aspectos.)

III. Mensagem em Missão

A. Leia I Coríntios 1:18. Conforme a Bíblia, qual é a nossa mensagem? (A cruz.)

1. Qual é o problema com a nossa mensagem? (O mundo a considera uma tolice.)

2. Nós já decidimos anteriormente que os discípulos ( e nós) devemos testemunhar da ressurreição de Jesus e Seu reino vindouro. Isto é consistente com a nossa mensagem ser a cruz? (Sim. A cruz e a ressurreição de Jesus mostram a nossa oportunidade para o perdão dos pecados e vida eterna!)

B. Leia I Coríntios 1:19-21. O que há de bom em pregar uma “tolice”? (Você não precisa ser um gênio para compartilhar essas notícias.)

C. Leia I Coríntios 1:22-25. Precisamos de milagres ou de lógica para promover a mensagem? (Como vocês sabem, eu gosto de usar a lógica – porque penso que ela promove o evangelho. Mas nem a lógica nem milagres são necessários para a nossa mensagem: Cristo crucificado.)

1. Por que a nossa mensagem é Cristo crucificado? Por que as boas obras? Por que não o sábado? Por que não bons hábitos alimentares? Por que não a prática de exercícios, não fumar, ou usar cinto de segurança? (Jesus crucificado é o cumprimento do serviço do santuário. Ele é o cordeiro de Deus que tira os nossos pecados. João 1:29. Nada mais tira os nossos pecados. O sacrifício de Jesus é a peça central de nossa mensagem. Existem outras idéias boas, lógicas e importantes, mas o centro da nossa mensagem é a cruz.)

D. Leia I Coríntios 1:26-27. Por que Deus escolhe os “fracos”? Ele quer que o mundo fique envergonhado? Por que isso é um objetivo? (Nossa mensagem é Cristo, não nós mesmos. Você consegue ver o tema consistente? A cruz, não as nossas obras, é o nosso foco. Por que? Por que a cruz aponta para o que Deus fez, não o que nós fizemos. Aqueles que possuem poder, inteligência, boa aparência, não têm qualquer vantagem na missão. De fato, eles tem uma desvantagem, porque o foco está em Deus, não em si mesmos.)

1. Leia I Coríntios 1:28-31. Este texto está dizendo que pessoas inteligentes e influentes estão desqualificadas para a missão? (Veja quem escreveu essas palavras – Paulo, uma pessoa altamente treinada, altamente inteligente. Penso que o ponto de Paulo é que qualquer um está qualificado para a missão, desde que dê glória a Deus e faça com que Ele seja o foco da missão. Deus não precisa da glória humana para fazer a Sua obra. Ele só precisa de parceiros dispostos que compreendem que o poder e a glória vão para Deus.)

E. Nos dias em que eu tinha mais influência sobre quem pregava no púlpito da minha igreja, eu diria que o culto de adoração “não era hora para amadores”, querendo dizer que os que não tinham preparo, não tinham estudo e os que eram obviamente inexperientes não deveriam ser permitidos pregar. O tempo dos membros na igreja aos sábados era limitado e valioso e eu não queria que fosse gasto com sermões terríveis. Leia I Coríntios 2:1-5. Eu estava errado? (Eu estou desqualificado para responder, mas considere que tipo de sermão viria de uma “demonstração do poder do Espírito”. O Espírito Santo não é um amador, e se o Espírito está em você, então você também não será um amador.)

F. Amigo, você vai assumir a missão: em parceria com o Espírito Santo, compartilhar as boas novas acerca do Cordeiro de Deus e Seu reino vindouro?

