quarta-feira, 10 de setembro de 2008

A Promessa – A Eterna Aliança de Deus - Lição 08

A Lei da Aliança (Mateus 22, Êxodo 20)

Introdução: Quantas vezes você tem que dizer alguma coisa para os teus filhos antes que eles aprendam? Um velho ditado diz que temos que falar alguma coisa três vezes antes que possa ser lembrada. Nossa lição deste trimestre está trabalhando na premissa de que precisamos dizer as coisas quatro vezes, porque a lição desta semana é muito parecida com a lição das últimas três semanas. Vou dar um descanso para vocês e seguir por um caminho um pouco diferente esta semana, embora ainda tentando permanecer no nosso assinto da aliança. Vamos pular para dentro do nosso estudo!

I. O Teste de Jesus

A. Vamos ler Mateus 22:34-36. O verso 34 soa como se fosse uma competição esportiva? O time dos saduceus tinha perdido um round para Jesus e então o time dos fariseus se agrupou para ver se conseguiam fazer melhor. É isso o que está acontecendo aqui? (Sim, na verdade é.)

1. Os fariseus tinham um advogado, o qual apresentou a Jesus a questão encontrada no verso 36. Assuma que você nunca tinha ouvido a resposta de Jesus antes e você estivesse decidindo qual dos Dez Mandamentos era o maior. Qual deles você escolheria?

B. Leia Mateus 22:37-38. Espere um minuto! Qual dos Dez Mandamentos é esse? Este é um dos Dez Mandamentos? (Não é.)

1. Jesus está trapaceando? Isto não é um mandamento. Nem mesmo se parece com um dos mandamentos. Como você explica a resposta dEle? (Os quatro primeiros mandamentos (Êxodo 20:3-11) tem a ver com as nossas obrigações para com Deus. Jesus usou esses quatro e os resumiu como a exigência de total amor para com Deus.)

C. Leia Mateus 22:39. Este é um dos mandamentos? (Não.)

1. Sobre que base Jesus pode dar esta resposta? (Jesus está resumindo os últimos seis (Êxodo 20:12-17) dos Dez Mandamentos.)

a. Este é um resumo justo? Estes seis mandamentos tem alguma coisa a ver com amor?

b. Como “Não” pode ser traduzido como “Ame”? Estamos usando uma tradução errada da Bíblia? Jesus está usando uma tradução errada?

II. Amor a Deus

A. Vamos olhar Mateus 22:37 com mais detalhes. O que significa amar a Deus “de todo o teu coração” (leia Êxodo 20:3. Amar a Deus de todo nosso coração é dar a Ele o primeiro lugar em nossas afeições. O Comentário de Adam Clark diz, “Aquele que ama a Deus de todo o seu coração é quem não ama qualquer outra coisa em comparação a Ele.”)

B. O que significa amar a Deus “com toda a tua alma”? (A palavra grega “psuche” que é traduzida como “alma”, significa “fôlego”. Penso que isto significa que nosso amor para com Deus é tão grande que estamos dispostos a dar a vida (ou fôlego) por Ele.)

1. Leia Êxodo 20:4-5 a diga-me como isso se encaixa (se é que se encaixa) com a instrução para amarmos a Deus “com toda nossa alma?” (Se devemos amar a Deus tanto que estamos dispostos a dar a nossa vida por Ele, então claramente os dias da nossa vida não deveriam ser dados a um outro deus. Não deveríamos gastar a nossa vida adorando outros deuses.)

C. Voltando a Mateus 22:37: O que significa amar a Deus “de todo o teu entendimento”? (Esta palavra grega, “dianoia”, significa literalmente “compreensão”. Nosso intelecto deveria estar totalmente comprometido com Deus.)

1. Leia Êxodo 20:7. Você consegue relacionar isto com amar a Deus com todo nossa mente? (Quando eu estava crescendo, fui ensinado que este texto significava que eu não deveria praguejar usando o nome de Deus. Sem dúvida quer dizer pelo menos isto. Contudo creio que quer dizer muito mais. Quando nós falsamente afirmamos autoridade divina para nossos projetos egoístas, quando levamos vantagem sobre os outros em nome de Deus, tomamos Seu nome em vão. Amar a Deus com toda a nossa mente requer de nós uma honestidade intelectual ao tratarmos com os outros em assuntos de fé.)

D. Como amar a Deus “de todo nosso coração” é diferente de amar a Deus “com toda nossa alma”?

1. Como isto é diferente de amar a Deus “com todo nosso entendimento”? (Embora tenhamos tentado dissecar esses três, a mensagem óbvia é que Deus quer que O amemos com todo o nosso ser!)

E. Rick Warren, no livro "The Purpose Driven Life,", na página 70, diz isto: “aprender a amar a Deus e ser a amado por Ele deveria ser o maior objetivo da tua vida. Nada mais se aproxima disso em importância.” Warren diz: “Deus anseia que você O conheça e passe tempo com Ele.” Isto é o que fazemos nessas lições: passar tempo com Deus.

III. Amor Pelo Homem

A. Vamos olhar Mateus 22:39 novamente. Um dos livros de Martin Cruz Smith menciona um japonês cujo filho iria lutar na II Guerra Mundial. Acerca do pai, Cruz escreveu que “o filho era a medida do seu amor.” Esta linguagem me afetou muito. O pai amava seu filho tanto quanto ele era capaz de amar. O que Deus nos fala que deve ser a medida do nosso amor para com aqueles que estão ao nosso redor? (Nosso amor para com nós mesmos deveria ser a medida do nosso amor pelos outros.)

