Serviço Abnegado (Mateus 20, Lucas 3 e 6, I Timóteo 5)
Introdução: “Serviço abnegado.” Esta idéia te dá calafrios ou te dá uma sensação de satisfação ou liberdade? Se o objetivo da vida é simplesmente servir aos outros, então (para continuarmos o tema da semana passada) o cara que dirige uma mini-caminhonete de $ 700,00 pode ser melhor do que o cara que dirige uma BMW 7 novinha, certo? Espere um minuto! Se o objetivo da vida é servir aos outros, por que deveríamos perguntar “Quem é o melhor”? Como podemos encaixar ambição e trabalho duro neste quadro? A quem devemos ajudar? Apenas os que são dignos? Vamos pular para dentro da Bíblia e descobrir!
I. O Fazendeiro e o Rei
A. Leia Mateus 20:1-5a. O que o fazendeiro ofereceu como pagamento às pessoas que começaram a trabalhar tarde – na terceira hora? (Aquilo que fosse justo.)
1. Seria direito pagar a eles o mesmo que àqueles que já estavam trabalhando há três horas?
B. Leia Mateus 20:5b-7. Se você fosse o fazendeiro, o que pagaria a essas pessoas que começaram a trabalhar 6, 9 e 11 horas mais tarde?
C. Leia Mateus 20:8-12. Você concorda com a reclamação levantada por aqueles que vieram trabalhar cedo e trabalharam o dia inteiro? Eles haviam trabalhado por 12 horas, ao invés de 1 hora (para aqueles que foram contratados mais tarde.)
D. Leia Mateus 20:13-15. O fazendeiro está certo? (Sim, já que as pessoas que vieram mais cedo concordaram com o seu salário.)
1. A história da Bíblia termina ao final de um dia. Vamos continuar a história até o segundo dia. Na manhã seguinte o fazendeiro vai à cidade bem cedinho para contratar trabalhadores. Ele vai encontrar algum? (Não.)
a. Por que não? (Eles irão esperar para irem trabalhar (verso 9) “por volta da décima-primeira hora”.
b. Há alguma dúvida na tua mente sobre o que aconteceria se a política de salários deste fazendeiro se tornasse conhecida?
c. Qual é, então o ponto de Jesus? Como isto pode ser aplicado à vida real? O que isto fala acerca de ambição e trabalho duro?
E. Vamos olhar outra história em Mateus 20. Leia Mateus 20:20-21. É isso o que a tua mãe quer para você?
1. É isso o que você quer para si mesmo? (É claro. Você quer ser rico e importante.)
F. Leia Mateus 20:22. O que Jesus queria dizer quando falou em “beber o cálice”? (Ele estava falando de Sua breve tortura e morte. Veja Mateus 26:39 e o contexto da resposta de Jesus aqui: Mateus 20:17-19.)
1. Quem está perguntando aqui? A mãe ou os filhos? (Os filhos.)
a. Esta foi apenas uma “idéia da mamãe” e os dois filhos estão um pouco envergonhados com ela? (Não. Este verso mostra que eles estavam juntos nisso.)
G. Vamos pular para baixo e ler Mateus 20:24. Por que os outros discípulos ficaram “indignados”? (Duas razões. Eles queriam ser as pessoas mais importantes no reino futuro de Jesus. Segundo, eles estavam perturbados porque não pensaram em pedir às suas mães para sugerirem isso a Jesus.)
H. Leia Mateus 20:23. Acabamos de discutir a história do fazendeiro. Esta parece ser a resposta errada, com base na história do fazendeiro. Qual deveria ser a resposta se você tivesse acabado de passar pela história do fazendeiro? (A história do fazendeiro nos ensina que ninguém é colocado em posição mais alta do que outras pessoas. Todos recebem a mesma recompensa e honra – apenas a quantidade de trabalho é que varia.)