IV. Próxima Semana: Começaremos uma nova série sobre as epístolas de João. Não posso esperar!

=============================== Direito de Cópia de 2009, por Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da Bíblia de Estudo na Nova Versão Internacional (NVI), editada em 2003 pela Editora Vida – São Paulo, a menos que indicado de outra forma. As citações da NVI são usadas com permissão. As respostas sugestivas encontram-se entre parênteses. Para receber semanalmente estes comentários diretamente no teu endereço de e-mail, acesse: http://br.groups.yahoo.com/subscribe/BruceCameron ===============================

quarta-feira, 17 de junho de 2009

A Caminhada Cristã - Lição 12

Comunidade (I Pedro 2; I Timóteo 5)

Introdução: Meu tio era um homem muito religioso. Nascido logo após a virada do século, ele passou toda a sua vida como pastor e administrador no Exército da Salvação. Um dia perguntei a ele quais mudanças ele via na comunidade cristã ao longo dos anos. Ele me disse que a televisão havia substituído a igreja como centro da comunidade. Antes do advento da televisão, as igrejas (e presumo que os bares também) eram o foco da interação social. Agora, ele disse, as pessoas ficam em casa e desfrutam de uma comunidade através da televisão. Se ele estivesse vivo hoje, suponho que apontaria a Internet e os telefones celulares como a comunidade da próxima geração. Quais planos Deus tem para a comunidade? Qual é o Seu objetivo para aqueles que O seguem? A tecnologia é um auxílio ou um obstáculo? A igreja voltará a ser o que era? Vamos mergulhar em nosso estudo e descobrir o que a Bíblia tem a dizer acerca da comunidade!

I. Nação Santa

A. Leia I Pedro 2:4-5. Quem é a “Pedra Viva”? (Pedro está falando a respeito de Jesus.)

1. Pedro está descrevendo uma comunidade de algum tipo? (Sim.)

a. Quem são as pedras utilizadas na edificação da comunidade? (Nós somos! Somos “pedras vivas”.)

b. Qual é o objetivo da nossa comunidade? (Somos sacerdotes. Os sacerdotes representavam Deus ao povo.)

(1) O texto diz que estamos oferecendo “sacrifícios espirituais”. O que significa dizer que somos um tipo de sacerdote, oferecendo um tipo de sacrifício? (Penso que quer dizer que estamos aceitando o sacrifício de Jesus em nosso favor pelos nossos pecados, e estamos contando aos outros sobre isso.)

B. Leia I Pedro 2:6. Qual é o relacionamento entre a Pedra Viva e as “pedras vivas”? (Jesus a Pedra Viva, é a pedra angular do edifício constituído por nós, pedras vivas. Jesus nos alinha. Ele ordena as nossas vidas. Se confiamos na Sua maneira de fazer as coisas, nunca seremos envergonhados.)

1. Leia I João 14:6. Que outro papel Jesus desempenha na comunidade? (Jesus não é apenas a “Pedra Angular” da nossa comunidade, Ele é a “Porta” para a nossa comunidade. Nossa comunidade está centrada em Jesus.)

C. A tecnologia cria algum problema óbvio para esta comunidade? (Não precisa criar. A tecnologia auxilia a comunicação. Assim, se nós, como “pedras vivas” estamos sendo edificados para confiarmos em Jesus, uma melhor comunicação deveria ajudar a construir um edifício melhor.)

1. A tecnologia poderia ser um problema? (Sim, se ela nos levar a edificarmos em alguma outra coisa além da Pedra Viva. Ela nos dá um nível de privacidade na comunidade que limita a responsabilização.)

2. A maioria dos navegadores na Internet possui uma seção de “histórico”. Pergunte a si mesmo se você gostaria que fossem enviadas à tua comunidade atualizações instantâneas do histórico do teu navegador?)

D. Leia I Pedro 2:7-8. A Pedra Viva pode ser um problema? (Ela não é um auxílio para aqueles que querem desobedecer a Jesus. Ela faz com que eles tropecem e caiam.)

1. Por que? (Romanos 9:30-33 discute isso. Aqueles que perseguem a justificação pelas obras não conseguem aceitar a justificação pela fé que Jesus oferece. Somos uma comunidade edificada sobre a fé.)

E. Leia I Pedro 2:9. Qual é o propósito da nossa comunidade construída em Jesus?

1. Por que somos chamados de “povo escolhido”? Esta não é uma descrição do povo judeu? (Eles deviam representar Deus ao mundo. Mas falharam em alcançar o objetivo de Deus para eles. Hoje, a igreja representa Deus ao mundo.)

