terça-feira, 7 de outubro de 2008

O Fogo do Ourives - Lição 05

Calor Extremo (Gênesis 22; II Coríntios 1)

Introdução: Existem histórias na Bíblia, assim como existem eventos tristes na vida, que eu não compreendo. Certamente que tenho explicações e, suponho, uma compreensão parcial. Mas, em meu intelecto humano (veja I Coríntios 13:12), o assunto não é claro. Uma dessas histórias é o sacrifício de Isaque. Meu plano é usar um pouco do nosso tempo nesta semana nesta história, e ver se alguma luz brilha em nossas mentes acerca de como Deus nos testa. Vamos mergulhar!

I. Que Propósito?

A. Leia Gênesis 22:1-2. Você acha que Abraão pensou que Deus estava falando sério? (Se você ler Gênesis 21:9-14, verá que Deus havia instruído previamente a Abraão para mandar embora seu outro filho, Ismael.)

1. Deus estava falando sério? Deus exigiria que Abraão matasse seu filho em um ritual que parecia muito semelhante a um sacrifício pagão? (Leia Jeremias 32:35. Não. Deus nunca teve em mente a morte de Isaque. Ao contrário, Deus instituiu a pena de morte para qualquer um que sacrificasse seu filho (Levítico 20:1-5).)

B. Nossa lição te o título de “Calor Extremo”. Sem dúvida, esta ordem criou um “calor extremo” para Abraão. Note novamente Gênesis 22:1. Segundo este verso, qual era o propósito de Deus para esta ordem? (“Deus pôs Abraão à prova.”)

1. Que tipo de teste é esse? Deus nunca pretendeu que Abraão seguisse a Sua ordem. A ordem era completamente contrária ao caráter de Deus. Obedecer (ou seja, matar seu filho) seria seguir a vontade de Satanás!

2. Você já teve um teste desta natureza? (Duvido. Não consigo passar em provas que envolvem fazer coisas que se espera que eu faça. Coisas que eu deveria fazer. Como minha mente lógica poderia esperar passar em uma “prova” que envolvesse fazer algo que eu sabia ser totalmente contrário à vontade de Deus e contrário à minha própria vontade?)

3. Existe uma diferença entre uma “prova” e uma “tentação”? (O comentário “Be Obedient” tem uma abordagem muito interessante com relação a isto. Diz que as tentações – o desejo de seguir maus impulsos – parecem ser lógicas. São usadas por Satanás para fazer brotar o que há de pior em nós. Por outro lado, provas vem de Deus, parecem ser sem sentido e são planejadas para fazer brotar o que há de melhor em nós.)

a. Você acha que existe alguma esperança de separar as duas coisas em tua mente?

C. O comentário “Bible Knowledge Commentary” diz que uma prova real tem que desafiar a lógica, precisa ser algo ao qual queremos resistir (como matar nosso filho)! Você concorda? (Não tenho tanta certeza de que podemos criar essas divisões claras, estritas entre as provas (ilógicas e não queremos fazê-las) e as tentações (lógicas e queremos fazê-las). Por exemplo, a última hora de Jesus envolveu motivos mistos – Ele queria nos salvar, mas não queria ser torturado e humilhado. Obviamente, em parte isso era uma prova, as uma grande parte disso era tentação.)

D. Se você não está familiarizado com a história de Abraão e Isaque, leia Gênesis 22:3-8. Por que eles tinham a prática de sacrificar animais? (Esta prática apontava para o sacrifício de Jesus em nosso favor, para expiar os nossos pecados. Seu propósito era ensinar ao povo a respeito do Messias vindouro e como Ele seria o substituto pelos nossos pecados.)

E. Leia Gênesis 22:9-12. Se o comentário “Be Obedient” está certo ao dizer que a prova faz brotar o que há de melhor em nós, qual é o “melhor em nós” que esta prova supostamente faria brotar em Abraão?

F. Leia Gênesis 22:15-18. Agora nós voltamos a alguma coisa que parece ser lógica para mim. Que relacionamento existe entre esta promessa e a prova? (Deus diz que, como Abraão está disposto a dar o seu filho, Deus se dispõe a dar a Abraão muitos filhos – “descendentes tão numerosos como as estrelas do céu e como a areia das praias do mar”.)

1. Existe um paralelo em Jesus ter dado a Sua vida para que pudesse “ter de volta” todos nós?

2. Que propósito Deus tinha neste relacionamento especial com Abraão e seus descendentes? (Compartilhar a natureza de Deus com o mundo.)

