segunda-feira, 30 de maio de 2011

Vestes da Graça - Lição 10

As Roupas Novas do Pródigo
(Lucas 15)

Introdução: Jesus nos diz em Lucas 7:47 que aqueles a quem muito é perdoado, amam muito. Aqueles a quem pouco é perdoado, amam pouco. Você tem sido “bom” por toda a vida? Sempre foi obediente aos pais, às autoridades da escola e autoridades do Estado? Sempre esteve na igreja e ainda está? Se eu estou descrevendo você, então identificar um momento específico no qual você se converteu é difícil, não é? Se nada disso soa familiar, você estava sempre se metendo em encrenca? Se você foi “ruim”, mas está na igreja agora, sem dúvida se lembra claramente da tua experiência de conversão. Agora que todos nós sabemos quem somos, o que aconteceria se Deus nos contasse uma história, cujo ponto principal é que as pessoas boas não vão entrar no Reino dos Céus? Vamos mergulhar em nosso estudo da Bíblia e aprender mais!

I. O Ambiente

A. Leia Lucas 15:1-2. Descreva o público que estava ouvindo Jesus.

1. Qual o grupo veio de bom grado e que qual grupo veio com críticas? (Jesus não tinha problemas para trazer pecadores declarados às suas reuniões. Porém, as pessoas “boas” estavam criticando.)

2. Pecadores declarados estão se reunindo na tua igreja a cada sábado?

a. Se não, você está ensinando como Jesus fez?

b. Considere se você estaria reclamando por causa da vinda de um grande número de pecadores.

B. Dê uma olhada em Lucas 15:3-10. Jesus narra duas histórias sobre algo que estava perdido e foi encontrado. Entendemos que estas sejam parábolas do “Reino dos Céus” – histórias sobre aqueles que estão perdidos e a atitude de Deus para dar-lhes a vida eterna.

II. O Filho Mais Novo

A. Leia Lucas 15:11-12. Observe este texto a partir do ponto de vista do pai. O que o filho mais novo quer? O que ele não quer? (Ele quer o teu dinheiro. Ele não quer você. Ele quer que a vida seja como se você estivesse morto.)

1. Pais, digam-me: como é esta sensação?

B. Como você acha que o pai conserva a sua riqueza? (O texto diz “parte da herança” e “propriedade”. O vocábulo grego traduzido como “propriedade” é “bios”, ou vida. Quando o agricultor reduz sua área cultivada em um terço (o filho mais jovem recebe um terço, veja Deuteronômio 21:17), sua vida, seu status na comunidade, é reduzido. A terra é sua vida.)

C. Leia Lucas 15:13-16. Se você fosse até o filho mais novo, e ele te pedisse um empréstimo, qual seria a história dele? Com base em que ele diria que iria te pagar de volta? (Seria natural que ele culpasse a severa fome. Não é “culpa dele!” Ele vai ter seu dinheiro de volta.)

D. Leia Lucas 15:17. O que significa dizer que ele “caiu em si?” (Ele percebeu que tinha fracassado. Qualquer que tenha sido o impacto da fome, ele não havia sobrevivido financeiramente.)

1. Às vezes é uma bênção fracassar?

E. Leia Lucas 15:18-19. Você acha que o filho ensaiou este discurso, enquanto voltava para casa?

1. Explique a posição inicial de negociação do filho. (O excelente livro de Tim Keller “O Deus Pródigo” (em que grande parte deste estudo se baseia) explica que o filho queria ser um empregado contratado, para que pudesse pagar de volta o que havia tirado do pai.)

III. O Pai

A. Leia Lucas 15:20. O pai, que foi constrangido e rejeitado por este filho egoísta, tratou o filho da mesma forma como o filho o tratou?

B. Leia Lucas 15.21-24. Quanto da posição inicial de negociação, que havia sido ensaiada pelo filho, consegue ser expressa? (Apenas a parte da confissão. A oferta de reembolso é abafada pela recepção do pai.)

1. O que uma festa representa nas histórias de Jesus sobre o Reino? (O Reino dos Céus: Mateus 22, Lucas 14. Ver também Apocalipse 19.)

2. Quando o filho mais novo é convidado para a festa como um filho de pleno direito, o que isso simboliza? (Ele está salvo. A salvação vem a ele como um dom gratuito quando: (a) Ele cai em si; e, (b) retorna, em confissão, ao seu pai. O Pai não está nem mesmo interessado em ouvir falar sobre reembolso.)

