terça-feira, 23 de setembro de 2008

Recebendo a Jesus como Senhor - Lição 04

Senhor de Nossos Desejos (Gênesis 2 e 3; Romanos 7 e 9)

Introdução: No parque da Disney existe uma atração onde você faz de conta que está em um “barco” microscópico e você vai navegando pela boca de uma pessoa, depois pelos pulmões e então, cada vez mais profundo, até o sistema circulatório. É assim que eu me sinto a respeito destas lições. Na semana passada aprendemos que o pecado começa com os nossos pensamentos, não com aquilo que fazemos. Navegamos das mãos para o coração. Nesta semana, vamos navegar ainda mais profundamente na mente e estudar os nossos desejos e a nossa natureza. Vamos pular para dentro do nosso barco e içar velas em direção ao assunto do desejo.

I. A Criação do Desejo

A. Leia Gênesis 2:8-9. Aprendemos que Deus criou um jardim para Adão e Eva. Qual é o propósito de um jardim?

1. Que propósito é mencionado em Gênesis 2:9? (Que as árvores do jardim eram agradáveis aos olhos e boas para alimento.)

a. Por que Deus iria querer criar árvores que eram agradáveis aos olhos? Qual é a necessidade disso?

b. Quando o texto diz que a comida que Deus havia criado era “boa”, você entende que isso quer dizer que ela era saborosa? (Embora a palavra traduzida por “boa” signifique boa em todos os sentidos, creio que ela era saborosa pela simples razão de que Deus nos criou com a capacidade de sentir sabores.)

B. Leia Gênesis 2:21-24. Como você acha que era a aparência de Eva? Era bonita ou não? (É difícil acreditar que Deus criasse árvores que eram agradáveis à vista (Gênesis 2:9) e criasse uma mulher que não fosse.)

1. Quando o texto diz que Adão e Eva tornaram-se “uma só carne”, a que esta expressão se refere? (Se refere ao processo de ter filhos.)

2. Por que Deus fez com que a concepção fosse uma coisa agradável?

C. Estamos vendo um padrão aqui? Deus cria um ambiente que é agradável à vista, comida boa para comer e um método de reprodução da raça que é altamente prazeroso. (O padrão é que Deus criou o prazer para os seres humanos.)

1. O que isto nos ensina acerca de Deus e dos desejos? (que Deus criou os desejos em nós.)

a. Teria sido melhor se Deus tivesse criado comida sem gosto e sexo sem prazer? (Nós seríamos mais magros – e haveria menos de nós. Mas a vida não seria a mesma coisa.)

II. O Desejo e a Criação do Pecado

A. Leia Gênesis 3:1-3. Por que a serpente pediu que Eva repetisse o que Deus havia dito? (Meu palpite é que ele (Satanás) não queria que mais tarde houvesse algum debate sobre o que Eva fez. Ele não queria que ela pudesse dizer que havia tropeçado e caído acidentalmente.)

B. Leia Gênesis 3:4-5. Qual é o argumento de Satanás para a desobediência a Deus? (Que Deus quer evitar que Eva se torne igual a Deus. Se ela comer, passará a saber de coisas que Deus sabe.)

C. Leia Gênesis 3:6. Por que Eva comeu o fruto? Será por causa da fome? Ou o seu desejo por comida? (A afirmação de que Eva pecou por causa de seu apetite não faz sentido lógico para mim. Ela estava cercada por árvores com bons frutos. Não foi a comida que a fez pecar, foi o seu desejo de ser como Deus.)

1. Se estou certo em que não foi o apetite que fez Eva pecar, então por que Gênesis 3:6 diz que o fruto “parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos”? (Você acha que Satanás ofereceria a ela uma maçã podre e bichada? O fruto devia ser atrativo.)

D. Vamos voltar um momento. Aprendemos que Deus criou o desejo em nós como uma coisa boa. Como Satanás utilizou o desejo nesta história? (Ele usa os nossos desejos para nos atrair ao pecado.)

1. Que lição isto nos ensina sobre o pecado e o desejo? (O desejo não é pecado. O desejo é uma ferramenta que Satanás usa para nos atrair ao pecado. Então, e questão é se o objeto do nosso desejo é apropriado. Na faculdade de Direito me ensinaram que o passo mais importante para resolver corretamente uma disputa legal era determinar qual é a questão principal. A questão, no relato de Eva, não era o apetite. Se fosse, você poderia argumentar que o desejo, em si, é pecado. Ao contrário, a questão era se alguém pode usar seus próprios métodos para se tornar como Deus. Este é um problema recorrente desde a queda de Satanás até a questão de conseguir a justificação hoje.)

III. Mais Profundo no Desejo

A. Leia I Pedro 1:13-16. Até aqui aprendemos que Deus criou o desejo e que o desejo não é, inerentemente, bom ou mau. Como encaixamos esta conclusão com a afirmação de Pedro sobre os “maus desejos”? A nossa conclusão está errada? (Se você olhar estes três versos, o tema completo parece ser o estabelecimento de objetivos apropriados. Buscar ser santo. Este texto sugere que se o nosso alvo está errado, nossos desejos são maus. Se o nosso alvo é apropriado, nossos desejos são apropriados.)

1. O que este texto sugere acerca do relacionamento entre os pensamentos e os desejos? (Ao traçar a linha do pecado, viemos das mãos, para o coração, para os desejos. O desejo foi encontrado ao escavarmos mais fundo do que os pensamentos. Pedro nos sugere que os nossos pensamentos, objetivos santos e aprendizado santo controla os nossos desejos mais profundos.)