2. A quem estamos louvando? (Jesus – aquele que nos chamou das trevas para a luz. O propósito da nossa comunidade é lançar luz sobre o oferecimento da misericórdia de Deus ao mundo.)

F. Leia Pedro 2:11. Que tipo de atitude deveria estar presente nos membros da comunidade de Jesus? (Devemos nos abster de desejos pecaminosos. Devemos nos considerar como “estrangeiros e peregrinos no mundo”.)

1. Por que? (Os desejos pecaminosos fazem guerra contra a nossa alma.)

2. Pense novamente no histórico do teu navegador. Pense na tua última fofoca. Como você consegue controlar os teus desejos?

G. Qual é a importância da comunidade como um fator para um viver em justiça? Todos conhecemos cristãos que “caíram do bonde”, no que se trata de uma vida de justiça. A comunidade não os protegeu. (A comunidade cristã certamente não é uma garantia, mas ela ajuda com relação ao viver em justiça.)

1. Penso na influência da comunidade quando eu era criança. A banca de jornais do Johnson era onde meu pai, um proeminente membro da comunidade, parava para apanhar o seu jornal a cada noite. Ela era ainda o único local que eu conhecia que vendia revistas com fotografias de mulheres nuas. A chance de meu pai comprar uma daquelas revistas diante da sua “comunidade” era mais ou menos a mesma de ele tirar s suas próprias roupas naquela loja!

H. Leia I Pedro 2:12. A comunidade deveria não apenas ajudar os membros, mas também ser uma testemunha aos pagãos. Os pagãos admitiriam ter uma impressão favorável da comunidade cristã? (Não. Eles nos acusam de praticarmos o mal.)

II. Apoio da Comunidade

A. Leia Tiago 1:27. Tiago é um escritos que enfatiza as obras do cristão. (Às vezes penso que Tiago e Paulo deveriam ter colaborado para escrever um livro da Bíblia.) O que Tiago vê como sendo a primeira obrigação de uma comunidade cristã? (Viúvas e órfãos.)

B. Leia I Timóteo 5:3-4. Que comunidade temos dentro da comunidade cristã maior? (A família – até mesmo a família ampliada {que inclui os parentes})

1. Leia I Timóteo 5:7-8. Por que uma pessoa seria pior do que um descrente se não ajudar a sua família? (Se você não ama e ajuda aqueles que têm o maior direito à tua afeição, como poderá amar e ajudar aqueles que não conhece? Considere I João 4:20-21.)

C. Leia I Timóteo 5:9-10. Os comentaristas divergem sobre o que seria a “lista de viúvas”. Alguns pensam que seriam empregados da igreja. Para ajudá-lo a se decidir, leia Atos 6:1 e I Timóteo 5:16. O que você acha?

1. Depois que os crentes discutiram em Atos 6 e se organizaram de forma apropriada, como você acha que eles sabiam onde distribuir a comida? (Eles tinham uma lista! Penso que a “lista de viúvas” em I Timóteo 5:9 são aquelas viúvas que estão sendo apoiadas pela igreja. Qualquer dúvida em minha mente é apagada quando leio I Timóteo 5:16.)

D. Veja novamente I Timóteo 5:9-10. O que isso nos ensina acerca da importância da comunidade ao decidir a quem ajudar?

1. O que o trabalho da viúva “digna” nos ensina a respeito da comunidade? (É um grupo de assistência mútua, até certo ponto.)

a. Este é somente um trabalho para as viúvas? (Este é um trabalho para todos nós. Isto faz parte de ser uma comunidade.)

E. Leia I Timóteo 5:11-14. Deveríamos ajudar a todos os que pedem ajuda – tosos os que desejam ser colocados na “lista” do auxílio? (Paulo ensina que não deveríamos encorajar as pessoas a ficarem ociosas, e assim se colocarem em problemas.)

1. Esta é uma regra que deveria se aplicar a todos os que pedem a nossa ajuda?

a. Leia Lucas 6:30-31. Como você compreende este texto?