IV. O Filho Mais Velho

A. Leia Lucas 15:25-27. Acabamos de debater como a salvação é um dom gratuito para o filho mais novo. Foi realmente gratuito? Ou estava saindo do bolso do filho mais velho? (Sem dúvida, estava saindo do bolso do filho mais velho!)

B. Leia Lucas 15:28-30. Como o irmão mais velho reage à perda de sua propriedade para o filho mais novo?

1. Lembre-se que o filho mais novo se preocupava com a propriedade de seu pai, mas não com seu pai. Como você descreveria a atitude do filho mais velho para com seu pai? (Se ele amasse seu pai, gostaria de se alegrar juntamente com seu pai. Em vez disso, ele é muito desrespeitoso para com o pai e para com os desejos do pai. Ele via seu pai como sendo mesquinho com ele (nem “um cabrito”, quanto mais um “novilho gordo”). Assim, a propriedade, e não o pai, era o que havia de mais importante em sua mente.)

2. Quão diferentes eram o filho mais jovem e o filho mais velho? Será que eles têm o mesmo objetivo (a propriedade, não o pai), mas só diferem quanto ao método para conseguir seu objetivo?

3. Se você é um membro fiel da igreja, quão importante para você são as bênçãos e a proteção de Deus?

a. Como você avalia a “propriedade” de Deus versus a presença de Deus?

b. Como isso funciona na tua vida: se você tiver menos “propriedade”, você tem mais “presença” de Deus? Você é obrigado a confiar e depender mais de Deus se tiver menos?

4. O filho mais velho entra na festa? (Não.)

a. Por quê? Veja novamente o que o filho mais velho diz. ((a) Ele é muito bom para isso (“Eu tenho trabalhado como um escravo”, enquanto o filho mais novo tem estado “com prostitutas”), e, (b) Ele está irritado com a natureza generosa do Pai (“Esse teu filho” para quem tu “matas um novilho gordo”.))

b. O filho mais velho está perdido eternamente, e o filho mais novo, salvo eternamente? (O filho mais velho não entra festa do pai.)

(1) Leia Lucas 15:31-32. O que significa estar “sempre comigo?” (A questão é se ter as “coisas de Deus” e estar com Deus (aqui) é o mesmo que salvação. É uma questão discutível, e posso muito bem estar errado, mas defendo que recusar o convite de Deus para entrar na festa, porque você é muito bom e está muito preocupado com a propriedade é eternamente fatal.)

c. Pense novamente na audiência de Jesus. Como esta história se relaciona com esses dois grupos?

(1) Qual é o teu grupo?

V. A Pessoa que Falta

A. Quando você considera as duas primeiras histórias de Lucas 15, qual é o tema comum entre elas que está faltando na história dos dois irmãos? (Ninguém está tentando encontrar o irmão mais novo que está perdido.)

1. Na história dos dois irmãos, quem deveria naturalmente ser aquele que vai à procura? (O irmão mais velho.)

a. Por que ele não sai na busca? (Ele não queria que o irmão mais novo voltasse. Ele valorizava a sua propriedade acima de seu irmão e acima da alegria de seu pai.)

b. Antes de seu colapso financeiro, o irmão mais novo teria tido tempo de ir procurar pelo irmão mais velho? (Não. Ele estava muito ocupado desfrutando de sua propriedade. Estava concentrado em si mesmo).

B. Quem é o “irmão mais velho” que está faltando na nossa história? (Jesus. Ele veio nos encontrar.)

1. Alguém na história está procurando o filho perdido? (Note que em Lucas 15:20 o pai olha para o filho mais novo e corre para ele. Em Lucas 15:28 o pai deixa a festa para sair e insistir com seu filho mais velho.)

2. Se você está na igreja, está sendo um bom irmão mais velho para os pecadores e publicanos?

3. Até que ponto a tua preocupação em preservar a tua propriedade fica no caminho, impedindo você de ajudar os “irmãos mais novos” da tua igreja?

C. Amigo, se você estiver lendo isso, meu palpite é que você é um “irmão mais velho”. Você vai pedir ao Espírito Santo para te dar um vislumbre do teu próprio coração para responder à pergunta: “Eu amo as bênçãos de servir a Deus mais do que eu amo a Deus que morreu para mim?” “Minhas boas obras minha preocupação comigo mesmo me impedem de entrar para a salvação?”

VI. Próxima Semana: As Vestes Nupciais

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Direito de Cópia de 2011, por Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da Bíblia de Estudo na Nova Versão Internacional (NVI), editada em 2003 pela Editora Vida – São Paulo, a menos que indicado de outra forma. As citações da NVI são usadas com permissão. As respostas sugestivas encontram-se entre parênteses.
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