B. Leia Romanos 7:7. Você se lembra de que na semana passada discutimos que o mandamento contra a cobiça era um reconhecimento de que o pecado começa na mente? Por que você acha que Paulo escolheu este mandamento acima de qualquer outro para usar colo ilustração? (Uma falha no departamento do pensamento leva à violação de outros mandamentos. Paulo nos ensina que a lei é fundamental em nos ajudar a aprender sobre este tipo de pecado.)

C. Leia Romanos 7:8. Paulo discorda de Pedro? Se entendemos corretamente Pedro dizer que os nossos pensamentos controlam os nossos desejos, como Paulo pode ensinar que o controle dos nossos pensamentos (aprendermos que não devemos cobiçar) produz todo tipo de desejos maus? Desejos maus são produzidos por pensamentos bons? Desejos maus são produzidos pelo conhecimento de que devemos pensar em coisas boas?

1. Você já viu algum aviso que diz para não fazer alguma coisa, e que te faz pensar em fazer aquilo? Por exemplo, você vê um aviso no banheiro que diz, “Não escreva nas paredes”. Este aviso te faz querer escrever nas paredes? (Normalmente, eu nem penso em escrever nas paredes do banheiro. Estou no banheiro para outros propósitos, sem pretensões literárias. Mas o aviso me faz pensar que outras pessoas escrevem e toda esta questão. Paulo diz que quando nos dizem para não fazer alguma coisa, isto nos faz pensar em fazer esta coisa.)

D. Vamos ler um pouco mais. Leia Romanos 7:18-21. Aqui Paulo nos diz que ele tem os desejos corretos, os pensamentos corretos, mas as ações erradas. Deveríamos determinar que a conclusão do nosso cuidadoso estudo nas últimas duas semanas simplesmente está errado? Podemos ter consciência de que a batalha pelo pecado está na mente, ter os objetivos corretos, os desejos corretos e ainda assim estar atolado em ações pecaminosas? (Paulo está acrescentando dois pontos muito importantes à nossa discussão. Embora tenhamos aprendido que Deus criou os desejos em nós, e que estes desejos são neutros em si mesmos, depois de Adão e Eva, todos nós nascemos com o que Paulo chama de “lei que atua em mim”, ou seja, “minha natureza pecaminosa”. Esta força poderosa impulsiona nossos pensamentos, desejos e atos em direção ao pecado. Compare com II Pedro 2:10 para ver que Pedro concorda com este ponto.)

1. Você se lembra que começamos com a ilustração do a viagem de barco no parque da Disney? Parece que, quando se trata da nossa conduta, estamos viajando das nossas mãos, para nosso coração (pensamentos), para nossos desejos, para a nossa natureza pecaminosa. Escavamos até chegarmos a uma natureza que Paulo (e portanto, nós mesmos) não pode(mos) controlar.

2. Qual é a solução para o problema da nossa natureza pecaminosa? (O segundo ponto importante de Paulo é que Deus, e apenas Deus, pode nos resgatar da nossa natureza pecaminosa.)

a. Como o relato de Eva, o relato da queda dos seres humanos, se encaixa nisto? (Eva queria ser como Deus através de seus próprios métodos. Deus nos chama para confiarmos nEle. Precisamos do Seu poder para vencermos a nossa natureza pecaminosa.)

E. Leia Romanos 9:16. Como o que Paulo está escrevendo se encaixa no que discutimos até agora? Ele está dizendo agora que o nosso relacionamento com Deus não tem nada, zero, a ver com os nossos pensamentos e desejos? Ou estamos errados ao concluir que nossos pensamentos e desejos têm um volume extraordinário de coisas a ver com o nosso relacionamento com Deus? (A resposta, novamente, é o “componente Deus” das coisas. Temos que nos conscientizar de que todos os nossos esforços para sermos bons, mesmo os esforços centralizados nos nossos pensamentos, simplesmente não são suficientes sem o poder do Espírito Santo em nossa vida. É o reconhecimento de que Deus tem o poder de dar efeito às nossas escolhas por pensamentos corretos. Ao reconhecermos o lugar do poder e da autoridade de Deus, também reconheceremos que dependemos dEle na questão da salvação.)

1. Aqueles que estão perturbados com este verso, podem ler um pouco mais (Romanos 9:17-18) e ficar ainda mais perturbados. Deus, uma vez que possui todo o poder, será arbitrário em Sua decisão com respeito à salvação? Ele foi arbitrário com Faraó? (Se Ele fosse arbitrário, não teríamos qualquer base para reclamação. Veja Romanos 9:20-21. Contudo, o que tem sido revelado a nós nos mostra que Deus não foi arbitrário na questão do Faraó. Se você comparar Êxodo 8 com Êxodo 9, verá que o faraó endureceu o seu coração com relação a Deus antes que Deus endurecesse o coração de Faraó.)

F. Amigo, Deus criou os nossos desejos. Ele nos pede para estabelecermos nossos pensamentos em coisas que nos encorajarão um desejo pelo bem. Mas, em todos os aspectos da nossa caminhada cristã, seja em nossos pensamentos ou atos, devemos nos lembrar de que dependemos completamente de Deus para a nossa salvação. Você pedirá a Deus por este poder na tua vida?

IV. Próxima Semana: Senhor de Nossa Fala

=============================== Direito de Cópia de 2005, por Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da Bíblia de Estudo na Nova Versão Internacional (NVI), editada em 2003 pela Editora Vida – São Paulo, a menos que indicado de outra forma. As citações da NVI são usadas com permissão. As respostas sugestivas encontram-se entre parênteses. Para receber semanalmente estes comentários diretamente no teu endereço de e-mail, acesse: http://br.groups.yahoo.com/subscribe/BruceCameron ===============================

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