1. Então, como você explica a resposta de Jesus aqui? Por que as pessoas serão “classificadas” pelo Pai? (Ambas histórias são sobre o “reino”, mas são sobre coisas muito diferentes. A “história do fazendeiro” nos alerta no primeiro verso (Mateus 20:1) que não estamos aprendendo de Jesus uma lição de economia. Esta história é sobre salvação – como entramos no reino dos céus. O ponto é que não podemos comprar o nosso lugar no céu com a nossa quantidade de trabalho. Somente “compramos” nossa entrada pela resposta ao chamado de Deus. Este é o motivo pelo qual eu estava levando vocês por um “caminho tortuoso” quando sugeri um “segundo dia”. Por outro lado, na história da “mãe e filhos”, a mãe e os filhos estão pensando na vida real, em promoção a posições de autoridade.)
I. Leia Mateus 20:25-28. Quando Jesus respondeu à mãe e aos filhos, estava falando do céu e eles estavam pensando em posições em um reino terrestre. Jesus sabia disso, e agora Ele passa a falar de governantes terrenos. O que há de errado com a forma como os “governantes dos gentios” exercem seu poder?
1. Leia Romanos 13:1-2. Existe algo de errado com o “plano dos gentios”? (Não. Paulo nos fala que Deus instituiu sistemas de governamentais de autoridade aqui na terra.)
2. Então como você explica a ordem de Jesus do “líder serviçal”? (Jesus nos ensina a seguirmos Seu exemplo. Para nos salvar, deu a Sua vida por nós. Ele abriu mão temporariamente de Seus próprios interesses em favor de interesses eternos. Jesus não está dizendo que um sistema de autoridade é errado ou que tal sistema não existe no céu. Ele está dizendo simplesmente que esta terra não é o nosso objetivo. Em vez disso, nosso objetivo é o céu e para promover este objetivo precisamos estar trabalhando servindo aos outros e não apenas servindo a nós mesmos.)
J. Anteriormente, nós pulamos o “golpe final” da história do fazendeiro. Leia Mateus 20:16. Como este texto se encaixa nisto que acabamos de discutir? (Os que dão primazia aos outros aqui na terra, terão uma posição correspondente no céu. A abnegação aqui significa uma posição de autoridade no céu.)
K. Se eu disse a você para buscar teus próprios interesses, ser ambicioso, o que você faria à vista do que acabamos de aprender? (O texto parece nos ensinar que se servimos aos outros aqui na terra (somos os “últimos”), então seremos os “primeiros” no céu.)
1. Três questões antes de prosseguirmos:
a. Primeiro, nossa conclusão não está em conflito com a linha básica da história do fazendeiro? Se concluímos que a amplitude do nosso serviço aqui afeta nossa “recompensa” (posição) no céu, esta conclusão não estaria totalmente contrária ao ponto de vista da história?
b. Segundo, como o verso 16 é uma conclusão apropriada para a história do fazendeiro? Já que o fazendeiro para o quanto ele quiser para todos, exceto os que começaram mais cedo, não seria mais apropriado o verso 16 dizer, “Portanto, a menos que vocês tenham um contrato, o fazendeiro generoso pagará a quantia que ele achar que deve pagar.” Você acha que seria mais apropriado se o verso 16 fosse colocado depois do verso 28?
c. Você acha que o foco de Jesus em servir aos outros tem algo a ver com a origem do pecado ter sido a ambição de Satanás de exaltar a si mesmo? (Veja Isaías 14:12-14)
II. Compartilhando as Tuas Coisas
A. Vamos explorar em seguida qual é a nossa obrigação, se é que existe, em servirmos aos outros com nossos bens. Leia Lucas 3:7-9. Em que ponto as “víboras” estão errando? (João está falando com eles sobre obras. Ele lhes pede para demonstrar “frutos que mostrem o arrependimento.” Suas ações não demonstram que eles tinham um relacionamento correto com Deus.)