2. Como deveríamos decidir a quem ajudar?

F. Por duas vezes já, mas últimas duas três semanas, eu estava em uma área comercial popular suburbana e homens fisicamente capazes me pediram dinheiro. Eu poderia ter lhes dado algum dinheiro sem prejudicar meu orçamento. O que você acha que eu deveria ter feito? (Lembre-se de que na semana passada lemos (Mateus 25:34-36) que o justo dá ajuda física (comida, roupas) e não dinheiro àqueles que estão em necessidade? Nesta semana, vemos Paulo dizendo para ajudarmos aqueles que merecem, e não encorajarmos a ociosidade. O bom senso para exigir de nós que tenhamos algum conhecimento a respeito das necessidades da pessoa que está pedindo ajuda. É fácil simplesmente dar dinheiro, mas a solução ideal é ter uma melhor informação sobre o indivíduo.)

1. Depois de termos chegado a esta razoável conclusão, leia as palavras de Jesus em Lucas 6:35-36. Jesus diz para fazermos o bem aos outros – mesmo aos ingratos e ímpios! Será que isso quer dizer que devemos ajudar aproveitadores preguiçosos? (Aparentemente sim, até certo ponto.)

G. Se os ingredientes chave para uma comunidade são ajudar ais que estão em necessidade e conhecer aqueles que devem ser ajudados, que impacto a televisão e outras tecnologias têm sobre esta obra? (Sem nos encontrarmos com outros membros da comunidade de nossa igreja fora dos momentos da adoração formal, não teremos idéia acerca de suas necessidades ou de como podemos ajudar melhor. Parece que a tecnologia é uma barreira a isso.)

1. Como você sugeriria que “consertássemos” isso? (A melhor solução é fazer com que a comunidade da igreja se encontre em pequenos grupos para o estudo da Bíblia e outras atividades. Isto nos ajudará a conhecermos uns aos outros.)

a. Existe uma versão tecnológica disto? (Facebook {ou Orkut}? E o que você acha de um estudo bíblico usando o Skype?)

H. Amigo, você está em uma “comunidade” com outros cristãos? Se não está, por que não se juntar a um grupo de crentes hoje? Esta é a vontade de Deus para a tua vida.

III. Próxima Semana: Missão

=============================== Direito de Cópia de 2009, por Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da Bíblia de Estudo na Nova Versão Internacional (NVI), editada em 2003 pela Editora Vida – São Paulo, a menos que indicado de outra forma. As citações da NVI são usadas com permissão. As respostas sugestivas encontram-se entre parênteses. Para receber semanalmente estes comentários diretamente no teu endereço de e-mail, acesse: http://br.groups.yahoo.com/subscribe/BruceCameron ===============================

terça-feira, 9 de junho de 2009

A Caminhada Cristã - Lição 11

Mordomia (Mateus 25)

Introdução: A ordem das lições deve estar invertida, certo? Nós desfrutamos da lição sobre o dia semanal de descanso, e depois aprendemos sobre aquelas férias eternas, o Céu. Na semana passada voltamos ao trabalho com o “discipulado” e agora (que horror!) “mordomia!” Não deveríamos terminar os estudos com uma nota de elevação? Ou será que a mordomia é uma nota de elevação? Sempre que alguns oficiais aparecem na minha igreja para discutir sobre mordomia, quase sempre isso significa que eles querem mais dinheiro ou mais trabalho da minha parte. Mas penso que descobriremos nesta semana que a Bíblia tem uma abordagem mais positiva a esta idéia. Vamos mergulhar em nosso estudo bíblico e aprender o que é importante sobre a mordomia!

I. Vencendo na Vida

A. Leia Mateus 25:14-15. Baseado em que o senhor deu mais dinheiro a um servo do que a outro? Seria apenas favoritismo? (Não. Os servos variavam em suas habilidades naturais. Ele deu ao servo com mais habilidades naturais uma quantia maior de dinheiro.)

1. Isto era injusto? Não deveriam todos receber a mesma quantia de dinheiro?

a. Ou isto seria injusto para com o servo com mais talentos naturais, porque agora ele tinha um desafio maior?