G. Você está começando a ver como as peças deste quebra-cabeças mental estão se ajuntando? Deus pede que Abraão faça algo que ilustra o que Deus fez por nós. Deus dá esta prova da perda de um filho a alguém a quem Deus vai dar numerosos descendentes. O propósito do relacionamento especial de Deus com Abraão e seus descendentes é compartilhar a mensagem de que Deus está disposto a dar Seu Filho por nós.)

H. Se Deus fosse criar uma prova paralela para você, qual seria? (A prova é relativa a egoísmo e confiança. Estarmos dispostos a dar tudo o que temos e estarmos apaixonados por Deus.)

I. Se Abraão acreditava que teria que matar seu filho, como você acha que Abraão racionalizou isto em relação ao seu conhecimento e confiança em Deus? (Leia Hebreus 11:19. Abraão pensou que Deus ressuscitaria Isaque. Que confiança maravilhosa!)

1. Considere como isto antecipava o que Deus faria com Seu próprio Filho na situação paralela.

J. O que aconteceria se Deus não tivesse impedido Abraão de matar seu filho e não ressuscitasse Isaque? Teríamos uma prova de fé diferente (ou apenas mais longa)? (Leia Hebreus 11:39-40. Parte do contexto para este texto é Hebreus 11:35-38, que descreve seguidores que sofreram terrivelmente e não viram a vitória aqui na terra. Todos aqueles citados em Hebreus 11 tiveram alguma parte da promessa de Deus que foi deixada sem cumprimento. Podemos acabar passando por coisas aqui nesta terra que não serão “consertadas” em termos de nossos interesses pessoais, até entrarmos no céu.)

K. Das dificuldades que aparecem no teu caminho, quanto por cento delas são provas e quanto por canto são tentações?

1. Qual a porcentagem que você acha que vem de Deus? (Gênesis 22:1 e 12 afirma claramente que a situação de Abraão era uma prova vinda de Deus. Em minha situação parece que pecados e erros de minha parte, juntamente com a obra de Satanás, criam todos os problemas com os quais preciso lidar. Duvido que Deus tenha muito a acrescentar aos meus fardos para ter discernimento e edificar o meu caráter!)

II. O Propósito

A. Leia II Coríntios 1:3-7. A qual propósito positivo os problemas na nossa vida servem? (Paulo escreve que, quando sofreu, Deus o confortou. Isto o ensinou como confortar aqueles que estavam à sua volta e que sofriam com problemas..)

1. Você tem visto isto na tua vida? (Se você sofreu com problemas médicos, está mais propenso a ter simpatia a outras pessoas que têm problemas médicos similares. Se você sofreu com problemas conjugais, está mais propenso a ter simpatia a outras pessoas que enfrentam problemas conjugais.)

2. Estamos pintando um quadro de “Deus, o provador”, quando consideramos Abraão e Isaque. Que quadro de Deus Paulo pinta quando descreve sua prova? (Deus, o consolador compassivo.)

a. Estes quadros são consistentes? “Venha aqui, deixe-me quebrar a tua perna. Aliás eu vou colocá-la no lugar, engessá-la, orar por você e te mandar um cartão. Se você precisar de mais alguma coisa, é só dizer.” (Creio que a ilustração da perna quebrada é falha, porque não há nada a ganhar. Deus é mais semelhante ao professor de educação física que diz “Vamos correr 15 quilômetros juntos – aliás, eu carrego a água.”)

B. Leia II Coríntios 1:8-9. A que outros propósitos servem os problemas? (Eles nos levam a confiar em Deus.)

1. Paulo tem uma maneira muito interessante de descrever a Deus. Refere-se a Ele como o “Deus que ressuscita os mortos”. (Do ponto de vista prático, o último perigo/problema que tememos é a morte. Deus está equipado para lidar até com isso. Por que não confiar? Como você deve se lembrar, este foi o processo mental de Abraão.)

C. Amigo, você está passando por problemas? Se sente provado? Deus não apenas tem um propósito para a prova, mas Ele vem com conforto e compaixão, e a promessa de uma vida eterna. Você vai, como Abraão, confiar nEle?

III. Próxima Semana: Lutando Com Toda a Energia

=============================== Direito de Cópia de 2007, por Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da Bíblia de Estudo na Nova Versão Internacional (NVI), editada em 2003 pela Editora Vida – São Paulo, a menos que indicado de outra forma. As citações da NVI são usadas com permissão. As respostas sugestivas encontram-se entre parênteses. Para receber semanalmente estes comentários diretamente no teu endereço de e-mail, acesse: http://br.groups.yahoo.com/subscribe/BruceCameron ===============================

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