1. O que isto significa? Quando compramos um carro novo, nós também compramos um para o nosso vizinho? Compramos um carro para as crianças famintas da nação X?

B. Vamos olhar em Êxodo 20:13-17. Esta é uma explicação prática a respeito do que Jesus queria dizer acerca de amarmos o nosso próximo? (Certamente esta é uma parte da definição. Se você me perguntasse “Você gostaria que as outras pessoas não fizessem isso com você?” eu diria “Sim!”)

1. Você resumiria estes seis mandamentos da mesma forma que Jesus os resumiu? (Não. Eu resumiria dizendo “Não prejudique o teu próximo.”)

a. Como “não faça” pode ser traduzido por Jesus em “ame o teu próximo” (e, aliás, a medida do amor exigido é a extensão do amor que você sem consigo mesmo)?

C. No evangelho de Lucas, é perguntado para Jesus “quem é o meu próximo” logo após Ele dizer “ame teu próximo como a ti mesmo.” Dê uma olhada em Lucas 10:29-37. Os primeiros dois viajantes, o sacerdote e o levita, fizeram alguma coisa em violação aos últimos seis mandamentos? (Não.)

1. Se você concorda comigo, como Jesus passou dos últimos seis mandamentos para esta história a respeito do Bom Samaritano?

2. Se você não concorda comigo, me diga qual dos últimos seis mandamentos o sacerdote e o levita violaram?

D. Vamos olhar outra história que ilustra a visão de Jesus dos últimos seis mandamentos. Leia Mateus 5:27-28. Como Jesus passou do “Não Adulterarás” para olhares licenciosos? (É óbvio que Jesus trata os mandamentos “não prejudicar” como mandamentos positivos para nossas vidas. As sementes disto realmente estão nos seis últimos mandamentos. Se você olhar em Êxodo 20:17, o último mandamento nos diz para sermos cuidadosos com nossa atitude mental. Se você não cobiça as coisas do teu vizinho (incluindo sua esposa ou marido), não vai rouba-las ou cometer adultério com ela ou ele. Em vez de focalizar na real violação (roubo, assassinato, adultério), o último mandamento nos diz para evitarmos chegar perto da violação.)

IV. Nova Aliança

A. Vimos que Jesus, pelo menos com relação às coisas, expandiu radicalmente o que era requerido sob os Dez Mandamentos (a aliança do Sinai). Quando eu ouço pessoas falarem sobre a “Nova Aliança”, alguns estão defendendo que não precisamos nos reocupar mais com “guardar a lei”. Podemos muito bem ignorar o pecado em nossas vidas. Como isto pode se encaixar com a idéia que Jesus parece estar tornando os mandamentos muito mais difíceis de serem guardados?

B. Leia Hebreus 8:8-10. O que significa colocar a lei em nossos entendimento e escrevê-la em nosso coração?

1. Isto te lembra de Mateus 22:37?

2. Como a idéia de que os mandamentos, sob a “Nova Aliança”, estão escritos em nossos corações se encaixa com a definição expandida de Jesus daquilo que os mandamentos exigem? (Logicamente, se encaixam perfeitamente. Jesus nos ensina que o simples “Não Adulterarás” não é o objetivo da lei. A lei, em vez disso, é planejada para alcançar a nossa atitude mental. Se nós cometeríamos adultério se tivéssemos a oportunidade, então apenas as nossas oportunidades determinam se pecaremos ou não. Isso não diz nada a respeito do nosso coração. Sob a “Nova Aliança”, Jesus diz que Ele mudará as nossas atitudes, de forma que desejaremos fazer a Sua vontade. Sob a “Nova Aliança” as atitudes, e não as ações são o que há de mais importante.)

C. O que você acha, Jesus realmente expandiu nossas obrigações sob a “Nova Aliança”, ou uma mudança de atitude é o que Deus tinha em mente o tempo todo? (Leia Deuteronômio 6:6. O contexto deste texto são os Dez Mandamentos e isto nos mostra que Deus sempre teve em mente a nossa atitude em vez do “Não faça”. É por isso que eu escrevo “Nova Aliança” entre aspas. O objetivo de Deus com a Sua lei não mudou. O que faz a “Nova Aliança” realmente nova é que Jesus cumpriu as suas obrigações em nosso lugar. Estou convencido, contudo, de que a fabulosa obra de Jesus em nosso favor não altera uma vírgula do profundo desejo de Deus de que nossas atitudes estejam de acordo com as Dele, com relação ao pecado. Em vez de negar a lei, o sacrifício de Jesus em nosso favor demonstra quão mortalmente sério Ele é acerca de Sua lei.)

D. Amigo, a lei da aliança de Deus foi planejada para promover o amor para com Deus e para com nossos companheiros humanos. Você fará do aprofundamento da tua relação de amor para com Deus a tua mais alta prioridade?

V. Próxima Semana: O sinal da Aliança

=============================== Copr. 2003, Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da New International Version (NIV), copr. 1973, 1978, 1984 da Sociedade Bíblica Internacional, a menos que indicado de outra forma. Citações da NIV são usadas com permissão da Zondervan Bible Publishers. As respostas sugestivas são encontradas entre parênteses . O comentário assume que o professor está usando um quadro-negro ou algum outro auxílio visual. ===============================

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