B. Leia Mateus 25:16-18. Existe algum argumento em favor da abordagem do servo do “um talento”? O que dizermos da recente queda no mercado de ações? E das preocupações sobre nossas instituições bancárias? Será que um buraco no chão não seria a maneira mais segura de conservar o capital?

1. Há alguma razão para acreditar que o homem com um talento não estava procedendo de boa fé? (Sim. Se o senhor quisesse que seu dinheiro fosse protegido escondendo-o, poderia tê-lo escondido ele mesmo – e sem assumir o risco de deixar que o homem do um talento soubesse onde estava.)

C. Leia Mateus 25:19-23. Por que o homem que produziu apenas mais dois talentos recebeu o mesmo elogio do homem que produziu mais cinco talentos? Isto é justo? (Ambos dobraram aquilo que lhes foi dado. Isto demonstra que, uma vez que o senhor distribuiu o dinheiro com base na habilidade natural, ele não impôs uma penalidade para uma falta de talento natural. A questão não é quais talentos você tem ao nascer, a questão é o que você faz com os talentos que tem.)

D. Leia Mateus 25:24. Isto revela a maneira de pensar do homem que tinha um talento. Por que ele xinga o seu mestre (“homem severo”)?

1. Não é verdade que uma pessoa não deveria receber lucro pelo trabalho duro de outra pessoa? Isto não é chamado de “exploração”?

E. Leia Mateus 25:25. Espere, o homem com um talento mudou a sua história? (Sim! Agora ele está dizendo que estava com medo. Primeiro, ele fala que o senhor é um capitalista, e depois diz que está com medo.)

F. Leia Mateus 25:26-27. Como o senhor analisa o problema? O homem que tem um talento está com medo? Ele tem uma reclamação legítima a respeito dos capitalistas? (O senhor o chama de “mau e negligente”.)

1. O senhor está certo em chamá-lo de “mau”? Eu pensei que o homem que possuía um talento estava levantando uma objeção moral. (Isto encerra a idéia de que o capitalismo é ruim aos olhos de Deus! O termo “mau” sem dúvida tem a ver com o fato de o servo ter uma obrigação de avançar a causa do senhor. “Negligente” se aplica, porque não ele fez praticamente coisa alguma.)

G. Leia Mateus 25:28-30. Por que o homem que tinha dez talentos deveria receber o pouco dinheiro que o homem que tinha um talento possuía? Agora, o homem com dez talentos tem uma “grande quantidade”, enquanto que o homem com um talento não tem coisa alguma. Isto é justo? (Vamos analisar o mistério na próxima seção, quando leremos Mateus 25:34-40.)

H. Vamos voltar um momento e considerar essa história. O que Jesus está nos ensinando? Este texto é sobre dinheiro, talentos e tempo? (Esta é uma “parábola do reino”. Todas as histórias deste capítulo te a ver com maneiras de chegar ao céu.)

1. Quando o “homem da mordomia” chega por aqui, minha reação é que ele vai terminar com mais e eu vou terminar com menos. O que esta história nos ensina sobre a mordomia? (A história se refere especificamente a dinheiro, mas penso que isto simboliza todos os tipos de talentos naturais. A maneira de ter “mais” é colocar o teu dinheiro e talentos para trabalhar (Mateus 25:16). A grande coisa aqui é que não importa quanto talento foi dado a você no princípio. O que importa é o que você faz com isso. Se você é fiel, será recompensado com mais. Mordomia é sobre ter mais.)

II. Considerando os Pobres

A. Leia Mateus 25:31-40. Será que o homem com um talento, especialmente depois de ter sido lançado fora pelo seu senhor, sem dinheiro, se qualificaria como (verso 40) “algum dos meus menores irmãos”?

1. Vamos assumir que você é o homem que tem (agora) onze talentos (o senhor acabou de te dar o talento do homem negligente e mau), e você se depara com o homem que (agora) está sem talentos. Jesus ensina que você deveria dar algum dinheiro para o homem sem talentos?

a. Isto não anularia a decisão do senhor?

b. Você acha que faz diferença o fato de que a história não menciona dinheiro? O faminto recebe comida; o sedento, água; o estranho, um convite; aqueles que precisam de roupas, roupas. Por que ninguém recebe dinheiro? (A história anterior sobre os talentos menciona especificamente o dinheiro. Esta história não menciona o dinheiro em momento algum. Se estamos certos de que ao darmos dinheiro ao homem que (agora) está sem talentos, depois que o senhor retirou o dinheiro dele, será um problema, então suprir as necessidades do homem sem talentos faria sentido.)