B. Leia Lucas 3:10-11. O que João sugere que seja a coisa certa a fazer? Esta sugestão te surpreende?
C. Leia Lucas 3:12-14. A instrução aos publicanos e aos soldados te surpreende? (Não. Estas instruções parecem ser, basicamente, honestidade. Não coletar mais do que é devido e não mentir ou enganar.)
D. Vamos voltar ao verso 11. O homem das duas túnicas não mentiu nem enganou para ter as duas túnicas. Ele as ganhou com seu trabalho duro, enquanto que o que não tinha túnica poderia ser um preguiçoso qualquer. O conselho de João é apropriado?
1. Se você acha que sim, por que?
E. Leia Lucas 6:30. O que Jesus diz a respeito de dar não apenas àqueles que pedem, mas também ao preguiçoso que rouba a tua capa?
F. Você diria que Jesus e João Batista compartilham do mesmo ponto de vista com relação a dar os teus bens?
G. Vamos ver o que Paulo diz a respeito disso. Leia I Timóteo 5:5-7, 9-13. Como você resumiria o conselho de Paulo para ajudar as viúvas cristãs pobres? (Paulo limita a ajuda àquelas que a merecem.)
1. Imagine que Jesus, João batista e Paulo estejam na mesma comissão de caridade da igreja. Eles teriam a mesma opinião? Eles concordariam entre si?
H. Leia Levítico 23:22. Quais pontos importantes você vê no sistema do Antigo Testamento de cuidado com os pobres?
1. Este sistema se parece mais com Paulo ou com João? (Vejo que o sistema do Antigo Testamento para o cuidado com os pobres é consistente com a visão de Paulo. Uma característica importante do ato de respigar (apanhar o que era deixado pelos ceifeiros) é que os pobres estavam ativamente envolvidos na ajuda a si próprios. Embora eles não pagassem pela comida, tinham que realizar algum trabalho para consegui-la. Não se dava ajuda aos preguiçosos e vadios. (Veja também Romanos 15:26 e Deuteronômio 15:11.))
I. Paulo e o sistema de respigamento do Antigo Testamento requerem mérito e trabalho por parte do pobre como condição para a ajuda. Isto parece estar em conflito com João e Jesus, que dizem para ajudar aqueles que estão em necessidade, e mesmo deixar que eles te roubem. Você consegue reconciliar estas visões diferentes? (Eu começo com a visão de que tudo na Bíblia é a palavra de Deus e tudo está correto. Nosso objetivo, então, é reconciliar estas palavras inspiradas. Os juízes americanos reconciliam leia aparentemente conflitantes com o conceito de que leis mais específicas tem precedência sobre as leis genéricas. Tanto as instruções de Paulo sobre a ajuda às viúvas quanto as instruções do Antigo Testamento são muito específicas. Assim, quando João diz para compartilhar nossas vestes e nossa comida, e Jesus diz para ajudar àqueles que pedem, estas instruções gerais para auxiliar os pobres podem ser compreendidas apropriadamente à luz das instruções mais específicas para ajudar de forma inteligente os que estão em necessidade. “Serviço abnegado” quer dizer ajudar aos outros, mas fazer julgamentos sábios sobre quem ajudamos e quando ajudamos.)
J. Amigo, como é o teu coração? Você trabalha só para melhorar a tua situação? Ou você ajuda os outros – mesmo aqueles que não podem te retribuir? Você pedirá a Deus para te dar um espírito abnegado e inteligente?
III. Próxima Semana: Vivendo a Vida de Fé
=============================== Copr. 2003, Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da New International Version (NIV), copr. 1973, 1978, 1984 da Sociedade Bíblica Internacional, a menos que indicado de outra forma. Citações da NIV são usadas com permissão da Zondervan Bible Publishers. As respostas sugestivas são encontradas entre parênteses . O comentário assume que o professor está usando um quadro-negro ou algum outro auxílio visual. ===============================
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