2. É possível que, embora Jesus se refira ao dinheiro na primeira parábola, ele é simbólico e teria pouco a ver com dinheiro? (Se voe olhar Mateus 13:12, achará a mesma afirmação para “dar mais ao diligente, tirar do negligente”, em um contexto claramente espiritual.)

3. É possível que quando o homem com onze talentos fornece ajuda ao homem sem talentos ele ainda está investindo os seus talentos? (Não nos é dito como os talentos estão sendo investidos. Se isto tem uma aplicação espiritual, então faz sentido que os talentos sejam investidos nos negócios do reino.)

B. Fiz várias perguntas para fazer você pensar sobre o que Jesus está nos ensinando. Sobre quais lições podemos ter certeza nestas duas parábolas? (Que Deus quer que sejamos diligentes ao trabalhar para Ele. Que uma parte do nosso trabalho é ajudar aqueles que estão em necessidade.)

III. Natureza dos Talentos

A. Descobrimos que Jesus contou parábolas que comparam os nossos talentos (acerca dos quais devemos ser diligentes) com dinheiro e bens. Nossos talentos também incluem as nossas habilidades naturais? (Veja novamente Mateus 25:15. “De acordo com a sua capacidade” deve se referir às suas habilidades naturais. As habilidades naturais são a chave para a quantia de dinheiro dada pelo senhor.)

B. Leia Mateus 24:45-51. Aqui está outra história de um senhor que vai viajar. Sobre qual recurso o servo deve prestar contas aqui? (Responsabilidade e tempo. Porque o “meu senhor está demorando”, o servo acredita que tem tempo para abusar daqueles que estão sob seus cuidados e desperdiçar seu próprio tempo.)

1. O tempo é um talento sobre o qual temos que ser bons mordomos? (Sim. Porém, o fato de que Deus criou para os seres humanos uma necessidade de dormir demonstra que algum equilíbrio entre trabalho e descanso é necessário.)

a. Que porcentagem do teu tempo é gasto em promover os teus interesses em comparação ao tempo gasto para o interesse de outros?

b. Que porcentagem do teu tempo é essencialmente desperdiçado e não ajuda a ninguém?

c. Como abusar de outros e desperdiçar tempo funciona para este servo? (Não muito bem. Outro final de “choro e ranger de dentes.”)

C. Amigo, vemos que seguidores diligentes de Jesus prosperam e que os seguidores negligentes, que desperdiçam, choram e rangem de dentes. Vou interpretar “ranger os dentes” como arrepender-se das decisões tomadas no passado. Você tem decisões a tomas no futuro; vai decidir ser um servo fiel e diligente de Jesus?

IV. Próxima Semana: Comunidade

=============================== Direito de Cópia de 2009, por Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da Bíblia de Estudo na Nova Versão Internacional (NVI), editada em 2003 pela Editora Vida – São Paulo, a menos que indicado de outra forma. As citações da NVI são usadas com permissão. As respostas sugestivas encontram-se entre parênteses. Para receber semanalmente estes comentários diretamente no teu endereço de e-mail, acesse: http://br.groups.yahoo.com/subscribe/BruceCameron ===============================

quarta-feira, 3 de junho de 2009

A Caminhada Cristã - Lição 10

Discipulado (I Coríntios 12; Êxodo 18; Mateus 20; Marcos 8)

Introdução: “Lidere, siga a liderança, ou saia do caminho” é uma frase atribuída a Thomas Paine, um dos “pais fundadores” dos Estados Unidos. Se eu desse a oportunidade de escolher entre um desses três, quantos escolheriam “seguir a liderança”? Suspeito que não muitos. A maioria gosta de liderar ou ir pelo seu próprio caminho. Nossa lição desta semana é acerca de seguir a liderança. O que significa ser um discípulo de Cristo? Este é o tipo tradicional de pessoa que segue uma liderança? Ou é um seguidor que também lidera? Vamos mergulhar na Bíblia e descobrir!

I. Corpo de Seguidores

A. Leia I Coríntios 12:27. O que ser parte do corpo de Cristo tem a ver com discipulado? (Quando seguimos a Jesus, temos um papel a desempenhar na obra. É interessante notar que nossa obra como discípulo é comparada a um “corpo”.)

B. Leia I Coríntios 12:28. Quais desses papéis são os papéis de “liderança”? (“Apóstolo” e “administradores” parecem ser algum tipo de líderes.)

1. Quem são os seguidores neste grupo? (Não é muito fácil de dizer, certo? Suponho que os que “prestam ajuda” provavelmente seriam seguidores em algum sentido.)

2. Por que esta pergunta sobre líder e seguidor é difícil de responder? Por que Deus falharia em deixar isso óbvio?

3. Por que a Bíblia compara a igreja a um corpo em vez de um exército ou uma nação? (Porque a linha entre seguidor e líder não é muito clara. Em um exército ou uma nação, temos alguns poucos líderes e o restante são seguidores. Mas, exceto pelo fato de que Deus é o nosso líder, a igreja parece algo bastante diferente. Penso que é exatamente por isso que Deus usou o exemplo de um corpo em vez de um exército para ilustrar a Sua igreja.)

4. Leia I Coríntios 12:20-21. Como a igreja opera, com relação a líderes e seguidores? (Em vez de um arranjo claro de líderes/seguidores, encontramos um esforço coordenado no qual cada parte é essencial. Cada um é importante. Cada um tem uma parte crítica. Thomas Paine não tinha em mente a igreja.)

II. Líderes Aprendizes

A. Leia Êxodo 18:13. O povo estava contente com a situação? (Eles vinham a Moisés. Contudo, a afirmação de que o povo “permaneceu em pé ... desde a manhã até o cair da tarde” pode refletir um serviço lento.)

1. Moisés estava contente com essa situação? (Que serviço pode ser melhor do que falar por Deus! Contudo, ele trabalhava por longas horas.)

B. Leia Êxodo 18:17. Essas são as palavras que Moisés esperava ouvir? Ele não estava fazendo um bom trabalho ao falar por Deus, ajudando a sua nação?

C. Leia Êxodo 18:18-23. Se você fosse Moisés, como reagiria ao conselho de Jetro (o teu sogro)? Afinal de contas, é você quem fala por Deus, não ele. Por que você prestaria atenção a ele, se é você quem fala por Deus?

1. Note Êxodo 18:19. Jetro está esclarecendo o papel de Moisés? (Sim. Ele diz que o papel de Moisés é ir a Deus pelo povo, não decidir por Deus. Esta é uma correção sutil. Esta afirmação assinala que Moisés está chegando a acreditar demais em sua própria importância, quando outros podem fazer muito daquilo que Moisés faz.)

2. Note Êxodo 18:23. O que Jetro está dizendo? (Ele diz que Deus precisa confirmar o seu conselho.)

3. O que aprendemos a respeito do discipulado até agora? (Este é outro exemplo do princípio de liderança do “corpo” – em vez de agir sozinho, Moises precisa confiar em outras pessoas para ajudá-lo com este trabalho importante. Trabalhos importantes precisam ser compartilhados com outras pessoas capazes.)

D. Leia Êxodo 18:24-26. Que coisa boa aprendemos sobre Moisés como líder? (Que mesmo que estivesse sendo um pouco levado pela auto estima, ele aceita o conselho. Demonstra humildade em aceitar e implementar um bom conselho.)

1. O que isso nos ensina sobre organização? (Fazer funcionar uma “estrutura de corpo” apropriada exige organização. Distribuir deveres, escolher pessoas competentes e manter Deus como a cabeça do programa são essenciais.)

III. Líderes Servos

A. Leia Mateus 20:20-21. Apenas lendo esses dois versos, qual você acha que deveria ser a resposta? (Que tipo de futuros líderes mandam a “mamãe” cuidar de seus negócios mais importantes?)

B. Leia Mateus 20:22. A Mamãe é ventríloqua? Que resposta é essa “[nós] podemos”? (Eles não apenas haviam mandado a mamãe, mas estavam ao lado, ouvindo a conversa!)

1. O que você acha da resposta dos filhos? (Jesus disse a eles que eles não sabiam o que estavam pedindo, e eles (ainda afundados na ignorância) respondem “podemos”. Os líderes perfeitos fracos e tolos demais para ouvir!)

C. Leia Mateus 20:23. Quem decide acerca da liderança da igreja? (Deus. Jesus dá uma resposta educada, mas enfatiza que Deus o Pai tomará as decisões.)

D. Leia Mateus 20:24. Por que eles estão infelizes? Porque suas mães não são agressivas o bastante? Por que não pensaram em pedir antes? Por que não querem seguir, querem liderar?

E. Leia Mateus 20:25-28. Que tipo de discípulo/líder Jesus requer? (Um líder servidor. Que conceito estranho: um líder que usa a autoridade para ajudar aos outros, não para ajudar a si próprio.)

1. Essas palavras são cruciais na história do mundo moderno. Os principais pensadores políticos do passado, Platão e Aristóteles, tinham esta idéia de que havia alguns homens superiores, os quais deveriam ser os líderes, e o restante deveria servi-los, para um maior bem comum. Jesus disse que os líderes deveriam servir às massas. (“Quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo.”) É a partir deste ensinamento que temos a idéia de “funcionário público”, a qual é central para a democracia americana.

2. Nossa lição não é sobre formas de governo secular. Qual é a lição para a liderança da igreja hoje?

a. Qual é a lição para você?

IV. Discipulado

A. Leia Marcos 8:34-38. O que quer dizer tomar a nossa cruz?

1. Leia Mateus 11:28-30. Penso que o “jugo” de Jesus é essencialmente o mesmo que a Sua “cruz”. Como pode ser “leve”, quando parece ser tão difícil e terrível? (Servir apenas aos seus próprios interesses se torna entediante. Servir aos outros torna a vida mais interessante e abençoada. Parece ser terrível dar a sua vida, mas Deus não apenas nos dá em troca a vida eterna (boa troca!), mas torna a ajuda aos outros um “jugo” suave.)

B. Leia Mateus 7:21. Você já ouviu a expressão “chapéu grande, sem gado”? O que você acha que significa? (Alguém que finge que é um vaqueiro, mas não tem gado não tem substância.)

1. É isso que Jesus quer dizer? (Parece que Jesus diz que essas pessoas só falam, elas não fazem.)

C. Leia Mateus 7:22-23. Espere um minuto, essas pessoas tem muitas obras. Como você explica que Jesus as rejeite, quando elas possuem obras? (A chave é que Jesus diz “Nunca os conheci”. A vontade de Deus o Pai é que conheçamos a Jesus. Este é o trabalho principal de um discípulo. Se não conhecemos a Jesus, então nossas obras estão mal direcionadas.)

D. Amigo, este estudo pinta um quadro adequado do discipulado? O verdadeiro discípulo conhece a Deus e onde ele se encaixa na obra da igreja. O verdadeiro discípulo tem o objetivo de ajudar – não o objetivo da glorificação própria. Se a tua atitude não está correta, você vai pedir ao Espírito Santo que mude isso hoje? Se você não está servindo a igreja de alguma forma, vai orar para que Deus lhe mostre como servir?

V. Próxima Semana: Mordomia

=============================== Direito de Cópia de 2009, por Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da Bíblia de Estudo na Nova Versão Internacional (NVI), editada em 2003 pela Editora Vida – São Paulo, a menos que indicado de outra forma. As citações da NVI são usadas com permissão. As respostas sugestivas encontram-se entre parênteses. Para receber semanalmente estes comentários diretamente no teu endereço de e-mail, acesse: http://br.groups.yahoo.com/subscribe/BruceCameron ===============================